Téssera
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Published By Edufu - Editora Da Universidade Federal De Uberlandia

2595-8925

Téssera ◽  
2021 ◽  
pp. 100-118
Author(s):  
Marina Baltazar Mattos ◽  
Gustavo Silveira Ribeiro

Em um convite à viagem, este ensaio procura pensar o nomadismo inquieto de José Leonilson, e como suas relações de enraizamento ou deslocamentos com o espaço produziam sentidos de pertencimento e habitavam suas obras poéticas em constante movimentação entre o dentro e o fora, geografias afetivas e corporais, realidades e ficções. Para isso, o norte será pensar o porquê de sua única obra a céu aberto se encontrar em sua cidade natal, o sul os movimentos de pessoas e de linguagens, para a tentativa de entendimento do Nordeste como lugar de falta, revolta ou saudade, e as geografias enquanto cartografias pessoais e corporais, até se chegar ao leste, onde o “quarto de costura” será visto como paradigma e, a oeste, um amontoado de cadernos de viagens que carregam impulsos estéticos e experimentos de vida, pessoas, impressões e sonhos que fazem Leonilson querer carregar o mundo nas costas, ou, ao menos, em suas obras. Cidadão do mundo, fazia da sua arte sua bagagem.


Téssera ◽  
2021 ◽  
pp. 119-135
Author(s):  
Pietro Pacheco ◽  
Leonardo Von Pfeil Rommel

O presente ensaio analisa a representação da memória e da identidade no romance Até que as pedras se tornem mais leves que a água (2017), de autoria do escritor português António Lobo Antunes. O romance é constituído sob a tensão entre colonizador e colonizado e entre a dicotomia lembrar e esquecer. A narrativa de António Lobo Antunes aponta o colonialismo português como trauma que fragmenta a identidade e a existência tanto do colonizado, como do colonizador. O romance demonstra que as consequências do imperialismo ainda sobrevivem na sociedade portuguesa contemporânea. A literatura de António Lobo Antunes apresenta-se como discurso de memória que resgata os últimos capítulos do império colonial português.


Téssera ◽  
2021 ◽  
pp. 81-99
Author(s):  
Maria Letícia Macêdo Bezerra

O presente artigo estuda o deslocamento da escritora guadalupense Maryse Condé à África, tomando como objeto literário duas autobiografias da autora: Le coeur à rire et à pleurer (1999) e La vie sans fards (2012). Consideramos o deslocamento retratado nestas obras para além do físico e espacial, das diásporas negras. Encontra­se, também, um deslocamento afetivo e identitário representado no seu interesse inicial pelo movimento da negritude, na África mítica e no diálogo com o pensamento anticolonialista crescente no século XX. Para o aporte crítico e teórico, apoiamo­nos nos/as autores/as Aimé Césaire, Frantz Fanon, Édouard Glissant, Eurídice Figueiredo, Grada Kilomba, dentre outros/as.


Téssera ◽  
2021 ◽  
pp. 136-153
Author(s):  
Maria Isabel Lemos
Keyword(s):  

A contemporaneidade, marcada por constantes deslocamentos geográficos, simbólicos e ontológicos, carrega as marcas de seu tempo; e também os traços históricos da exploração colonial e da fragmentação identitária que a mesma potencializou. Esta análise literária, baseada no volume “Cidadã de Segunda Classe” (2018), da nigeriana radicada em Londres Buchi Emecheta, visa à problematização da experiência de fragmentação e transmutação identitária vivenciada por migrantes, bem como seus efeitos contemporâneos. Nesta reflexão, o papel da Literatura como ferramenta para a consolidação do locus enunciativo de tais grupos e sujeitos é abordado, assim como a sua centralidade para a reconstrução de narrativas históricas e políticas com base no processo dialético de estruturação das identidades. A partir das experiências da personagem Adah, de caráter altamente autobiográfico, observam-se diferentes tipos de deslocamento e alteridade: o lugar da mulher na sociedade patriarcal igbo, o enquadramento das imigrantes africanas, e de seus descentes, na estrutura social inglesa e a importância das mesmas para o estabelecimento de novos sujeitos femininos e perspectivas literárias. O volume, publicado na década de setenta do século XX, levanta inúmeras questões que se refletem na atualidade e contribuem para a compreensão dos processos históricos de desterritorialização e ressignificação identitária aqui abordados. 


Téssera ◽  
2021 ◽  
pp. 154-158
Author(s):  
Analice De Oliveira Martins
Keyword(s):  

Esta resenha pretende apresentar e analisar brevemente o livro de poesias Deriva, de Adriana Lisboa, publicado em 2019, pela editora Relicário. A partir de teóricos e críticos literários como Michel Maffesoli, Silviano Santiago e Luciano Trigo, serão abordadas, pelas perspectivas social, lírico-amorosa e artística, as seguintes questões: deslocamentos, migrações, fronteiras, estrangeiridade, cartografias.


Téssera ◽  
2021 ◽  
pp. 43-63
Author(s):  
Katerina Blasques Kaspar
Keyword(s):  

Entre 2015 e 2018, Paloma Vidal realiza o projeto literário Não escrever: um conjunto de manifestações diversas, como anotações de aula, performances, viagens, um diário, um livro cartonero. Nosso interesse central neste artigo será de acompanhar sobretudo a manifestação de Não escrever em livro cartonero (2018), observando a presença de Roland Barthes por entradas variadas: personagem, intelectual, sujeito biográfico. A reflexão sobre o deslocamento em diferentes camadas atravessará todo o percurso deste texto.


Téssera ◽  
2021 ◽  
pp. 22-42
Author(s):  
Camila Pordeus
Keyword(s):  

Partindo de uma análise mítico-simbólica, com o aporte de Mircea Eliade, este artigo busca refletir acerca da sobrevivência deste acervo imaginário na construção imagética do corpo feminino, focando em suas ambiguidades e manifestações na imagem contemporânea.  


Téssera ◽  
2021 ◽  
pp. 64-80
Author(s):  
Larissa Fonseca e Silva
Keyword(s):  

Neste artigo, propõe-se uma leitura do conto “Tudo são histórias de amor”, da autora portuguesa Dulce Maria Cardoso, a partir de suas múltiplas camadas textuais, entendendo-as como partes do processo de (re)construção do sujeito que narra. A narradora, que se apresenta como Jinja, uma ex-cadela de rua, diz ter “entrado na cabeça” de Dulce quando esta escrevia um texto sobre Lisboa, o “Metamorfoses”. Jinja e Dulce, dividindo a voz, também se identificam à própria Dulce Maria Cardoso, que se insere no texto a partir de índices autobiográficos referentes à sua vivência do exílio, tendo sido “retornada”. A narradora, então, sendo aqui descrita como um sujeito fragmentado, deslocado e descentralizado (HUTCHEON, 1991; SAID, 2004; HALL, 2006), usa de diversas estratégias literárias para escrever sobre as “dimensões simultâneas” (SAID, 2003, p. 59) que experencia ao mesmo tempo em que passa a pertencer a Lisboa.  


Téssera ◽  
2021 ◽  
pp. 7-21
Author(s):  
Adriano Carlos Moura

As diásporas africanas e as migrações contribuíram para a produção de uma literatura protagonizada por sujeitos cuja experiência de deslocamento e o sentimento de não pertencimento manifestam a necessidade de construção de uma identidade atinente às exigências do novo território. Como ser estrangeiro, sentindo-se em casa? As metáforas da nação são um conceito que visa refletir sobre signos que permitem ao cidadão fora de seu território de origem manter o vínculo com os elementos que fizeram parte da construção de sua identidade nacional como língua, música, literatura. O estudo é realizado a partir das vivências dos personagens dos romances Luanda, Lisboa, Paraíso, de Djaimilia Pereira de Almeida e Também os brancos sabem dançar, de Kalaf Epalanga. Inicialmente elabora-se uma discussão teórica para a formulação do conceito de metáfora da nação, com base na Teoria Literária que, num diálogo interdisciplinar com outras áreas de conhecimento como a Sociologia, Geografia, Filosofia e História, analisa a presença dessas metáforas na vida dos personagens-migrantes.


Téssera ◽  
2021 ◽  
pp. 1-6
Author(s):  
Rodrigo de Freitas Faqueri ◽  
Daniele Aparecida Pereira Zaratin

Prefácio


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