120 BATIMENTOS POR MINUTO: EDUCAÇÕES, CURRÍCULOS E O QUE PODE UM FILME NOS AFETAR EM RELAÇÃO AO HIV/AIDS?
Batimentos que se aceleram em meio a festas, protestos, transas, hospitais, laboratórios, velórios, casas e ruas, entre celebrações, desejos, lutos e lutas. Este artigo busca cartografar o filme francês “120 Batimentos por Minuto” (2017), percorrendo educações e currículos engendrados em torno dele. A partir das narrativas audiovisuais, penso nos afetos possíveis em relação à epidemia de HIV/aids em diálogos entre a década de 1990, na qual o filme se passa, e a contemporaneidade. O filme é visto como território que engendra pedagogias e currículos menores e desviantes, abrindo brechas ao criar conexões entre HIV/aids, potência de vida e desejo, fugindo das educações maiores que estigmatizam as vivências com HIV/aids e participam da manutenção de políticas de silêncio, exclusão, como também morte civil e biológica.