UMA ANÁLISE MULTIMODAL DE BRINQUEDOS FIDGET TOYS NA PERSPECTIVA DA SEMIÓTICA SOCIAL
No contexto contemporâneo de possíveis impactos causados por uma realidade pandêmica da Covid 19, apresentamos uma discussão sobre infância e brincadeiras representadas em brinquedos conhecidos como fidget toys, seguindo estudos anteriores que defendem a questão de brinquedos como textos, representações semióticas (CALDAS-COULTHARD; VAN LEEUWEN, 2004; ALMEIDA, 2006; 2018; SOARES; ALMEIDA, 2018). O presente estudo fundamenta-se na Semiótica Social (HODGE; KRESS, 1988), utilizando o sistema de modalidade da Gramática do Design Visual (KRESS; VAN LEEUWEN, 2006 [1996]), e o inovador esquema para a semiótica dos brinquedos (ALMEIDA, 2020; 2021). O propósito geral é discutir significados e discursos sobre infância e brincadeira em e por meio desses brinquedos. Especificamente, busca identificar e comparar quais e como os modos de comunicação e recursos semióticos recorrentes nos brinquedos dessa categoria estabelecem interação com o observador; bem como verificar quais e como os significados e discursos sobre infância e brincadeira são comunicados nesses brinquedos. Os resultados revelam um discurso promissor de alívio do estresse e ansiedade, materializados e reconfigurados em brinquedos existentes antes da pandemia, propagando e naturalizando brincadeiras repetitivas, prescritivas e de pouco movimento, além de incentivo ao consumo. Palavras-chave: Brinquedos antiestresse. Semiótica Social. Multimodalidade.