Adriano Almeida Souza
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Sabrina da Silva Caires
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Hector Luiz Rodrigues Munaro
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Cláudio Bispo de Almeida
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Cezar Augusto Casotti
Durante o processo de envelhecimento humano acontecem mudanças que podem interferir na qualidade de vida das pessoas. Algumas destas alterações podem ser identificadas pelo índice de massa corporal e pela força de preensão manual, e podem estar relacionadas à qualidade de vida. Neste sentido, objetivou-se discriminar, através de curvas de sensibilidade e especificidade, os pontos de corte do índice de massa corporal e da força de preensão manual como preditores de qualidade de vida em idosos residentes na zona urbana de um município de pequeno porte. Estudo epidemiológico e transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Os dados foram analisados por receiver-operating characteristic curves no Statistical Package for Social Sciences, e pontos de corte discriminados pelo método de Youden. Os dados sobre qualidade de vida foram coletados por meio de questionário, o índice de massa corporal por medidas antropométricas, e a força de preensão manual foi avaliada por um dinamômetro. Identificou-se 264 idosos, estes com médias de idade e de força de preensão manual de 71,85 anos (DP±7.73) e 9,99 kgf (DP±13,01), respectivamente. Os pontos de cortes preditores do desfecho, para homens e mulheres, foram <22,8 kg/m² (IC: 95%= 0,37- 0,72) para o índice de massa corporal, e <13 kgf 0,379 (IC: 95%=0,32- 0,43) para força de preensão manual. Conclui-se que os pontos de corte possuem boa capacidade para predizer elevada qualidade de vida para os idosos avaliados, entre os quais o índice de massa corporal teve maior capacidade preditiva.