scholarly journals Cultura, história e discurso:

2022 ◽  
Vol 12 (02) ◽  
pp. 34-44
Author(s):  
Cristiana Soares de Oliveira ◽  
Cristiano Cezar Gomes da Silva

Recebido: 19/05/2021 Aprovado: 18/11/2021 Este artigo busca interpretar de modo qualitativo três discursos turísticos do/sobre o Nordeste, que circulam nas redes sociais e mostram/constroem/propagam imagens sobre essa região. Buscamos compreender como o Nordeste é construído nesses discursos, objetivando entender se os mesmos fazem parte da mesma formação discursiva (FD) que retrata/constrói o Nordeste enquanto espaço da seca, da improdutividade, (re)afirmando/atualizando essas estereotipias, ou rompem com o discurso da seca, fazendo parte de outra FD. Como suporte teórico seguimos os postulados da análise do discurso de linha Francesa, AD, entendida enquanto uma área de pesquisa de caráter interdisciplinar, que surgiu na França, nos anos 1960, fundada pelo filósofo francês Michel Pêcheux, que tem como objeto o discurso enquanto materialidade discursiva, que é construído a partir de memórias discursivas em contextos específicos e está embebido de ideologias. Trata-se de discursos materializados na linguagem não verbal (imagens). Pensando a língua enquanto heterogênea e opaca, nos propomos a refletir sobre quais as concepções de Nordeste estão presentes nessa materialidade discursiva. Nosso intuito é construir um olhar crítico/reflexivo a respeito do discurso que restringe a região Nordeste à seca. Diante do que analisamos inferimos que “outros Nordeste” são mostrados/construídos por meio da materialidade discursiva em questão, pois há marcas/traços que evidenciam o Nordeste enquanto lugar belo, produtivo e atraente.  Palavras-chave: Nordeste; Discurso turístico; Formação Discursiva; “Outros Nordestes”.

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