scholarly journals FELICIDADE CLANDESTINA NA FANFIC: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEXTO LITERÁRIO NO ENSINO FUNDAMENTAL II

Trama ◽  
2020 ◽  
Vol 16 (39) ◽  
pp. 91-103
Author(s):  
Margarida da Silveira CORSI ◽  
Greice Aparecida FACIOLI DE BITENCOURT ◽  
Solange Aparecida BOREGGIO

Considerando que o trabalho com o texto literário em sala de aula continua sendo um dos grandes desafios do professor de Língua Portuguesa e a escassez de propostas de abordagem capazes de reunir práticas pedagógicas e eventos sociais que envolvam a interação entre o leitor, texto literário e autor, o presente trabalho apresenta uma proposta de abordagem do conto Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector, voltada para alunos de oitavo e nono ano do ensino fundamental. Este trabalho objetiva promover o letramento literário e a instrumentalização do leitor. Para tanto, idealizamos uma abordagem a ser aplicada em formato de oficina, dividida a partir das etapas descritas por Micheletti (2000) e revistas por CORSI (2015), aliadas aos pilares do dialogismo bakhtiniano (BAKHTIN, 1997): conteúdo temático, estrutura composicional e estilo, partindo do contexto de produção no qual o texto encontra-se inserido. A partir desta visão, esta oficina apresenta as seguintes etapas: motivação/sensibilização, antecipação, leitura/análise e interpretação.  Espera-se com isso, desenvolver a criticidade do aluno/leitor e ampliar a sua compreensão por meio da produção de uma fanfiction, gênero que promove a criatividade do leitor através da reescrita e corresponde aos interesses do público alvo a quem este trabalho se destina.Recebido em: 30-04-2020Revisões requeridas em: 05-06-2020Aceito em: 07-06-2020REFERÊNCIAS:AZZARI, E. F.; CUSTÓDIO, M. A. Fanfics, Google Docs... A produção textual colaborativa. In: ROJO, R. (org.). Escol@ conectada. São Paulo: Parábola Editorial, 2013.BAKHTIN, Mikhail Mikhailovich. Estética da criação verbal. Tradução de Maria Ermantina Galvão G. Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1997.BRAIT, B; MELO R. Enunciado/enunciado concreto/ enunciação. In: BRAIT, B. (Org.). Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2005.CÂNDIDO, A. O direito à literatura. In: CÂNDIDO, A. Vários escritos. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2004. p. 169-191CANDIDO, W.R. O papel da universidade na formação docente: Caminhos para o pensamento crítico em sala de aula. Os textos e as ideologias, mídias, redes sociais, a literatura e outras formas de arte. In FLECK, G. F.; CORSI, M. da S.; CANDIDO, W. R. (Orgs). A pesquisa em Literatura e leitura na formação docente – experiências da pesquisa acadêmica à prática profissional no ensino. Volume 2. Campinas-SP: Mercado das Letras, 2018.CEREJA, W. R. MAGALHÃES, T.C. Literatura Brasileira: ensino médio. São Paulo: Atual, 2005CHARTIER, R. As revoluções da leitura no ocidente. In: ABREU, M. (Org.). Leitura, história e história da leitura. Campinas, SP: Mercado das Letras; São Paulo: Fapesp, 1999.COMPAGNON, A. Literatura para quê? Belo Horizonte: UFMG, 2009.CORSI, M. da S.. A narrativa literária francesa como suporte para o letramento do leitor – aprendiz de FLE. Maringá: Eduem, 2015.COSSON, R. Letramento literário: teoria e prática. 1. ed., 3ª reimp. São Paulo: Contexto, 2009.Fanfics Brasil: plataforma para a publicação e leitura de Fanfics. Página incial. Disponível em https://fanfics.com.br/. Acesso em: 12 de dez. de 2019.JOUVE, V. Por que estudar literatura?Trad. Marcos Bagno e Marcos Marcionilo. São Paulo: Parábola, 2012.LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina: contos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981, p.07-10.MICHELLETI, G. Leitura e construção do real: o lugar da poesia na ficção. São Paulo: Cortez, 2000.____, G. Concepções e práticas de leitura na escola: o lugar do texto literário. Itinerários, Araraquara, n. 17, 2001.PERFEITO, A. M.; OHUSCHI, M.C. G.; BORGES, C.A.G. Bula de remédio: da teoria à prática de sala de aula. In: OSÓRIO, E.M. (Org.) Mikhail Bakhtin: cultura e vida. São Carlos: Pedro e João Editores, 2010. p. 51-74.ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 11. ed. São Paulo: Global, 2003.

Trama ◽  
2019 ◽  
Vol 15 (36) ◽  
Author(s):  
Valdeci Batista de Melo OLIVEIRA ◽  
Greicy Erhart Pereira da COSTA ◽  
Clariane Leila DALLAZEN

O presente artigo discute textos que retratam a mulher dentro dos valores do mundo patriarcal brasileiro, juntamente, com textos em que as personagens ousam arrostar esse mesmo ideário. Em dois retratos feitos em forma de canções, as duas mulheres apresentadas não têm sequer nomes próprios e suas vidas existem em função do homem. Em outros dois, o conto A fuga, de Clarice Lispector, escrito em 1940 e publicado em 1979 e o cordel A mulher que vendeu o marido por 1,99, de Janduhi Dantas, duas mulheres protagonistas demandam em busca de autodeterminação. Ambas as personagens são casadas e são infelizes no casamento; ambas suportam condições adversas que as inquietam e oprimem e das quais desejam sair. Será utilizado o conceito do dominante de (JAKOBSON, 1983), como ferramenta teórica, assim como ferramentas dos estudos de gêneros (BUTLER, 2003; LOURO, 1997) e da literatura comparada (CARVALHAL, 1986).REFERÊNCIAS:ASSIS, Machado. Dom Casmurro. São Paulo: Editora Ática, 1996 [1899].BADINTER, Elisabeth. Um Amor conquistado: o mito do amor materno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.BARTHES, Roland. Mitologias. 9. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1993.BUTLER, Judith P. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2003.CALDEIRA, Teresa Pires do Rio. Cidade de Muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. São Paulo: Edusp/Ed. 34, 2000.CANEVACCI, M. Introdução. In: Dialética da Família: gênese, estrutura e dinâmica de uma instituição repressiva. São Paulo: Brasiliense, 1981.CARNEIRO, Sueli. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2008.CARVALHAL, Tânia Franco. Literatura comparada. São Paulo: Ática, 1986.COLASSANTI, Marina. Mulher daqui pra a frente. Rio de Janeiro: Nórdica, 1981.DANTAS, Janduhi. A mulher que vendeu o marido por 1,99. Patos: Editora Patos, 2009.DEL PRIORI, Mary (Org.). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2000.DELUMEAU, Jean. História do medo no Ocidente: 1300-1800 - uma cidade sitiada. Tradução de Maria Lucia Machado, tradução das notas de Heloisa Jahn. São Paulo: Cia das letras, 1989. FLAUBERT, G. Madame Bovary. Paris: Gallimard, Pléiade, 1951 [1857].FREUD, Sigmund. Obras Completas. São Paulo: Imago, 1974.FRIEDAN, Betty. A Mística Feminina. Petrópolis:Vozes, 1971.FRYE, Northrop. Anatomia da Crítica. Tradução de Péricles Eugênio da Silva Ramos. São Paulo: Cultrix, 1973.GOTLIB, Nádia Batella. Clarice uma vida que se conta. São Paulo: Ática, 1995.GUEDES, O.; DAROS, A. O cuidado como atribuição feminina: contribuições para um debate ético. Serv. Soc. Rev., Londrina, v. 12, n. 1, p. 122-134, jul./dez. 2009.HAHNER, J. E. Emancipating the female sex: The struggle for women’s rights in Brazil, 1850-1940. Durham: Duke University Press, 1990. HIRATA, H. Guimarães (Org.). Cuidado e cuidadoras: as várias facetas do trabalho do care. São Paulo: Atlas; 2012.JAKOBSON, Roman. O dominante. In: LIMA, Luiz Costa (Org.). Teoria da literatura em suas fontes. vol. 1; 2a ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983.KAUFMANN, Jean-Claude. L’Entretien Compréhensif. Paris : Éditions Nathan, 1996.LABOV, Williams. Alguns passos iniciais na análise da narrativa. Trad. Waldemar Ferreira Neto. The Journal of Narrative and Life History, v. 7, p. 1-18, 1997. Disponível em: https://www.academia.edu/4598767/LABOV_William._Alguns_passos_iniciais_na_an%C3%A1lise_da_narrativa . Acesso em: 05 nov. 2018.LISPECTOR, Clarice. A Bela e Fera. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992.LISPECTOR, Clarice. A fuga. In: LISPECTOR, Clarice. A bela e a fera. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.LISPECTOR, Clarice. Água Viva. Edição bilíngue. Paris: des femmes, 1973.LOURO, Guacira. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Vozes, 1997.MAINGUENEAU, Dominique. Análise de Textos da Comunicação. Tradução de Cecília P. de Souza-e-Silva e Décio Rocha. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2011.MEJIA, Blanca Flor Demenjour Munoz; CONCEIÇÃO, Rute Izabel Simões. Qualidade discursiva concretude e projeções metonímicas: um estudo comparativo em narrativas. Revista Arredia, Dourados, Editora UFGD, v. 3, n. 4, p. 82-99, jan./jul. 2014.MOISÉS, Massaud. A Criação Literária. São Paulo: Melhoramentos, 1974.MONEGAL, Emir Rodríguez. Sexo y poesía en el Novecientos. Montevidéu: Alfa, 1969.NASCIMENTO, Evando. Clarice Lispector: uma literatura pensante. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2012.NASIO, J. D. A histeria: teoria e clínica psicanalítica. Rio de Janeiro: Zahar, 1991NUNES, A. B. Jr. Êxtase e clausura: sujeito místico, Psicanálise e estética. São Paulo: Annablume, 2005.OLIVEIRA, Valdeci Batista de Melo. Figurações da donzela-guerreira: Luzia-Homem e Dona Guidinha do Poço. São Paulo: Annablume, 2005.PAIVA, Oliveira. Dona Guidinha do Poço. São Paulo: Editora Ática, 2004 [1891].PÊCHEUX, Michel. Análise automática do discurso. Trad. Eni P.Orlandi. In: GADET, Françoise; HAK, Tony (Orgs.) Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Campinas: Unicamp, 1993.PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. São Paulo: Unicamp, 1997.PÊCHEUX, Michel. Sob o pseudônimo de Thomas Herbert. Observações para uma teoria geral das ideologias. Trad. Carolina M. R. Zuccolillo; Eni P. Orlandi; José H. Nunes. RUA, nº 1, Campinas, 1995.QUEIRÓS, Eça de. O Primo Basílio. São Paulo: Ática, 1979 [1878].REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Almedina, 2007.SANT´ANNA, A. R. de. Paródia, paráfrase cia. 4a ed. Ática: São Paulo, 1991.SANTAELLA, L. Matrizes da linguagem e pensamento: sonora, visual, verbal: aplicações na hipermídia. São Paulo: Iluminuras e FAPESP, 2005.SCOTT, J. (1995). Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação Realidade, 20, 71-99.TAVARES, Hênio. Teoria literária. 6. ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1978.TRILLAT, E. História da histeria. São Paulo: Escuta, 1991.VIANNA, Cynthia Semíramis Machado. A reforma sufragista: marco inicial da igualdade de direitos entre mulheres e homens no Brasil. Tese de doutorado. Universidade Federal de Minas Gerais: Belo Horizonte, 2017.VIDINHA de balada. Intérpretes: Henrique e Juliano. [S.l.]: Independente, 2017. (3 min.).ZOLIN, Lúcia Osana. Literatura de Autoria Feminina. In: ZOLIN, L. O.; BONNICI, T. (Orgs). Teoria Literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 2a ed. rev. e amp. Maringá: Eduem, 2005.ENVIADO EM 24-04-19 | ACEITO EM 04-07-19 


Trama ◽  
2020 ◽  
Vol 16 (38) ◽  
Author(s):  
Eduarda Cristina LIMA ◽  
Larissa Warzocha Fernandes CRUVINEL

O objetivo deste estudo é pesquisar a relação que a contística da escritora brasileira contemporânea Cíntia Moscovich estabelece com a obra de Clarice Lispector. Para isso, será analisado o conto “O Telhado e o Violinista, de Arquitetura do arco-íris (2004), para observar como a autora trata as questões judaicas em sua obra e como é construído o diálogo que ela estabelece com o conto de Lispector, “Uma Galinha”, de Laços de Família (2009). Dessa forma, o cotejo entre os contos das duas escritoras contribuirá para a compreensão das tendências estéticas da literatura brasileira contemporânea. Como fundamentação crítico-teórica, serão convocados os estudos de Erik Karl Schøllhammer (2011), Flávio Carneiro (2005), Paloma Vidal (2013), entre outros.ReferênciasAGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Trad.: Vinicius Nicastro Honesko. Chapecó, SC: Argos, 2009.CARNEIRO, Flávio. No País do Presente: Ficção brasileira no início do século XXI. 1 ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2005.CARVALHAL, Tânia Franco. Literatura Comparada. 4 ed. São Paulo: Ática, 2006.DALCASTAGNÈ, Regina (Org). Ver e Imaginar o outro: Alteridade, desigualdade, violência na literatura brasileira contemporânea. São Paulo: Horizonte, 2008.GALETI, Lúcia. O bestiário de Clarice Lispector. 2001.85f. Dissertação (Mestrado em Literatura) - Curso de Pós-Graduação em Letras do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2001.LISPECTOR, Clarice. Laços de Família. Rio de Janeiro: Rocco, 1960.MATOS, Ana Lígia. Paisagem portátil. e-scrita – Revista do Curso de Letras – INIABEU, Nilópolis, v. 1, Número 1, Jan.-Abr. 2010.MATTÉ, Manuela. Relações intertextuais em Clarice Lispector e Cíntia Moscovich.Revista Línguas Letras – Unioeste – Vol. 15 – Nº 30 – Segundo Semestre de 2014.MOSCOVICH, Cíntia. Arquitetura do arco-íris. Rio de Janeiro: Record, 2004.OLIVEIRA, Silvanna Kelly Gomes de; Souza, Olavo Barreto de. As galinhas de Clarice: Um estudo sobre a representação da personagem “galinha” nos contos “O ovo e a galinha”, “Uma galinha” e “Uma história de tanto amor”. In: V ENLIJE, 2014, Campina Grandxe. Anais Enlije V. Campina Grande: Editora Realiza, 2014 (v.01).PADILHA, Elaine Pereira Andreatta. Memória, influência e superação na prosa de Cíntia Moscovich.127f. Mestrado em Letras —Universidade Federal do Amazonas, Manaus Biblioteca Depositária: Setorial ICHL, 2013SCHØLLHAMMER, Karl Erik. Ficção brasileira contemporânea. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.VIEIRA. Nelson H. A Expressão judaica na obra de Clarice Lispector. Rio Grande do Sul. Zero Hora, 1988.WALDMAN, Berta.Comida, família e escritura na ficção de Cíntia Moscovich. Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG. Belo Horizonte, 2016.______ . Por linhas tortas: o judaísmo em Clarice Lispector. Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG, Belo Horizonte, 2011.Recebido em 10-05-2019 | Aceito em 26-09-2019


Trama ◽  
2020 ◽  
Vol 16 (39) ◽  
pp. 54-64
Author(s):  
Talita Santos MENEZES

Este trabalho tem como objetivo verificar se há variação na compreensão de textos acadêmicos que integram mais ou menos recursos multimodais. Tendo em vista que recursos gráficos, espaciais e ilustrativos, agregados a informações verbais, tornam o texto acadêmico um produto multimodal, torna-se válido investigar a influência de tais recursos na leitura de estudantes universitários que lidam com esse tipo de texto. O estudo assume um caráter descritivo, bem como uma abordagem quantiqualitativa, sendo classificado como bibliográfico e de campo. O referencial teórico é pautado, fundamentalmente, em pressupostos defendidos por Elias e Silva (2018), Kleiman (2016), Luz (2010), Mayer (2005), Padilla (2018), entre outros. Além disso, o trabalho traz resultados de um estudo de campo de caráter exploratório. Tal estudo consistiu em um pré-teste realizado com graduandos da Universidade Federal de Sergipe (UFS). A pesquisa demonstrou que recursos multimodais como ilustrações, por exemplo, podem gerar três tipos de efeito sobre a leitura de um texto acadêmico, isto é, elas podem auxiliar na melhor compreensão do conteúdo e localização de informações específicas; podem apenas acompanhar a informação verbal, de sorte que esta pode ser preponderante para o entendimento de um assunto; e, de certa forma, podem gerar algum tipo de dificuldade para o leitor integrar a informação verbal à visual, e, consequentemente, interpretar um dado.Recebido em: 27-04-2020Revisões requeridas em: 15-05-2020Aceito em: 18-05-2020REFERÊNCIAS:ARAÚJO, Júlio; PIMENTA, Alcilene Aguiar. Aspectos multimodais da escrita acadêmica em pôsteres de bolsistas da UFC: a construção de significados nesse gênero.  E-Scrita: revista do Curso de Letras da UNIABEU, Nilópolis, v.5, n. 2, p. 106-122, maio/ago. 2014. Disponível em: https://bit.ly/2KCSVDj. Acesso em: 17 jun. 2019.BEZERRA, Benedito. Gêneros digitais: apresentando livros na internet. Revista Signos, Lajeado, v. 43, n. 1, p. 45-61, 2010. Disponível em: https://tinyurl.com/y3c8ywr6. Acesso em: 17 jun. 2019.ELIAS, Vanda Maria da Silva; SILVA, Sandro Luis da. Multimodalidade na escrita de artigos científicos: aspectos teórico-analíticos e contribuições para o ensino. Linha D’Água, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 111-125, jan./abr. 2018. Disponível em: https://bit.ly/2W403hh. Acesso em: 17 jun. 2019.FERREIRA, Lucas Pazoline da Silva. Ciberartigo: um modelo de produção (hiper)textual na comunicação científica online. 2017. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2017. Disponível em: https://bit.ly/358TAFS. Acesso em: 17 jun. 2019.FLOREK, Cristiane Salete. Uma proposta didática para o ensino de leitura e de escrita de um gênero acadêmico multimodal. Veredas, Juiz de Fora, v. 20, n. 2, p. 239-256, 2016. Disponível em: https://bit.ly/35eCUgu. Acesso em: 16 jun. 2019.FREITAG, Raquel Meister Ko. Amostras sociolinguísticas: probabilísticas ou por conveniência? Revista de Estudos da Linguagem, v. 26, n. 2, p. 667-686, 2018. Disponível em: https://tinyurl.com/y4fdur4s. Acesso em: 22 fev. 2019.IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1993. Disponível em: https://bit.ly/383JF5b. Acesso em: 24 jan. 2020.KLEIMAN, Angela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 16. ed. Campinas: Pontes Editores, 2016.KOMESU, Fabiana. Letramentos acadêmicos e multimodalidade em contexto de EAD semipresencial. SCRIPTA, Belo Horizonte, v. 16, n. 30, p. 75-90, 1º sem. 2012. Disponível em: https://tinyurl.com/y3nhh9tn. Acesso em: 16 jun. 2019.LUPTON, Ellen. Pensar com tipos: guia para designers, escritores, editores e estudantes. Tradução André Stolarski. São Paulo: Cosac Naify, 2006.LUZ, José Gilvan da. Estatística. Aracaju: Gutemberg, 2010.MAYER, Richard E. Introduction to Multimedia Learning. In: MAYER, Richard E. The Cambridge Handbook of Multimedia Learning. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. p. 1-16. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/fd09/96d9b55901cecacf4427fc1f6837d1868b7a.pdf. Acesso em: 02 jul. 2019.MORAES, Andréa. Pôster acadêmico: um evento multimodal. Ao Pé da Letra, Pernambuco, v. 9, p. 1-9, 2007. Disponível em: https://tinyurl.com/y5rsq6lo. Acesso em: 17 jun. 2019.MOTTA-ROTH, Désirée; HENDGES, Graciela Rabuske. Produção textual na universidade. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.PADILLA, Constanza. Desafios epistêmicos e argumentativos na escrita de pós-graduação: gêneros científico-acadêmicos e trajetórias de mestrandos e doutorandos. Trad. Raquel da Silva Ortega. EIDA - Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação, Ilhéus, n. 15, p. 270-295, jan./jun. 2018. Disponível em: https://bit.ly/37bvJGr. Acesso em: 12 nov. 2019.SAMPAIO, R.F.; MANCINI, M.C. Estudos de revisão sistemática: um guia para síntese criteriosa da evidência científica. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v. 11, n. 1, p. 83-89, jan./fev. 2007. Disponível em: https://tinyurl.com/yy8s45oj. Acesso em: 28 maio 2019. 


2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Greicy Pinto Bellin ◽  
Jonhes Tadeu Gomes

Este artigo pretende analisar as relações entre homoerotismo, ambiência e Stimmung na construção do masculino na novela Morte em Veneza, de Thomas Mann (1911). Pretende-se trabalhar com os conceitos de gênero e performance propostos por Joan Scott, Teresa de Lauretis e Judith Butler, respectivamente, relacionando-as aos conceitos desenvolvidos por Hans Ulrich Gumbrecht em Atmosfera, ambiência e Stimmung (2014). Nosso objetivo é compreender o papel desempenhado pelas construções de gênero na representação de um homoerotismo construído por meio de elementos materiais do texto relacionados à ambiência da narrativa, e por meio de elementos da mitologia grega, perceptíveis no texto de Thomas Mann. BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão de identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2003. _______. Os atos performativos e a constituição do gênero: um ensaio sobre fenomenologia e teoria feminista. Trad. Jamille Pinheiro Dias. Caderno de leituras n. 78, Chão da Feira, 2018, p. 1-16. Disponível em:< http://chaodafeira.com/wp-content/uploads/2018/06/caderno_de_leituras_n.78-final.pdf> Acesso em: 12/12/2019.   GUMBRECHT, Hans Ulrich. Produção de presença: o que o sentido não consegue transmitir. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC – Rio, 2010. _______. Atmosfera, Ambiência, Stimmung: Sobre um potencial oculto da literatura. Rio de Janeiro: Contraponto: Editora PUC Rio, 2014. LAURETIS, Teresa de. A tecnologia do gênero. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.) Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. P. 206-241. MANN, Thomas. Morte em Veneza. São Paulo: Abril Cultura, 1979. RICHARD, Nelly. Intervenções críticas, arte, cultura, gênero e política. Belo Horizonte; Editora UFMG, 2002. SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. New York, Columbia University Press. 1989. ZANINI, Eduardo Oliveira. Leitura do imaginário na poesia lírica: uma viagem na barca de Caronte com Pedro Tamen. Disponível em: < http://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem04/COLE_3736.pdf >. Acesso: 19/12/2019. ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. Trad. Jerusa Pires e Suely Fenerich. São Paulo: Cosac Naify, 2007.  WILDE, Oscar. O retrato de Dorian Gray. Rio de Janeiro: L&PM, 2001.  


2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Bruna Souza Rocha Oliveira ◽  
Alessandra Leila Borges Gomes Fernandes

Os vínculos amorosos passaram por uma intensa reestruturação ao longo dos séculos. Essas reestruturações fizeram com que, segundo Matos (2000), os vínculos amorosos contemporâneos ganhassem novas configurações, incluindo abertura nos relacionamentos, que pode significar desde a mobilidade de papéis para provedor e cuidador do lar, passando por casamentos em que os parceiros vivem em casas separadas até a concepção do poliamor — que quebra o paradigma do casal e insere outras formas (triângulo, quadrilha etc) nas uniões afetivas. Tentando ler essas novas estruturas, este recorte analisa os triângulos amorosos presentes no conto O corpo, de Clarice Lispector, Triângulo em cravo e flauta doce de Caio Fernando Abreu e no filme Os sonhadores , do diretor Bernardo Bertolucci. A partir da leitura e análise bibliográfica de referências como Engels (1984), Matos (2000) e Lins (2012), é possível estabelecer um panorama geral sobre os relacionamentos e o que conhecemos hoje como pacto de abertura nos enlaces amorosos. Busca-se, também, compreender o destino trágico que encerra as narrativas que abordam uniões diferentes, tendo em vista a noção de poliamor que desponta na paisagem contemporânea dos afetos como uma possibilidade. Pretende-se, assim, contribuir na disseminação das pesquisas científicas relacionadas ao estudo de relações amorosas, fomentando as discussões acerca das mudanças dos pactos afetivos. ABREU, Caio Fernando. O ovo apunhalado. São Paulo: Siciliano, 1975.________. Ovelhas negras. Porto Alegre: Sulinas, 1995.BAUMAN, Zygmunt. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.BRANCO, Lucia Castello. Eros travestido: um estudo do erotismo no realismo burguês. Belo Horizonte: UFMG, 1985.CAMARGO, Flávio Pereira. Novas configurações familiares na Literatura Brasileira infantil e juvenil: leitura de Meus dois pais, de Walcyr Carrasco, e de Olívia tem dois papais, de Márcia Leite. Via Atlântica, n. 24. São Paulo: USP. 2013, p. 83-100.ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Rio de Janeiro:  Editora Civilização Brasileira S.A, 1984.FERRARI, M.; KALOUSTIAN, S. M. A importância da família. In: KALOUSTIAN, S. M. (Org.). Família brasileira: a base de tudo. 5. ed. São Paulo: Cortez: Brasília, DF: UNICEF, 2002.INSTITUTO BLAISE PASCAL: Tecnologia e Educação. Blaise Pascal. Disponível em: http://www.institutopascal.org.br/visao/institucional/blaisepascal.php Acesso em: 06 de dez. 2019.JESUS, André Luiz Gomes de. As representações da morte e do morrer na obra de Caio Fernando Abreu. 2010. 185 f. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2010.LINS, Regina Navarro. O livro do amor: do Iluminismo à atualidade. Rio de Janeiro: Best Seller, 2012.LISPECTOR, Clarice. A via crucis do corpo. Rio de Janeiro: Rocco, 1974.MATOS, Marlise. Reinvenções do vínculo amoroso: cultura e identidade de gênero na modernidade tardia. Belo Horizonte: UFMG, 2000.OS sonhadores. Direção: Bernardo Bertolucci. Produção: Gilbert Adair. Roteiro: Jeremy Thomas. Interpretes: Anna Karina, Eva Green, Greta Garbo, Louis Garrel, Michael Pitt, Robin Renucci e outros. [FRA/UK]: Fox Film, 2003. 130min.PORTO, Luana Teixeira. Ovelhas negras: transgressão, violência e sofrimento. In: Revista Literatura em debate. v. 7. n. 12. Universidade Regional Integrada (URI), 2012. p. 247- 262.RUFFATO, Luiz. Revistas literárias da década de 70. Jornal Rascunho, ed. 111. Disponível em: http://rascunho.com.br/revistas-literarias-da-decada-de-1970-5/. Acesso em: 21 abr. 2020.STERNBERG, R. J. Construct validation of a triangular love scale. European Journal of Social Psychology, 1997, p. 313-335._______. Triangulating love. In: R. J. Sternberg & M. L. Barnes (Eds.). The psychology of Love. New York: Yale University, 1988, p. 119-138.THELMA e Louise. Direção: Ridley Scott. Produção: Ridley Scott, Callie Khouri e Dean O’Brien. Roteiro: Callie Khouri. Interpretes: Susan Sarandon, Geena Davis, Harvey Keitel e outros. [USA]: Fox Films do Brasil, 1991. 2h30m.


2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 79-87
Author(s):  
Bárbara Inês Ribeiro Simões Daibert ◽  
Luciana de Oliveira Rodrigues

O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre a prosa de Conceição Evaristo, investigando a representação das diferenças, principalmente sociais e de gênero, na escrita de seus contos, por meio da busca e da valorização da ancestralidade africana. Palavras-chave: Identidade Africana. Ancestralidade. Literatura. Nação. Referências  BARROS, José d’Assunção. A historiografia pós-moderna. Ler História, n. 61, 2011, p.147-167. Disponível em: <https://journals.openedition.org/lerhistoria/1655>. Acesso em: 27 abr. 2019. BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1996. CÔRTES, Cristiane. Diálogos sobre escrevivência e silêncio. In: DUARTE, Constância Lima; CÔRTES, Cristiane; PEREIRA, Maria do Rosário A. (orgs). Escrevivências: identidade, gênero e violência na obra de Conceição Evaristo. Belo Horizonte: Idea, 2016. p. 51-60.  EVARISTO, Conceição. Olhos d’água. Rio de Janeiro: Pallas, 2010. ______. Insubmissas lágrimas de mulheres. Belo Horizonte: Nandyala, 2011. ______. Ponciá Vicêncio. Belo Horizonte: Mazza, 2003. ______. História de leves enganos e parecenças. Rio de Janeiro: Malê, 2016. _____. Gênero e etnia: uma escre(vivência) da dupla face. In: MOREIRA, Nadilza Martins de Barros; SCHNEIDER, Diane (eds.). Mulheres no mundo, etnia, marginalidade e diáspora. João Pessoa: Ideia, 2005. p. 201-212. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/177337990/Conceicao-Evaristo-Genero-e-etnia-uma-escre-vivencia-de-dupla-face. Acesso em: 20 abr. 2019. FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1979. GANDHI, Leela. Postcolonial theory: a critical introduction. New York: Columbia University,1998. GARUBA, Harry. Explorações do realismo animista: notas sobre a leitura e a escrita da literatura, cultura e sociedade africana. Tradução Elisângela da Silva Tarouco. Nonada: Letras em Revista, Porto Alegre, v. 2, n. 19, p. 235-256, out. 2012. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/5124/512451673021.pdf. Acesso em: 02 dez. 2018. ______. Reflexões provisórias sobre o animismo, modernidade/colonialismo e a ordem africana do conhecimento. Tradução Alice Botelho Peixoto. CESPUC, n. 32, p. 123-131, jan./jun. 2018. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoscespuc/article/view/17021. Acesso em: 14 mar. 2019. HALL, Stuart. Que “negro” é esse na cultura negra? In: ______. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Organização Liv Sovik. Tradução Adelaine La Guardia Resende et al. Belo Horizonte: UFMG; Brasília: Representação da UNESCO no Brasil, 2009. ______. A identidade cultural na pós-modernidade. 11. Ed. Tradução Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Lobo. Rio de Janeiro: DP&A, 2006. JAMESON, Fredric. Pós-modernismo: a lógica cultural do capitalismo tardio. 2. ed. São Paulo: Ática, 1997. LIEBIG, Sueli Meira. “Escrevivências”: Evaristo e a subversão de gênero em Insubmissas lágrimas de mulheres. XII Colóquio Nacional Representações de gênero e sexualidades. 08 a 10 de junho de 2016, Campina Grande, PB. Disponível em: file:///C:/Users/Windows%2010/Downloads/TRABALHO_EV053_MD1_SA6_ID571_30042016200422.pdf. Acesso em: 16 fev. 2019. MOREIRA, Terezinha Taborda. Silêncio, trauma e escrita literária. In: DUARTE, Constância Lima; CÔRTES, Cristiane; PEREIRA, Maria do Rosário A. (orgs). Escrevivências: identidade, gênero e violência na obra de Conceição Evaristo. Belo Horizonte: Idea, 2016. p. 109-119. POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v. 5. n. 10, p. 200-212, 1992. Disponível em: http://www.pgedf.ufpr.br/memoria%20e%20identidadesocial%20A%20capraro%202.pdf. Acesso em: 09 maio 2019. PONCE, Eduardo Souza; GODOY, Maria Carolina de. Ancestralidade e identidade  em  “Olhos d’água” de  Conceição Evaristo. Anais do VIII Colóquio de Estudos Literários. Ferreira Cláudia C.; Jacicarla S.; Brandini Laura T.(orgs). Londrina, 06 e 07 ago. 2014. p. 163-170. Disponível em: http://www.uel.br/eventos/estudosliterarios/pages/arquivos/Eduardo%20Ponce%20e%20Maria%20Carolina%20Godoy_Texto%20Completo.pdf. Acesso em: 18 abr. 2019. SAID, Edward. Cultura e imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. SILVA, Assunção de Mari Souza e. “E assim tudo se deu”: as histórias de leves enganos e parecenças. In: DUARTE, Constância Lima; CÔRTES, Cristiane; PEREIRA, Maria do Rosário A. (orgs). Escrevivências: identidade, gênero e violência na obra de Conceição Evaristo. Belo Horizonte: Idea, 2016. p. 295-306. SILVA, Franciane da Conceição. A presença da ancestralidade em narrativas de Conceição Evaristo e Mia Couto. Cadernos Cespuc, n. 32, jan. /jul. 2018. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoscespuc/article/view/16962/13446. Acesso em: 12 abr. 2019. SPIVAK, GayatriChakravorty. Pode o subalterno falar? Tradução Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa e André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: UFMG, 2010.


2016 ◽  
Vol 14 (2) ◽  
Author(s):  
Lina Faria

Introdução: Em função de uma trajetória profissional curativa e reabilitadora, os fisioterapeutas encontram-se frente ao desafio da adaptação de sua formação curricular para atender às novas demandas da saúde pública brasileira. Objetivo: Verificar a necessidade de adequação das grades curriculares dos cursos de fisioterapia aos propósitos das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) na formação de profissionais fisioterapeutas com perfil humanista e generalista. Material e métodos: Foram analisadas 33 grades curriculares de cursos de fisioterapia, reconhecidos pelo MEC, nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, para verificar se os conteúdos programáticos atendem às mudanças preconizadas. Resultados: Em treze cursos o modelo de ensino ainda é o tradicional, tendo como referência o “saber técnico”. Nove cursos buscam se adaptar às propostas das Diretrizes. Onze integram disciplinas e estágios supervisionados que atendem às mudanças. Conclusão: Os projetos pedagógicos revelam a necessidade de mudanças na educação, de modo que o processo de formação se paute por uma atuação com foco na prevenção e promoção da saúde.Palavras-chave: atenção primária à saude, educação em saúde, prática profissional, classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde.


1994 ◽  
Vol 10 (suppl 1) ◽  
pp. S19-S44 ◽  
Author(s):  
Maria Helena P. de Mello Jorge ◽  
Maria Rosário D. O. Latorre

As estatísticas de mortalidade mostram, em 1988, para o Brasil, que cerca de 12% dos óbitos são devidos a causas externas, e destes 30% são por acidentes de trânsito. Quando se comparam com outros países, os dados referentes ao Brasil são sempre elevados. O objetivo deste trabalho é apresentar os dados e analisar a tendência da mortalidade por acidentes de trânsito no Brasil e em cada uma das Capitais das Unidades da Federação. Calcularam-se os coeficientes de mortalidade (bruto e padronizado), segundo sexo, bem como a mortalidade proporcional dentro das causas externas para os acidentes de trânsito no período de 1978 a 1989. Os resultados mostram que, para o Brasil, houve um aumento do número de óbitos, bem como dos coeficientes de mortalidade em cada faixa etária e sexo. Proporcionalmente, em relação às causas externas, a representatividade esteve em torno de 30%. Em uma parcela significativa dos municípios estudados, a mortalidade por acidentes de trânsito corresponde a quase metade dos óbitos por causas externas. Os coeficientes padronizados são quase sempre superiores a 20 por 100.000 habitantes, cifra esta muito superior àquela observada em outros países. Analisando-se o período de 1978 a 1989, observa-se uma tendência de aumento dos coeficientes de mortalidade em Porto Velho, Rio Branco, Recife, Maceió, Curitiba, Florianópolis, Campo Grande, Cuiabá, Goiânia e Distrito Federal. Em Manaus, Macapá, Natal, Teresina, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro e São Paulo, a mortalidade vem permanendo estacionária no período estudado. Nas demais seis capitais, a tendência é de declínio, concluindo-se que este permanece um importante problema de saúde pública no país.


2015 ◽  
Vol 7 (2) ◽  
pp. 250-267 ◽  
Author(s):  
César Marques ◽  
Henrique Frey

A partir da década de 2000, o mercado de habitação brasileiro passou por sensíveis mudanças, que permitiram a retomada do crescimento da construção civil, do número de unidades construídas e comercializadas. Tais mudanças foram possíveis em função de uma série de mudanças nas políticas urbanas e habitacionais, com destaque para a ampliação da oferta do financiamento habitacional, que permitiu a incorporação de uma parcela maior da população no acesso à casa própria. No entanto, os efeitos das recentes políticas de habitação ainda não são claros. Por um lado, o crescimento do valor dos bens imobiliários foi generalizado, alcançando patamares comparáveis a de importantes centros mundiais, principalmente nas grandes cidades e metrópoles brasileiras. Por outro, ainda pouco se sabe sobre os efeitos quantitativos desse modelo, ou seja, se de fato a parcela da população com acesso ao domicílio próprio aumentou significativamente e houve uma consequente queda do número de domicílios alugados e cedidos. Para isso, esse artigo propõe uma primeira análise exploratória, utilizando os dados dos Censos Demográficos 1991, 2000 e 2010 para avaliar se tais políticas alteraram as dinâmicas das condições de ocupação nos domicílios na escala metropolitana. Analisamos dados das três maiores regiões metropolitanas (Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro) a partir do município, comparando as mudanças na sede e no entorno. O texto está estruturado em torno da discussão do mercado habitacional no Brasil, das inovações em termos de políticas públicas no período recente e da própria análise dos dados censitários, apontando suas potencialidades e limites.


2000 ◽  
Vol 20 (2) ◽  
pp. 213-232 ◽  
Author(s):  
Ricardo Luis Lopes ◽  
José Vicente Caixeta Filho

Esta pesquisa teve como principal objetivo a análise da distribuição mais eficiente de granjas suinícolas no Estado de Goiás. O modelo de localização desenvolvido envolveu uma estrutura de programação inteira mista. Os fatores considerados para o objetivo do estudo foram os custos de transporte de grãos (milho e soja) até a granja, o custo de transporte de suínos até o abatedouro e o custo de transporte de carcaça de suíno até o mercado consumidor. Definiu-se como mercado consumidor o próprio Estado de Goiás, o Distrito Federal e os municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Além disso, determinou-se também as ofertas de milho e soja de cada microrregião do Estado de Goiás, e o consumo per capita nacional de carne suína. Considerou-se três cenários, envolvendo níveis distintos de consumo per capita, sendo um o atual e os outros dois determinados de acordo com as perspectivas do setor.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document