scholarly journals Fisioterapia na assistência ao paciente com COVID-19: da terapia intensiva à reabilitação. Relato de caso / Physiotherapy for a patient with COVID-19: from intensive care to rehabilitation. A case report

Author(s):  
Ioli Pereira Costa ◽  
Juliana Soares Magno de Senna ◽  
Stephanie Rodrigues ◽  
Camila Vitelli Molinari ◽  
Vivian Bertoni Xavier ◽  
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Introdução: A pandemia da COVID-19 exigiu recursos e esforços de diversos profissionais de saúde para melhorar a assistência aos pacientes acometidos. A fisioterapia ganhou destaque na redução da progressão da doença em sintomas respiratórios e na manutenção da capacidade funcional e física. Objetivo: Apresentar um dos casos de assistência fisioterapêutica de um paciente com COVID-19, da internação na unidade de terapia intensiva (UTI) à reabilitação ambulatorial e os recursos utilizados, de forma a demonstrar o benefício da fisioterapia ao longo de todo o percurso do paciente até a alta. Relato do caso: Homem de 53 anos foi internado devido a piora clínica, queixa de dispneia em repouso associada a febre, tosse seca, agenesia e hipoxemia. Admitido à UTI com acometimento de 50% do parênquima pulmonar em tomografia computadorizada, recebeu oxigênio a 10 L/min, para atingir saturação periférica de oxigênio (SpO2) a 99% e relação de pressão parcial de oxigênio arterial (PaO2/FiO2) a 95. Durante nove dias de internação, recebeu atendimento de fisioterapia quatro vezes ao dia, com recursos de ventilação não invasiva, prona ativa, sedestação, deambulação precoce e recursos de aumento de demanda física ajustada progressivamente de acordo com a avaliação e objetivo terapêutico. Na alta hospitalar, com remissão dos sintomas importantes, sem oxigênio e SpO2 a 96%, PaO2/FiO2 a 302, foi encaminhado para reabilitação cardiopulmonar e, após 38 sessões, recuperou a capacidade funcional e recebeu alta do serviço com teste de caminhada de seis minutos com valores adequados para a idade e sexo. Conclusão: Neste caso de COVID19, os objetivos terapêuticos da fisioterapia foram alcançados desde a internação até a reabilitação, com utilização de recursos conhecidos pela especialidade e priorizando os cuidados contínuos e a personalização da terapia. Palavras chave: COVID-19, Modalidades de fisioterapia, Ventilação não invasiva, decúbito ventral, Deambulação precoce ABSTRACT Introduction: The COVID-19 pandemic required resources and efforts from health professionals to improve care for affected patients. Physical therapy has gained prominence in reducing the progression of the disease in respiratory symptoms and in maintaining functional and physical capacity. Objective: To report one of the cases of physiotherapy care of a patient with COVID-19, from admission to the intensive care unit (ICU) to outpatient rehabilitation and the resources used, in order to demonstrate the benefit of physiotherapy throughout the course of the patient until discharge. Case report: A 53 -year-old man was admitted due to clinical worsening, complaint of dyspnea at rest associated with fever, dry cough, agenesis and hypoxemia. Admitted to ICU with 50% involvement of the lung parenchyma on computed tomography, he received oxygen at 10 L/min to achieve peripheral oxygen saturation (SpO2) at 99% and arterial oxygen partial pressure ratio (PaO2/FiO2) at 95. During nine days of hospitalization, he received physiotherapy care four times a day, with non-invasive ventilation, prone position, sitting, early ambulation and resources for increasing physical demand, progressively adjusted according to the assessment and therapeutic objective. At hospital discharge, with remission of important symptoms, without oxygen and SpO2 96%, PaO2/FiO2 to 302, he was referred for cardiopulmonary rehabilitation and, after 38 sessions, he recovered functional capacity and was discharged from the service with a six-walk test minutes with appropriate values for age and sex. Conclusion: In this case of COVID19, the therapeutic objectives of physiotherapy were achieved from hospitalization to rehabilitation, using resources known by the specialty and prioritizing continuous care and personalized therapy.Keywords: COVID-19, Physical therapy modalities, Noninvasive ventilation, Prone position, Early ambulation

2019 ◽  
Vol 3 ◽  
pp. 92
Author(s):  
Cassia Cinara Costa ◽  
Briane Da Silva Leite ◽  
Claudia Kist Fortino ◽  
Vinicius Gonçalves Bastos

RESUMOAvaliar se o protocolo de mobilização precoce contribui para a redução do tempo de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em pacientes submetidos a ventilação mecânica invasiva (VMI), analisar o tempo de assistência à VMI e os efeitos da mobilização precoce na força da musculatura periférica, através de um estudo de coorte concorrente com amostra consecutiva, realizado em 14 pacientes que estiveram internados em uma UTI de um hospital do Vale dos Sinos/RS. Os pacientes foram divididos em Grupo Controle, que realizou a fisioterapia do setor, e Grupo Intervenção, que recebeu o protocolo de mobilização precoce proposto por Morris et al. (2008). Os pacientes do Grupo Intervenção permaneceram um tempo menor no VMI e de internação na UTI, além de terem um ganho de força muscular periférica quando comparado ao Grupo Controle. O protocolo de mobilização precoce pode reduzir a incidência de complicações pulmonares, acelerar a recuperação, diminuir o tempo da VMI e o tempo de internação da UTI.Palavras-chave: Deambulação precoce. Fisioterapia. Reabilitação. Unidades de Terapia Intensiva.ABSTRACTTo evaluate whether the early mobilization protocol contributes to the reduction of the length of hospital stay in the Intensive Care Unit (ICU) in patients undergoing mechanical ventilation (NIV), to analyze the time of NIV care and the effects of early mobilization on the strength of the peripheral musculature. Through a concurrent cohort study with a consecutive sample, performed in 14 patients who were hospitalized in an ICU of a Vale dos Sinos / RS hospital. The patients were divided into a Control Group that performed the physiotherapy of the sector, and Intervention Group that received the protocol of early mobilization proposed by Morris et al. (2008). The Intervention Group patients remained shorter in the NIV and in the ICU, in addition to having a peripheral muscle strength gain when compared to the Control Group. The early mobilization protocol can reduce the incidence of pulmonary complications, accelerate recovery, decrease NIV time and ICU length of stay.Keywords: Early Ambulation. Intensive Care Units. Physical Therapy Specialty. Rehabilitation.


PEDIATRICS ◽  
1979 ◽  
Vol 63 (4) ◽  
pp. 528-531 ◽  
Author(s):  
Richard J. Martin ◽  
Nancy Herrell ◽  
Dov Rubin ◽  
Avroy Fanaroff

To determine the optimal position for the preterm infant, arterial oxygen tension (Pao2) was monitored in 16 preterm infants by the transcutaneous method with the infants in both supine and prone positions. When the infants were prone, Pao2 rose by a mean of 7.4 mm Hg (P < .001), an increase of 15%. In those infants with residual cardiopulmonary disease, a 25% increase was noted. The higher Pao2 in the prone position was accompanied by a significant decrease in the amount of time the chest wall moved asynchronously. This improved oxygenation in the prone position appears to be the result of enhanced ventilation/ perfusion ratios and not merely secondary to an alteration in sleep state with positioning of the infant. These findings may have important implications in the management of preterm infants requiring neonatal intensive care.


Scire Salutis ◽  
2018 ◽  
Vol 8 (2) ◽  
pp. 43-53
Author(s):  
Simone Amancio Teles ◽  
Marineth Ferreira de Carvalho Teixeira ◽  
Daniela Maristane Vieira Lopes Maciel

A Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) é um distúrbio que acomete principalmente os recém-nascidos prematuros pela imaturidade pulmonar, resultante da deficiência ou inativação do surfactante. O surfactante é uma substância lipoprotéica produzida pelas células pneumócitos tipo II e armazenado nos corpos lamelares para, posteriormente, ser liberado no espaço alveolar, sintetizado a partir da 20º semana de gestação, com pico de produção por volta da 35º semana. A função do surfactante é diminuir a tensão superficial dos alvéolos, evitando o colabamento na expiração. Quanto menor a idade gestacional de nascimento, maior o risco de desenvolver a SDR. A prematuridade e a imaturidade do sistema respiratório levam à maior necessidade de suporte ventilatório invasivo, oxigenioterapia, assistência fisioterapêutica e internação na unidade de terapia intensiva neonatal. A fisioterapia respiratória tem papel importante na manutenção da permeabilidade das vias aéreas, prevenção de complicações respiratórias, promoção da higiene brônquica, otimização da reexpansão pulmonar, posicionamento adequado e vigilância nos ajustes dos parâmetros da ventilação mecânica invasiva e não invasiva. Este estudo tem o objetivo de realizar uma revisão bibliográfica para identificar as estratégias terapêuticas respiratórias utilizadas pelo fisioterapeuta na assistência ao recém-nascido prematuro com Síndrome do Desconforto Respiratório. Para este fim, fizemos um levantamento de artigos científicos em bases de dados eletrônicos como SciELO, LILACS, Google Acadêmico e PubMed, através dos cognatos ‘Síndrome do Desconforto Respiratório’, ‘prematuros’, ‘unidade de terapia intensiva neonatal’, ‘fisioterapia’ e ‘ventilação mecânica’, e seus correlatos em inglês ‘Respiratory Distress Syndrome’, ‘premature infants’, ‘neonatal intensive care unit’, e ‘physical therapy and mechanical ventilation’. A assistência fisioterapêutica a neonatos prematuros com SDR na UTIN é imprescindível para o sucesso da terapêutica e melhora progressiva da função pulmonar até a alta. O fisioterapeuta deve exercer um plano de tratamento integral e humanizado indo desde o ajuste ventilatório invasivo e não invasivo a execução de manobras terapêuticas, posicionamento e cuidados com a ocorrência de sequelas como hemorragia intraperiventricular e displasia broncopulmonar que podem comprometer o desenvolvimento neuropsicomotor e qualidade de vida após alta hospitalar.


2021 ◽  
Vol 4 (6) ◽  
pp. 23777-23784
Author(s):  
Julia Milhomem Mosquéra ◽  
Larissa Feitosa de Albuquerque Lima Ramo ◽  
Amanda Ribeiro Alves ◽  
Marina Dias Hanna ◽  
Gianna Carolina Pereira Cavalli ◽  
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2020 ◽  
Vol 19 (4) ◽  
pp. 301
Author(s):  
Amanda Mariano Morais ◽  
Daiane Naiara Da Penha ◽  
Danila Gonçalves Costa ◽  
Vanessa Beatriz Aparecida Fontes Schweling ◽  
Jaqueline Aparecida Almeida Spadari ◽  
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Introduction: The functional benefits of Early Mobilization (EM) capable of minimizing limitations and deformities in the face of immobility are clear, but there are many barriers to conduct EM as a routine practice in the Intensive Care Unit (ICU), including the use of vasoactive drugs (VAD), since it is directly related to weakness acquired in the ICU, in addition to the resistance of the multidisciplinary team to mobilize the patient using VAD. Objective: The objective of this literature review is to raise a scientific basis in the management of critically ill patients using DVAs for EM in the ICU. Methods: It is an integrative review of the literature, with research in the databases: PEDro, Pubmed, Lilacs, with articles published between 2011 and 2018, in Portuguese and English, using the terms: vasoactive drugs, early mobility, exercise in UCI, vasopressor and its equivalents in Portuguese. Results: Nine studies were included that analyzed the EM intervention in patients using VAD, with or without ventilatory support. There was no homogeneous treatment among the researched works, varying between exercises in bed and outside, with passive and / or active action. However, regardless of the conduct, there was an improvement in the cardiovascular response without relevant changes regarding the use of VAD. Conclusion: EM is not contraindicated for patients in the ICU with the use of VAD, and it was shown to be effective and safe without promoting relevant hemodynamic and cardiorespiratory changes, which would determine its absolute contraindication.Keywords: vasodilator agents, early ambulation, intensive care units, physical therapy specialty.


2020 ◽  
Vol 24 (1) ◽  
pp. 105-107
Author(s):  
Sedighe Shahhosseini ◽  
Reza Aminnejad ◽  
Amir Shafa ◽  
Mehrdad Memarzade

Carvajal syndrome is a rare genetic disorder. Patients reporting for surgery pose some difficulties in anesthesia management. In this case report we present the case of a 12-year-old boy, who was a known case of Carvajal syndrome, referred for surgical resection of perianal condyloma. Close monitoring of hemodynamic status is the mainstay of anesthetic considerations in such patients. As in any other challenging scenario, it should be kept in mind that ‘there is no safest anesthetic agent, nor the safest anesthetic technique; there is only the safest anesthesiologist’. Citation: Shahhosseini S, Aminnejad R, Shafa A, Memarzadeh M. Anesthesia in Carvajal syndrome; the first case report. Anaesth pain intensive care 2020;24(1):___ DOI: https://doi.org/10.35975/apic.v24i1.


2013 ◽  
Vol 4 (2) ◽  
pp. 115 ◽  
Author(s):  
Natasha Marques Frota ◽  
Lívia Moreira Barros ◽  
Luana Nunes Caldini ◽  
Thiago Moura De Araújo ◽  
Joselany Áfio Caetano

Resumo: Objetivou-se identificar os riscos ocupacionais em profissionais de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de uma revisão integrativa realizada no período de fevereiro a março de 2012. A amostra final do estudo contou com 12 artigos que atenderam os critérios de inclusão. Foi possível identificar que os riscos ocupacionais mais presentes na UTI estão associados aos riscos de acidentes, seguido do biológico, químico e ergonômico. Frente a esta realidade é necessário a implementação de medidas para a prevenção dos riscos, para diminuição do absenteísmo e a promoção da saúde do trabalhador de enfermagem.Palavras-Chave: Enfermagem do trabalho, Riscos ocupacionais, Unidades de Terapia Intensiva.Occupational health of nurses in the Intensive Care UnitAbstract: This study aimed to identify occupational hazards in nursing professionals in the Intensive Care Unit. It is an integrative review carried out during February-March 2012. The final sample included 12 articles that met the inclusion criteria. It was possible to identify the occupational hazards present in the ICU are more associated with the risk of accidents, followed by biological, chemical and ergonomic. Faced with this reality is necessary to implement measures to prevent risks, to reduce absenteeism and promote worker health nursing.Keywords: Occupational Health Nursing, Occupational Risks, Intensive Care Units.Salud en el trabajo de las enfermeras en la Unidad de Cuidados IntensivosResumen: Este estudio tuvo como objetivo identificar los riesgos laborales en los profesionales de enfermería en la Unidad de Cuidados Intensivos. Se trata de una revisión integradora llevada a cabo durante febrero y marzo de 2012. La muestra final incluyó 12 artículos que cumplieron los criterios de inclusión. Fue posible identificar los riesgos laborales presentes en la UCI son más asociado con el riesgo de accidentes, seguido por agentes biológicos, químicos y ergonómicos. Frente a esta realidad es necesario aplicar medidas para prevenir los riesgos, para reducir el absentismo y fomentar la enfermería profesional de la salud.Palabras Clave: Enfermería del Trabajo, Riesgos Laborales, Unidades de Cuidados Intensivos.


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