Incerteza e esforço inovativo no pensamento keynesiano e neo-schumpeteriano
Este artigo analisa como elementos da teoria keynesiana e evolucionária – incerteza, investimento e a formação de expectativas – demonstram-se relevantes no processo decisório orientado à mudança teológica das firmas. Emprega-se o método epistemológico para articular a noção de temporalidade das expectativas e decisões de investimentos em inovação presente nas duas abordagens teóricas. Dentre os resultados, destaca-se que a emergência de um novo paradigma tecnológico altera a eficiência marginal do capital previamente mobilizado, visto que as inovações radicais alteram às quase-renda vinculadas aos rendimentos prospectivos dos bens de capital. Logo, as decisões de investimentos relativas a inovações radicais (longo prazo) demonstram-se mais suscetíveis à incerteza do que as decisões de investimentos em inovações incrementais (curto prazo), dado o processo de aprendizado.