chantal mouffe
Recently Published Documents


TOTAL DOCUMENTS

328
(FIVE YEARS 137)

H-INDEX

10
(FIVE YEARS 1)

2022 ◽  
Vol 20 (33) ◽  
pp. 83
Author(s):  
José Ricardo Cunha
Keyword(s):  

Objetivo: O presente artigo tem como objetivos: 1) apontar como o egocentrismo e o egoísmo constituem uma cultura de fundo que inviabiliza a política democrática e, no limite, corroboram o ódio como forma de fazer política; e 2) indicar a democracia agonística, como proposta por Chantal Mouffe, a partir de um debate com Carl Schmitt, como uma forma de fazer política mais consentânea com o pluralismo e, portanto, com o assentimento da alteridade como constitutiva do próprio fazer político.Metodologia: Para alcançar os objetivos propostos, o artigo apoia-se no método hipotético-dedutivo, mediante a pesquisa bibliográfica em textos que tratam sobre o tema.Resultados:Individualidade e pluralismo são características centrais do mundo moderno. Contudo, a afirmação excessiva da individualidade produziu situações em que se busca suplantar o pluralismo em nome do sectarismo. Uma cultura de fundo de reforço do ego parece descambar em muitos momentos para um forte egocentrismo e um individualismo brutal. No aspecto político, isso institui práticas alérgicas à alteridade que chegam a suplantar o próprio compromisso com a democracia, abrindo espaço para o ódio como forma de fazer política. Em oposição a essa perspectiva, o artigo indica o modelo agonístico de democracia, conforme sustentado por Chantal Mouffe. Em diálogo com Carl Schmitt, Mouffe defende que a política democrática é um campo de inevitável conflito, todavia esse conflito não deve se dar na forma de um antagonismo onde aquele que pensa diferente seja tomado como um inimigo a ser destruído. No lugar do antagonismo, propõe o agonismo, que significa um permanente embate democrático, porém em condições nas quais o outro não seja visto como inimigo, mas sim como adversário.


2022 ◽  
Vol 12 ◽  
pp. e022011
Author(s):  
Cristiano Amaral Garboggini Di Giorgi ◽  
Andréia Nunes Militão ◽  
Fabio Perboni
Keyword(s):  

Este texto analisa a acepção freiriana de democracia radical e substantiva como premissa fulcral para uma formação humana emancipatória. Tem-se como pressuposto que a construção da democracia na escola está amalgamada à democratização da sociedade da qual faz parte. Elege-se Paulo Freire como autor de referência e localiza-se outros autores da atualidade que têm tratado deste tema. Constata-se que existem muitas semelhanças entre a concepção de uma sociedade democrática em Freire e em outros autores, notadamente como Chantal Mouffe, aspecto fundamental para a compreensão do cenário contemporâneo e igualmente da democracia escolar e seus desafios.


2022 ◽  
Vol 31 (64) ◽  
Author(s):  
Aurenéa Maria de Oliveira ◽  
Maria da Conceição dos Reis ◽  
Joel Severino da Silva

A partir do século XX, vários movimentos e sindicatos no campo uniram forças contra as péssimas condições de trabalho. Assumindo que neste processo há uma dimensão pedagógica de aprendizagens políticas, esta pesquisa teve o objetivo de analisar como os processos educativos do movimento sindical de trabalhadores rurais do município de Vicência/PE repercutem na construção da identidade política de sindicalistas. O estudo se baseou na concepção de discurso desenvolvida pela Teoria do Discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe e na perspectiva de identidade de Stuart Hall. Metodologicamente, fez uso da análise de discurso de Michel Pêcheux e de Eni Orlandi, visando observar como os indivíduos, a partir de posições de sujeito, relações de lugar e de força, elaboram suas falas. Os resultados apontaram para uma noção de identidade política-cidadã atrelada à luta por conquistas de direitos sociopolíticos, por parte desses trabalhadores, e para o antagonismo patronal, limitando conquistas destes sindicalistas.


Author(s):  
Matteo De Toffoli

This article explores some central features of the theory of signification put forward by Ernesto Laclau and Chantal Mouffe, taking into account both Hegemony and Socialist Strategy and some further reflections developed by Laclau alone. Through the analysis of the concepts of discourse, empty signifier, dislocation and antagonism it is argued that, in the discourse-theoretical framework, the Saussurean “arbitrariness of the sign” can be limited only through the symbolic unification of a discourse and the drawing of antagonistic frontiers, and that these latter processes rest on contingent decisions, that is operations pertaining to the order of the political.


2022 ◽  
pp. 019145372110668
Author(s):  
Lasse Thomassen

This article examines the connection between populism and post-foundationalism in the context of contemporary debates about populism as a strategy for the Left. I argue that there is something “populist” about every constitutional order, including liberal democratic ones. I argue so drawing on Chantal Mouffe’s theories of hegemony, agonistic democracy, and left populism. Populism is the quintessential form of post-foundational politics because, rightly understood, populism constructs the object it claims to represent, namely the people. As such, it expresses the fact that, because there is no ultimate foundation, politics consists in the construction of contingent foundations. I develop this argument through readings of Jan-Werner Müller and Chantal Mouffe, showing the differences between their respective post-foundational approaches. I show that Müller cannot uphold the distinction between populism and democracy in the way he seeks to do, but I also argue that this does not mean that we must jettison all normativity, only that it requires that we rethink normativity in hegemonic terms.


2021 ◽  
Vol 9 (23) ◽  
pp. 9-34
Author(s):  
Gabriel Bandeira Coelho ◽  
Jalcione Almeida
Keyword(s):  

O presente artigo propõe uma nova definição ao conceito de interdisciplinaridade, especialmente no âmbito das ciências ambientais no Brasil, com vistas a demonstrar que a tentativa de dar sentido e significado ao termo está totalmente aberta e em constante disputa. Assim, este texto não se exime de definir a interdisciplinaridade ambiental nos termos de uma democracia pluralista, conforme exposta por Chantal Mouffe em sua teoria do discurso, ao conceituar o jogo político das sociedades democráticas a partir do conceito de agonismo. Esse conceito pressupõe a luta adversarial, sem a possibilidade de consensos como pano de fundo de toda e qualquer trama discursiva. Nessa sequência, se é factível definir a interdisciplinaridade como um campo político e, portanto, discursivo, pode-se pensar em defini-la como uma democracia pluralista, uma vez que determinado espaço que se diz interdisciplinar, afirma-se, é formado por diversas e distintas disciplinas (discursos), as quais se inter-relacionam por meio de tensões agônicas, e até mesmo antagônicas, em prol da hegemonização de suas demandas.


2021 ◽  
pp. 121-165
Author(s):  
Gerardo Ambriz Arévalo

En el presente artículo intento mostrar que en la obra tardía de Friedrich Engels se encuentran varias ideas que pueden asociarse al concepto de hegemonía. El texto que concentra la mayoría de dichas ideas está en el prólogo que Engels realiza en 1899, justo en el año de su muerte, para la obra de Karl Marx titulada Las luchas de clases en Francia. Previamente al análisis del prólogo, también conocido como su “testamento político”, expondré los diferentes sentidos que tuvo el concepto de hegemonía en las obras de Lenin y Gramsci, exposición que nos ayudará, por un lado, a revisar las interpretaciones de Perry Anderson, Cristine Buci-Glucksmann, Jacques Texier, Ernesto Laclau y Chantal Mouffe, José Aricó, Atilio Boron, entre otras; y, por el otro, a problematizar el concepto en cuestión y ver cuál fue el aporte de Engels y en qué se adelantó a lo tratado por el ruso y el italiano, respectivamente.


2021 ◽  
Vol 29 ◽  
pp. 173
Author(s):  
Evelin Christine Fonseca de Souza ◽  
Marcela Moraes de Castro

Neste artigo analisamos a relação do antagonismo político marcado pela oferta do ensino religioso nas escolas públicas da rede estadual do Rio de Janeiro, na articulação entre os textos da política que instituem o caráter confessional da disciplina e sua tradução na escola como contexto da prática da ação da política democrática. O estudo, de caráter documental, ampara-se na perspectiva pós-estruturalista como proposta por Chantal Mouffe e investiga as ações dos sujeitos no campo legislativo, nas disputas pelas proposições favoráveis e contrárias à confessionalidade da disciplina. Para o diálogo com a escola, analisamos a oferta do ensino religioso na rede estadual fluminense através das respostas específicas sobre o tema ao Questionário do Diretor aplicado nas avaliações do Sistema de Avaliação da Educação Básica, edições de 2013, 2015 e 2017. As respostas ao Questionário evidenciam que, na prática, a oferta do referido componente curricular não é de presença obrigatória para estudantes, não é confessional e não há oferta de atividades alternativas para quem opta por não se matricular. Constatamos que, embora a implementação do ensino religioso confessional na rede estadual pareça fracamente efetivada, há outros movimentos de socialização política em curso, os quais, em âmbito do Estado, articulam valores morais inscritos em sua pauta de disciplinarização.


2021 ◽  
pp. 420-434
Author(s):  
Katarzyna Chmielewska

Autorka rekonstruuje i poddaje krytycznej analizie współczesne modele społecznej i kulturowej pamięci o Zagładzie oraz rozważa wynikające z nich konsekwencje dla rozumienia polityki historycznej. Przedmiotem opisu są dominujące obecnie kierunki memory studies, nawiązujące do Chantal Mouffe (koncepcja agonu) oraz głębiej – Michaiła Bachtina (polifoniczność i dialogiczność), a więc koncepcje pamięci agonicznej i wielokierunkowej. W kontrze do tych koncepcji autorka rozwija wątki niedoceniane w dotychczasowych badaniach: zagadnienia społecznego (klasowego) uwarunkowania pamięci, przemocy symbolicznej i prawomocności, które kształtują pamięć kulturową i przedstawienia przeszłości.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document