scholarly journals A Ginga de Marisa Rezende: processos composicionais em uma de suas obras para grupo de câmara

Opus ◽  
2021 ◽  
Vol 27 (1) ◽  
pp. 22
Author(s):  
Potiguara Curione Menezes

Este trabalho procura estabelecer relações entre as texturas da obra Ginga (REZENDE, 1994), para conjunto de câmara, de Marisa Rezende, e as estruturas rítmicas das músicas associadas às danças ogogo, agbadza (africanas) e samba (brasileira). Para isso, são usados estudos de M. Lacerda (1988, 1990), bem como depoimento da compositora (REZENDE, 2010). Busca-se, também, elucidar alguns dos processos composicionais envolvidos no seu desenvolvimento formal - a partir de conceitos trazidos por diversos autores (BURKHOLDER, 1995. SPICER, 2004. FERRAZ, 2012) - e no plano da estruturação das alturas - usando a teoria dos conjuntos (FORTE, 1973. STRAUS, 2013). Pretende-se destacar a posição singular que Ginga ocupa frente ao repertório relacionado a manifestações musicais africanas ou afro-brasileiras, principalmente em razão da maneira distinta com que foram trabalhados tais elementos em sua construção, em comparação com as práticas da escola nacionalista brasileira. A análise aqui apresentada é fruto das pesquisas acadêmicas desse autor nos últimos anos.

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