scholarly journals "Todos os rios me levam a sua boca"

Téssera ◽  
2021 ◽  
pp. 100-118
Author(s):  
Marina Baltazar Mattos ◽  
Gustavo Silveira Ribeiro

Em um convite à viagem, este ensaio procura pensar o nomadismo inquieto de José Leonilson, e como suas relações de enraizamento ou deslocamentos com o espaço produziam sentidos de pertencimento e habitavam suas obras poéticas em constante movimentação entre o dentro e o fora, geografias afetivas e corporais, realidades e ficções. Para isso, o norte será pensar o porquê de sua única obra a céu aberto se encontrar em sua cidade natal, o sul os movimentos de pessoas e de linguagens, para a tentativa de entendimento do Nordeste como lugar de falta, revolta ou saudade, e as geografias enquanto cartografias pessoais e corporais, até se chegar ao leste, onde o “quarto de costura” será visto como paradigma e, a oeste, um amontoado de cadernos de viagens que carregam impulsos estéticos e experimentos de vida, pessoas, impressões e sonhos que fazem Leonilson querer carregar o mundo nas costas, ou, ao menos, em suas obras. Cidadão do mundo, fazia da sua arte sua bagagem.

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