"O Ressurgimento da Metafísica na Filosofia Continental", de Graham Harman
2021 ◽
Vol 9
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pp. 191-204
A partir de uma interpretação renovada da análise da ferramenta de Heidegger, argumenta-se em prol de uma filosofia dos objetos, de modo a desfazer a centralidade da figura humana na filosofia continental e abrir uma porta para uma novo realismo metafísico. A tese principal é a de que os objetos não são esgotáveis por quaisquer relações em que se insiram, não podendo, portanto, ser reduzidos a quaisquer uma delas. Dessa forma, as relações estabelecidas pelos humanos com os objetos não têm nenhuma excepcionalidade sobre as demais formas de relações interobjetuais não-humanas. Isso leva a algumas considerações sobre o que são os objetos e como eles se comportam.