Aqui, lá e em todo lugar: a ressignificação de fronteiras através da institucionalização de políticas sociais de saúde no MERCOSUL
Tendo em vista a globalização das crises sanitárias contemporâneas durante o evento pandêmico da Covid-19, muito tem se debatido sobre o papel da integrac?a?o regional para a consecuc?a?o de ac?o?es coordenadas entre nac?o?es em zonas de fronteira. A investigac?a?o acerca de como o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), em tempos de pandemia, poderia contribuir nesse ínterim e?, portanto, o objetivo que fomenta esta pesquisa. A justificativa para este estudo encontra seus principais anseios na natureza inter-governamental do Bloco, a qual não sustenta organizações supranacionais na busca de uma instrumentalização metodológica comum. No entanto, ainda que o crescimento dos Estados-membros no MERCOSUL e a criac?a?o de novos o?rga?os na organizac?a?o representem uma resposta ao processo de integrac?a?o dos u?ltimos anos, os resultados deste estudo apontam que os caminhos mais promissores para uma interação eficiente são a aplicac?a?o uniforme de um direito regional e o desenvolvimento de uma cidadania mercosulista. Dessa forma, conclui-se que ainda há uma institucionalização teórica desfavorável dentro do MERCOSUL, e que essa consideração segue por uma constante histórica desde o nascimento da organização, mas que a interdependência emergencial vivenciada atualmente representa uma grande oportunidade para ressignificar as políticas sociais de saúde em regiões mercosulistas daqui para frente.