scholarly journals A acumulação por espoliação e o novo navio negreiro: Verticalidades e horizontalidades

2021 ◽  
Vol 3 (6) ◽  
pp. 3842-3847
Author(s):  
Rodrigo Fernandes Silva

Atualmente, no território herdado, vivido e atualizado (suporte e abrigo, para a vivência de alguns, como de recurso para outros) a compreensão dos capitais fixos e dos fluxos é fundamental no entendimento dada geografia econômica. No entanto, após a década de 1970, a reconfigura o lugar e o conecta a uma lógica internacional exógena, como parte das implicações do regime de acumulação por espoliação da nova geopolítica instalada. Nessas modificações os processos celulares e moleculares reordenam o território através da instalação dos objetos técnicos. Se  de um lado, a tecnosfera é composta pelos sistema de objetos, de outro, ela é comandada pela psicosfera, renino dascrenças, paixões e lugar dos sentidos, que comandando as emoções. Ela é verificada através da reconfiguração permanente das consciências, justificando o funcionamento da tecnosfera, através do uso do marketing e de algorítimos. Em todos os casos, as formas geográficas se comportam como o novo Cavalo de Troia, seja no sentido clássico, para designar a política de expropriação direta, ou seja, como a transformação interna provocada pela penetração dessas obras de engenharia, responsáveis pela expansão dos sistemas técnicos atuais nos países subdesenvolvidos.  Aqui, no entanto, opta-se pelo neologismo da noção de cavalo grego vestido com as funções de navio negreiro, o novo navio negreiro. Uma vez que essas obras de engenharia são os elementos físicos necessários à produção e o atributo contabilizado como vantagem de localização, elas se tornam, de um lado, vantagens tecnológicas para capitalistas individuais e, de outro, instrumento de aprisionamento dos lugares pela escala global.

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