scholarly journals Agrobiodiversidade e sementes ciroulas: agenciando novas territorialidades rurais em comunidades da Região Centro Sul do Paraná / BR

Author(s):  
Cleusi T. Bobato Stadler ◽  
Nicolas Floriani

<p>O presente trabalho discute a produção do conhecimento científico acerca da agrobiodiversidade de territórios tradicionais paranaenses numa perspectiva geo-histórica e cultural, evidenciando as interfaces entre os conceitos de território/territorialidades e as práticas socioculturais patrimoniais. Tem como objetivo principal, compreender como os atores de algumas comunidades rurais tradicionais do Estado Paraná/Brasil (faxinalenses e quilombolas), reproduzem e simbolizam a agrobiodiversidade, dando sentido às suas práticas e memórias. As sementes crioulas são tema de uma ecologia de práticas e saberes, e configuram-se como novos sujeitos de direito por permitir a reprodução das identidades patrimoniais. Através das sementes crioulas, é engendrada uma ecologia de saberes e práticas socioterritoriais, posibilitando às comunidades agenciar suas identidades em redes de atores que buscam construir estratégias de reprodução socioterritoriais alternativas ao desenvolvimento rural. Nesse contexto, a formação de um Banco de Sementes Crioulas representa uma nova estratégia coletiva para a revalorização da agrobiodiversidade, pois organizam e conectam esforços para a territorialização desses saberes patrimoniais materializados em variedades de milho, arroz, feijão, abóboras, temperos e árvores nativas. Na configuração das territorialidades da convivencialidades de comunidades rurais latino-americanas, devemos destacar principalmente a hibridização de práticas de natureza das populações autóctones, como também, o processo colonial dos portugueses e espanhóis, pois todas as heranças são ressignificados e hibridiadas frente à múltiplas modalidades que se territorializam e atravessam as comunidades rurais.</p>

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