A cidade-lar e o lar-cidade

Revista TOMO ◽  
2021 ◽  
pp. 147-171
Author(s):  
Robson da Silva Braga

Em 2020, durante o isolamento social de combate à Covid-19, o ambiente doméstico despontou como uma extensão da cidade por meio das materialidades das tecnologias de comunicação e informação, numa intensificação da confusão entre público e privado que vem sendo consolidada na contemporaneidade. As reuniões remotas amplificaram um processo de exposição da intimidade que já vem se consolidando com as redes sociais desde o início dos anos 2000. Com base nisso, este artigo analisa de que modo grupos de pessoas têm utilizado ferramentas de videoconferência em substituição aos encontros realizados antes da quarentena na cidade de Fortaleza, capital que, em março de 2020, chegou a ser a mais afetada do Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Como recorte, analisamos o uso de três ambientes virtuais (1. lives de apresentações de artistas; 2. reuniões remotas de trabalho; 3. e comemorações virtuais de aniversário) com base em dois procedimentos principais: a) observação participante feita pelo pesquisador; b) e entrevista semiaberta com cinco moradores de Fortaleza. Os eventos analisados foram realizados por meio de plataformas como YouTube e Instagram (no caso das lives de artistas) e por meio de plataformas de reuniões virtuais, a exemplo de Jitsi, Zoom e Skype. Palavras-chave: Espaços urbanos. Encontros virtuais. TICs. Interações virtuais. Pandemia

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