[ID 57237] A INFLUÊNCIA DO ACESSO À SAÚDE NA APRESENTAÇÃO CLÍNICA DAS NEOPLASIAS BENIGNAS E MALIGNAS DA TIREOIDE EM PACIENTES SUBMETIDOS À TIREOIDECTOMIA TOTAL

Objetivo: Avaliar a influência do acesso à saúde na apresentação clínica e histopatológica das neoplasias tireoidianas benignas e malignas em pacientes submetidos à tireoidectomia total. Metodologia: Foi realizada a revisão de prontuários de pacientes submetidos à tireoidectomia total em um serviço de cirurgia de cabeça e pescoço do município de Guarapuava, Paraná, Brasil, entre os anos de 2003 e 2017. Foram coletadas informações demográficas (idade, sexo, estado civil e tipo de acesso à saúde) e clínicas (volume total da tireoide, diagnóstico patológico, peso dos espécimes pós-cirúrgicos e estadiamento patológico e clínico). A amostra foi dividida em dois grupos, pacientes atendidos pelo SUS e saúde suplementar. Para a análise dos dados foi utilizando o software estatístico SPSS versão 20.0. O nível de significância foi p<0,05. Resultados: Dentre os 315 pacientes estudados, 104 (33,02%) foram tratados pelo SUS e 211 (66,98%) pela saúde suplementar. Nos dois grupos, o volume total da tireoide foi menor em pacientes com menos de 45 anos, nas mulheres e nas neoplasias malignas (p<0,001), enquanto, o peso do espécime cirúrgico foi menor em pacientes com menos de 45 anos, em pacientes atendidos pela saúde suplementar (p<0,001) e nas neoplasias malignas (p<0,049). Os casos atendidos pelo SUS apresentaram maior volume total da glândula (p<0,001) e maior peso do espécime cirúrgico (p<0,001), além de maior incidência de metástases regionais (p=0,030). Conclusão: O tipo de acesso à saúde influencia na apresentação clínica das neoplasias da tireoide em relação ao volume total da tireoide, presença de metástases regionais e peso do espécime cirúrgico.