Este ensaio apresenta um estudo do espetáculo Ça Ira (1) Fin de Louis, escrito e dirigido por Joël Pommerat. Inicialmente, busca-se estabelecer um diálogo entre Ça Ira e a histórica montagem de 1789, com direção de Ariane Mnouchkine. Em seguida, o espetáculo é examinado por meio de procedimentos recorrentes no trabalho de Pommerat, como, por exemplo, a neutralização do seu ponto de vista que expõe na peça situações, ideias e personagens sob diversas perspectivas. Por fim, este estudo baseia-se teoricamente no que Jean-Pierre Sarrazac chama de “teatros do íntimo” para observar a articulação entre o íntimo e o político em Ça Ira (1) Fin de Louis.