O AMBIENTE INSTITUCIONAL DA PRODUÇÃO DE JUTA NO ESTADO DO PARÁ ENTRE AS DÉCADAS DE 1940 E 1990
A expansão do cultivo da juta em território brasileiro liderada pelos imigrantes japoneses encontrou solo fértil nas várzeas dos Estados do Pará e Amazonas, levando o primeiro a ser responsável por um quarto da produção nacional na década de 1960. Este artigo tem como objetivo explicar tanto a expansão quanto a queda na produção por meio dos fatores institucionais, para tanto utiliza o arcabouço teórico da Nova Economia Institucional de Douglas North. Os resultados mostraram que mesmo as instituições e organizações que trouxeram incentivo à produção representaram também restrições à atividade, permanecendo a produção enraizada em antigos processos produtivos que limitaram o avanço tecnológico. Dessa forma, a inexistência de um arranjo institucional adequado ao desenvolvimento da atividade está no cerne do fracasso da cultura da juta no Estado.