Behaviorismo Radical e Paternalismo Libertário

Author(s):  
Tiago de Oliveira Magalhães

Tanto behavioristas radicais quando paternalistas libertários propõem que o conhecimento científico sobre o comportamento humano seja utilizado para modificar práticas culturais. Contudo, a ideia de planejamento cultural de Skinner não obteve o mesmo sucesso que os nudges de Thaler e Sustein alcançaram nos últimos anos. O objetivo desse artigo é realizar uma comparação dessas duas propostas, tendo em vista, principalmente, as concepções epistemológicas a elas subjacentes. Uma das principais diferenças observadas diz respeito ao modo como os autores concebem as relações entre pesquisa básica e aplicação. Esse fator parece ser relevante para explicar os diferentes níveis de impacto social obtidos por cada proposta, mas não são suficientes. É necessário levar em consideração, também, que o modelo de intervenção de Thaler e Sustein conseguem produzir efeitos em grupos maiores e com menor esforço que o requerido pelo tipo de intervenção idealizado por Skinner.

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