ESTUDOS SOBRE JUVENTUDES: IMPLICADORES TEÓRICOS E METODOLÓGICOS SOBRE CULTURAS JUVENIS E ENSINO MÉDIO
Este artigo de revisão se dedicou à síntese dos marcadores epistemológicos produzidos por estudos e estudiosos que se dedicam à “Sociologia da Juventude”, e que tem contribuído com as discussões sobre “os jovens e as culturas juvenis em relação com a escola e o Ensino Médio” no Brasil. Tem-se o objetivo de apoiar os estudos de pesquisadores iniciantes ao revisitar a literatura consolidada sobre a temática tecendo um panorama geral da construção sociológica do estatuto da juventude, com destaque sobre como a produção acadêmica tem investigado as juventudes brasileiras, sob quais balizas teóricas e metodológicas têm se investido sobre o jovem e a escola de Ensino Médio na contemporaneidade. Descrevemos vertentes sociológicas que focalizam o “jovem” e sua “condição juvenil”, ao analisarem os discursos produzidos sobre os “jovens” a fim de caracterizar o conjunto de pressupostos teórico-metodológicos que têm orientado às investigações sobre a juventude, o que inclui a reflexão dos limites e das condições da aproximação sociológica sobre as “culturas juvenis”. Em específico, o deslocamento da conceituação de “juventude no singular” para “juventudes no plural”, e que indica uma proposição sociológica que percebe as dificuldades e carências sociais e materiais que envolvem a vida do jovem na contemporaneidade, ao reconhecer as diversas “condições juvenis”, expressas no cotidiano das escolas de Ensino Médio.