Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea
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Published By Biblioteca Central Da Unb

2317-9570

2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 127-143
Author(s):  
Mariana C. Broens ◽  
Maria Eunice Q. Gonzalez

O objetivo central do presente artigo é analisar as relações de alteridade no contexto das tecnologias da informação e comunicação (TIC), partindo da perspectiva de segunda pessoa e ressaltando como as relações diretas de alteridade estão sendo significativamente alteradas pelo uso de TIC. Analisamos inicialmente teses centrais da perspectiva de segunda pessoa, problematizando críticas que tal perspectiva dirige à teoria da percepção direta. Introduzimos o conceito de \textit{affordances} sociais e tecnológicas, visando clarificar o papel que elas desempenham nas relações de alteridade em sociedades informatizadas. Argumentamos que apesar de ganhos propiciados pelo uso de TIC na comunicação humana, uma de suas consequências indesejáveis nas interações sociais é confundir a experiência da alteridade na realidade ecológica com a da dita “realidade” virtual. Buscaremos apontar consequências pragmáticas da duplicação da experiência no contexto da “realidade” virtual, ressaltando seu possível impacto em hábitos sociais estruturadores das relações de alteridade.


2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 145-163
Author(s):  
Diana I. Pérez

El trabajo muestra que la perspectiva de segunda persona de la atribución mental (Pérez 2013 y Pérez y Gomila 2021) puede contribuir a iluminar nuestra comprensión e involucramiento con el arte. Una forma canónica de comprender nuestro involucramiento con el arte pone el foco en la noción de empatía, que también suele ser considerada una noción central para dar cuenta de nuestro acceso a las otras mentes. En la primera parte del trabajo hago un breve repaso de esta noción y la conecto con trabajos recientes en el ámbito de la filosofía del arte en los que se adopta una teoría simulacionista de nuestra comprensión de las mentes y de la experiencia estética. En segundo lugar, muestro las limitaciones que estas nociones (empatía y simulación) tienen para dar cuenta de nuestra comprensión e involucramiento tanto con los demás seres humanos como con el arte y expongo brevemente los lineamientos centrales de la perspectiva de segunda persona de la atribución psicológica. Finalmente, muestro por qué la perspectiva de segunda persona es más adecuada para dar cuenta de las múltiples y multifacéticas experiencias que surgen con el arte y las actividades artísticas.


2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 89-125
Author(s):  
Roberto Horácio de Sá Pereira
Keyword(s):  

Meu objetivo consiste em desenvolver um modelo teórico alternativo para a cognição direta dos estados elementares de terceiros à chamada Teoria da Interação (doravante TI), também conhecida como abordagem da “segunda pessoa”. O modelo que proponho emerge de uma reformulação crítica do modelo de percepção deslocada (displaced perception) proposto por FRED DRETSKE (1995), entretanto, para o conhecimento introspectivo dos próprios estados mentais. Contra Dretske (1995), sustento, primeiro, que o conhecimento das emoções básicas não depende de crenças chamadas “crenças conectivas” que sugerem, contra o ele mesmo pretende, uma indução empírica. Ademais, contra Dretske, sustento que nenhuma meta-representação (representação de segunda ordem de uma representação de primeira ordem como uma representação) está envolvida no processo, mas apenas conceitos bastante rudimentares das emoções de terceiros: contentamento e descontentamento. A rigor, todos os dados e achados empíricos oriundos da psicologia do desenvolvimento apoiam apenas a hipótese de que criança em fase pré-linguística compreende perceptualmente (ou seja, de forma não mediada por inferências) expressões faciais básicas de contentamento e descontentamento. A minha proposta alternativa consiste então no seguinte. A percepção direta dos estados mentais elementares de terceiros não é uma percepção em sentido usual do termo segundo o qual percebemos coisas, mas uma “percepção de fatos”. Mas como entende-la? Ela nada mais é do que um processo epistemológico ao mesmo tempo automático e confiável. É confiável no sentido externista-epistemológico de não envolver nenhuma inferência, reflexão, teorização ou justificativa epistêmica: a percepção do bebê da expressão facial do descontentamento da mãe (percepção usual de algo) não constitui nenhuma razão em favor da “crença” que a mãe está descontente. A própria palavra “crença” não deve ser entendida no sentido usual, mas no sentido de uma inclinação natural pela verdade. Mas é ao mesmo tempo automático porque a crença é a resultante ou output de um processo inteiramente subliminar de natureza computacional. Assim, por exemplo, uma criança percebe que a sua mãe está descontente (fact-awareness) ao perceber de forma consciente (“percepção” em sentido usual) a expressão facial de descontentamento (input sensorial), mas reconhece que a mãe está descontente como o resultado (output) de um processo inteiramente subliminar.


2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 69-88
Author(s):  
Beatriz Sorrentino Marques

As condições para a que um agente seja moralmente responsável por sua ação suscitam preocupações epistêmicas, como, por exemplo, se o agente precisa saber o que faz e se ele precisa saber o significado moral do que faz para ser responsável. Veremos que essas preocupações epistêmicas estão presentes em teorias com enfoque na perspectiva de segunda-pessoa. A preocupação com se o agente sabe o que faz é menos controversa, já a preocupação com se ele sabe o significado moral da ação veremos que gera respostas diferentes, de acordo com cada teoria. Além disso, é importante examinar se alguma preocupação epistêmica constitui uma condição independente de outras condições sobre a produção da ação para ser moralmente responsável, ou se as preocupações epistêmicas já são endereçadas pelas condições sobre a produção da ação. A independência é defendida por Mele, com quem concordamos a esse respeito.


2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 19-30
Author(s):  
André Leclerc ◽  
Federico Boccaccini

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2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 51-67
Author(s):  
Antoni Gomila

In this paper, the old view of self-knowledge as a practical achievement is vindicated. Constitutivism, the view that connects self-knowledge to the rational agency, thus taking a step towards this practical dimension, is discussed first. But their assumption of an epistemic asymmetry that privileges self-knowledge is found mistaken. The practical dimension of self-knowledge, its potential transformative power, is accounted in terms of the interiorization of the concepts acquired in intersubjective interaction.


2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 185-190
Author(s):  
Daniel De Souza Lemos
Keyword(s):  

Resenha de: YALOM, Irvin D. O enigma de Espinosa: a história do filósofo judeu que influenciou uma das maiores mentes nazistas. Tradução Maria Helena Rouanet. 1ªEd. Rio de Janeiro: Harper Collins, 2019. 432p.


2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 165-183
Author(s):  
Gustavo Augusto Fonseca Silva
Keyword(s):  

No artigo “Wittgenstein: universalismo, lógica, gramática y lenguaje”, Alejandro Tomasini Bassols afirma que o problema com que Wittgenstein se depara ao fim do Tractatus ”“ as proposições do livro serem elucidações e contrassensos ”“ teve origem em seu erro de considerar a lógica, e não a linguagem, como o mais universal. Bassols afirma ainda que o assim chamado “paradoxo do Tractatus” não foi uma ameaça à segunda filosofia wittgensteiniana porque nela Wittgenstein não cometeu o mesmo erro. Neste artigo argumenta-se que as proposições do Tractatus são contrassensos como consequência direta da teoria pictórica do significado, independentemente da ontologia tractatiana. Além disso, divergindo da opinião de Bassols de ter havido “genuíno progresso filosófico” entre a primeira e a segunda filosofia de Wittgenstein, ressalta-se como o mais sério problema que marca a primeira filosofia wittgensteiniana também marca a segunda: o contrassenso de que Wittgenstein nunca seguiu os próprios métodos filosóficos.


2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 191-204
Author(s):  
Lucas de Jesus Santos

A partir de uma interpretação renovada da análise da ferramenta de Heidegger, argumenta-se em prol de uma filosofia dos objetos, de modo a desfazer a centralidade da figura humana na filosofia continental e abrir uma porta para uma novo realismo metafísico. A tese principal é a de que os objetos não são esgotáveis por quaisquer relações em que se insiram, não podendo, portanto, ser reduzidos a quaisquer uma delas. Dessa forma, as relações estabelecidas pelos humanos com os objetos não têm nenhuma excepcionalidade sobre as demais formas de relações interobjetuais não-humanas. Isso leva a algumas considerações sobre o que são os objetos e como eles se comportam.


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