NARRATIVAS DO AGORA E O ESPETÁCULO DO EU
2021 ◽
Vol 36
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pp. 109-124
Este trabalho discute algumas estratégias de autoexibição presentes nas narrativas do agora com base nos estudos contemporâneos sobre autoficção e terá como objetos os romances O filho eterno, de Cristovão Tezza (2008), e Divórcio, de Ricardo Lísias (2013). Ambos acentuam a ideia de que vivemos uma exacerbação de vários Eus (TÜRCKE, 2010; ARFUCH, 2010; KLINGER, 2012), ou de várias personas. Isso está cada vez mais intrínseco às práticas literárias e cotidianas de nossas relações interpessoais, dentro e fora do mundo virtual. A presença do escritor na mídia, acessível e cada vez mais em contato com seu leitor, fomenta o jogo entre real e ficcional presente nas escritas sobre si.