O uso de Anti-Inflamatórios Não esteroidais (AINEs) como uma das alternativas farmacológicas para pacientes acometidos pela Doença de Alzheimer: uma revisão sistemática de literatura
Introdução: resposta inflamatória na DA é caracterizada pela presença de microglia ativada (as células imunocompetentes residentes do cérebro) em estreita associação com placas neuríticas. Evidências atuais sugerem que a microglia está envolvida principalmente na atividade fagocítica e pode ser responsável por induzir danos neuronais adicionais ao gerar espécies de oxigênio e enzimas proteolíticas. Se os anti-inflamatórios protegem contra a neurodegeneração observada no cérebro de pacientes com DA, então os pacientes com histórico de uso de anti-inflamatórios devem ter uma redução nas alterações patológicas no cérebro e na inflamação cerebral. Objetivo: explanar acerca do uso dos anti-inflamatórios não esteroidais como terapêutica medicamentosa para a Doença de Alzheimer. Resultados: acredita-se que a inflamação cerebral contribua para as características patológicas da doença de Alzheimer (DA), e foi postulado que os anti-inflamatórios protegem contra esse dano ao tecido. No entanto, um dos fatores controversos quanto ao uso dos anti-inflamatórios não-esteroidais para redução do risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer é a toxicidade associada a esses medicamentos. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura com trabalhos buscados nas seguintes bases de dados: National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), Google Scholar, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e EBSCO Information Services. Foram analisadas fontes relevantes inerentes ao tema, utilizando como um dos principais critérios a escolha de artigos atuais, originais e internacionais. Totalizaram-se 12 artigos científicos para a revisão. Considerações finais: Os anti-inflamatórios têm sido sugeridos como um possível tratamento para a doença de Alzheimer (DA). A associação de proteínas imunes e células imunocompetentes da microglia com placas senis (PS) na DA e no envelhecimento normal sugere que essas drogas podem ser capazes de modificar o curso da DA, seja interferindo na formação de SP ou suprimindo a inflamação.