scholarly journals A TERRITORIALIZAÇÃO DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA - MST NA MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE CAMPO MOURÃO, PARANÁ - BRASIL

2020 ◽  
Vol 38 (2) ◽  
pp. 1-17
Author(s):  
Aurea Andrade Viana de Andrade ◽  
Elpídio Serra

O novo modelo de produção agrícola que se instalou no Brasil, entre as décadas de 1960 e 1970, efetivou-se de modo contraditório, uma vez que as políticas públicas de desenvolvimento rural corroboram com as desigualdades sociais no campo com a desterritorialização de milhares de trabalhadores rurais, especialmente no estado do Paraná. Tal processo contribuiu para organização de novos territórios e de novas territorialidades. Igualmente, nos últimos anos, na região de Campo Mourão, surgiram novos territórios no espaço rural e, dentre eles, os de trabalhadores rurais sem-terra: uma parte organizada na forma de assentamentos, implantados pelo poder municipal em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, outros na forma de acampamentos que se transformam, por meio da luta, em assentamentos. Para melhor compreensão desse movimento de des-re-territorilização dos trabalhadores rurais sem-terra, abordamos, na pesquisa, o processo da territorialização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST na Microrregião Geográfica de Campo Mourão. A pesquisa teve um caráter teórico e empírico com entrevistas e depoimentos dos trabalhadores rurais sem-terra dos assentamentos e dos acampamentos Irmã Dorothy e Nossa Senhora do Carmo, localizados no município de Barbosa Ferraz. Esses movimentos são formas de poder e de resistência à ordem estabelecida na sociedade capitalista.

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