Revista FAMECOS
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Published By Edipucrs

1980-3729, 1415-0549

2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. e40929
Author(s):  
André Iribure Rodrigues
Keyword(s):  

Este trabalho visa apresentar um panorama diacrônico das abordagens de dois seriados veiculados em períodos distintos, num intervalo de duas décadas. O primeiro, intitulado Queer as Folk, de 2000, na TV por assinatura, aborda as vivências não normatizadas da sexualidade gay e lésbica, enquanto o segundo, Pose, mais recente, por streaming, avança nas representações de minorias transexuais e transgêneros, com cortes de raça e de classe social. Evidencia-se, a partir de um olhar sobre os estudos de gênero e da sexualidade, com aporte das representações sociais da psicologia social e dos estudos culturais, pela análise de conteúdo, como se dão as visibilidades das tensões e das negociações do que escapa da heteronormatividade nos limites da ficção seriada televisiva. Da visibilidade de uma hegemonia gay, branca, classe média com o mote da homofobia, duas décadas após, percebe-se as representações de pessoas negras e vulneráveis social e economicamente ao enfrentarem a transfobia.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. e41010
Author(s):  
José Isaías Venera

Com este artigo, busca-se demarcar uma perspectiva teórica para os estudos da comunicação com base nos processos de subjetivação. No trabalho, desenvolvem-se as noções de acontecimento e de comunicação que integram a Nova Teoria da Comunicação, de Ciro Marcondes Filho, e procura-se acentuar os estudos que abordam questões da subjetividade. O que justifica esse olhar comunicacional é o pressuposto de um conceito que mobilize os modos de constituição de si. O objetivo é articular um conceito de comunicação cujo centro não é o media, mas o processo e, nele, os modos de constituição do sujeito. A pesquisa bibliográfica tem referencial teórico pós-estruturalista. Conclui-se que a articulação do campo da comunicação com as questões da subjetividade depende de um olhar específico fundamentado em um conceito comunicacional pelo qual se desenvolve a articulação.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. e40124
Author(s):  
João Vitor Leal

Este artigo examina como a figuração do humano no cinema articula e tensiona as noções de carne, corpo, identidade, personagem, figura e imagem. Recorreremos ao monstro como uma figura que tanto explicita quanto perturba o funcionamento habitual da figuração, revelando cisões entre corpos e identidades e desinventando o corpo de modo a explicitar a realidade da carne. Para tanto, investigaremos, em particular, os conceitos de “figura” e de “carne”, que serão mobilizados na análise de três filmes de horror que colocam em jogo uma mesma sensação do infamiliar: Vampiros de almas (Don Siegel, 1956), O enigma de outro mundo (John Carpenter, 1982) e Corrente do mal (David Robert Mitchell, 2014).


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. e41576
Author(s):  
Renata Barreto Malta ◽  
Inmaculada Gordillo

El objetivo del artículo es analizar la presencia de la mujer inmigrante latinoamericana en el cine español a partir de un corpus compuesto por películas producidas entre 1999-2012. Se utilizaron herramientas metodológicas del Análisis de Contenido y la discusión teórica está basada en los Estudios Culturales, la Narrativa Audiovisual y los Estudios de Género. Los resultados indican que la presencia de esas personajes es efectiva, pero que se construye con bases hegemónicas en lo que concierne a nacionalidad, etnia y franja etaria. Además, se ha constatado que hay un predominio de argumentos centrados en la cotidianidad y la marginalidad.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. e39837
Author(s):  
Ceiça Ferreira

Este artigo propõe investigar como, embora historicamente silenciada ou submersa no discurso da mestiçagem, a questão racial estrutura a opressão de gênero no contexto social e no cinema brasileiro. Para isso, utiliza como objeto de análise os filmes Jubiabá (Nelson Pereira dos Santos, 1987), Orfeu (1999) e O maior amor do mundo (2006), de Cacá Diegues, buscando assim examinar a intersecção de gênero e de raça na construção de personagens, sua caracterização e atuação na narrativa, suas relações de pertencimento e posturas assumidas diante de outras(os) personagens, que podem indicar continuidades, fluxos e contradições nos regimes de visibilidade.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. e41200
Author(s):  
Fernando Schüler

Tolerância e liberdade de expressão são ideias improváveis à época das guerras de religião que marcaram a Europa pós-reforma, nos séculos XVI e XVII. O presente trabalho busca compreender de que modo estas ideias tomaram forma, e quais os argumentos fundamentais que serviram para a sua afirmação, no mundo moderno. Para isto, o texto traça um percurso histórico e intelectual que vai da publicação da Aeropagítica, de John Milton, até o On Liberty, de John Stuart Mill, passando pela argumentação desenvolvida por John Locke, em seu exilio holandês, a Carta sobre a Tolerância, e pelos escritos de James Madison no contexto que leva à instituição e consolidação da Primeira Emenda à Constituição Americana.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. e39117
Author(s):  
Jaison Castro Silva
Keyword(s):  

O artigo realiza a investigação de textos do filósofo Walter Benjamin, tais como “Experiência e pobreza” (1933), “O Narrador” (1935) e “A Obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica” (1936), e aqueles diretamente sobre o tempo e a teoria do conhecimento, como o Konvolut N, de as Passagens (1929-1940), a fim de elucidar a “imagem técnica” no pensamento desse autor a partir da categoria “dispositivo midiático” em sua colaboração para a reflexão sobre a produção de subjetividades. Esses elementos possuem como base o “princípio construtivo” da montagem cinematográfica, em direta conjunção com as vanguardas culturais 1920/1930, a experiência estética moderna e o pensamento freudiano, o que evidencia no modelo epistemológico proposto por Benjamin uma peculiar e original conjunção entre estética e conhecimento. O texto foi preparado com método de revisão bibliográfica.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. e38880
Author(s):  
Henrique Ramos Reichelt
Keyword(s):  

Morocha é frequentemente apontada como a música mais machista do gauchismo brasileiro. Através de uma sátira brutal, a canção apresentada no palco do festival Coxilha Nativista, em 1984, trouxe a temática da sexualidade e da performatividade masculina ao cerne das disputas estéticas de representação da identidade gaúcha. O presente artigo tem como objetivo discutir a relação de afinidade existente entre identidade gaúcha e masculinidade. Para tanto, parte-se de uma análise comparada entre a letra de Morocha e de Morocha, não! — canção de repúdio, lançada um ano depois. São também investigadas as sonoridades, a performance e o contexto histórico de ascensão dos festivais nativistas. Neste trabalho, os estereótipos de gênero e os modelos de masculinidade, acionados pelas canções, são discutidos em relação às demais representações de legitimação e à estigmatização da identidade sociocultural.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. e39975
Author(s):  
Gabriel Malinowski

Utilizando o filme de compilação como elemento metodológico e delimitador, este artigo pretende apresentar e investigar um arcabouço teórico capaz de respaldar uma investigação entre imaginação histórica e o funcionamento dos arquivos de imagem e som na contemporaneidade. Nossa análise gira em torno das reapropriações das “imagens de arquivo” públicas e privadas realizadas, cada vez mais, por esse tipo de filme. Trata-se de um gesto que vai ao encontro de certa lógica dos arquivos de imagem na cultura contemporânea. Nosso objetivo é propor uma discussão sobre a imaginação histórica que as montagens entre essas imagens heterogêneas ensejam. Como arcabouço teórico, nos apoiamos em uma tradição arqueológica em torno dos campos de estudo do cinema e da comunicação, com ênfase no pensamento de Wolfgang Ernst, Vilém Flusser e Catherine Russel.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. e38799
Author(s):  
Cláudia Cardoso Mesquita

Na trilha proposta pelo historiador alemão Andreas Huyssen (2014), que identifica uma preocupação central com a memória na cultura ocidental contemporânea, propomos, neste artigo, uma aproximação ao filme Orestes, atenta a seu esforço de rememoração crítica do período da ditadura militar no Brasil, entendido como força que age no presente (perpetuando um histórico de arbitrariedades e violências policiais). Sem desconsiderar suas singularidades — notadamente o uso da tragédia como máquina de compreensão histórica —, o filme de Rodrigo Siqueira nos permite examinar e especificar algumas hipóteses que desenhamos no contato com a produção fílmica contemporânea mais abrangente. Em especial a aposta em uma “estética da elaboração”: sob a sombra de um “passado que não passa”, o presente ganha centralidade nessa obra em que o próprio trabalho de elaboração da experiência, assumido em sua processualidade, encaminha a narrativa. Metodologicamente, buscamos “historicizar a estética”, como propõe Naara Fontinele dos Santos (2020): ao analisar as imagens, enredá-las na complexidade de processos históricos mais abrangentes de que os filmes participam.


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