scholarly journals O corpo como acesso ao divino na arte iluminada de William Blake

2021 ◽  
Vol 35 (103) ◽  
pp. 141-154
Author(s):  
Andrio J. R. dos Santos
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RESUMO William Blake tece, por toda a sua obra, ácidas críticas ao pensamento filosófico de matriz iluminista, em voga entre as classes letradas da Inglaterra do século XVIII, e contra a frequente associação do corpo a um invólucro impuro para alma imortal, leitura comum nas religiões de tradição cristã. Para o artista, a experiência do corpo, apresentado alternadamente como espiritual e material, representa a única via de acesso ao divino. Neste artigo, revisito a tradição crítica sobre as persistentes questões a respeito do corpo e seu papel no acesso humano ao divino presentes na arte iluminada de Blake; tenho o intuito de discutir a convergência politizada de diversas tradições místico-religiosas, filosóficas e artísticas na obra do artista, mantenho-me sensível às contradições geradas por esse processo de aproximação.

1992 ◽  
Author(s):  
Stephen C. Behrendt
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2011 ◽  
Vol 3 (1-2) ◽  
Author(s):  
Louise Brett
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XVII-XVIII ◽  
1995 ◽  
Vol 41 (1) ◽  
pp. 37-50
Author(s):  
Patrick Menneteau
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2010 ◽  
Author(s):  
William Blake ◽  
W. B. Yeats ◽  
Edwin Ellis ◽  
Wayne Chapman
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2015 ◽  
Vol 38 (1) ◽  
pp. 1-3
Author(s):  
Ingo Cornils
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Erfahrung, so der englische Dichter William Blake (1757-1827), kostet den Menschen alles was er hat.1 Für den deutsch-schweizerischen Schriftsteller Hermann Hesse (1877-1962), der dem englischen Mystiker in seiner Unbedingtheit auf vielfältige Weise ähnelt,2 trifft diese Maxime sicherlich im besonderen Maße zu. Aufgewachsen in einer pietistisch frommen Familie, wurde sein ,Eigensinn‘ von frühester Jugend an systematisch herausgefordert. Eltern und Lehrer versuchten mit allen Mitteln, seinen Willen zu brechen: eine brutale Form der Erziehung, die der junge Hesse mit Eskapaden, Flucht und einem Selbstmordversuch beantwortete. Gleichzeitig wurden die religiösen Eckpfeiler, das Bewusstsein von Gut und Böse, von Schuld und Verdammnis, von Himmel und Hölle, tief in seine Psyche eingepflanzt. Das Problem einer dualistisch konstruierten Welt sollte ihn sein Leben lang beschäftigen und zu einem Gegenentwurf herausfordern, der die Vielfältigkeit der erfahrbaren Welt schätzt und gleichzeitig die Einheit hinter den Gegensätzen betont.


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