scholarly journals Avaliando zonas de amortecimento de Unidades de Conservação em áreas urbanizadas: o caso do município de Sorocaba (SP)

Author(s):  
Kaline de Mello ◽  
Marina Pannunzio Ribeiro ◽  
Roberta Averna Valente

A discussão e projetos de desenvolvimento de zonas de amortecimento (ZA) no entorno de áreas protegidas urbanas é considerado um grande desafio. A delimitação da ZA deve levar em consideração critérios técnico-científicos, tais como, de uso e ocupação da terra, critérios hidrográficos, critérios ambientais e sociais, para que dessa forma possa se estabelecer um ambiente urbano ecologicamente sustentáveis e que traga resiliência para a biodiversidade, garantindo equidade no provimento de serviços ecossistêmicos para a toda a população urbana. Sendo assim, este estudo objetivou avaliar a estrutura da paisagem nos entornos das áreas protegidas urbanas, utilizando técnicas de geoprocessamento e Ecologia de Paisagem, visando fornecer subsídios à proposição de uma ZA comum às áreas protegidas urbanas do município de Sorocaba. A distância euclidiana média entre as Unidades de Conservação (UCs) de Sorocaba é de 4.782,24 m, e o Parque Natural Municipal de Corredores da Biodiversidade é o mais distante de outras UCs. A Estação Ecológica Bráulio Guedes da Silva, é a menor UC do município (8,9 ha) é a única que não tem o suporte de um remanescente fora dos limites protegidos. A área mapeada é composta majoritariamente pelo uso antrópico da terra, que corresponde a mais de 78% do uso da terra, sendo a maior parte ocupada por áreas urbanas e campos antrópicos de vegetação pioneira. A cobertura florestal nativa, está distribuída entre 706 remanescentes, sendo que 84,14% não possuem mais que dez (10) hectares. Apesar de pequenos, os remanescentes estão próximos entre si (NEAR < 50m), favorecendo dessa forma a conectividade, conquistada através de trampolins ecológicos. Os campos antrópicos de vegetação pioneira apontados na área de estudo podem servir a projetos de restauração florestal, desempenhando um papel importante na mitigação dos impactos da fragmentação florestal, melhorando a estrutura florestal e a conectividade da paisagem, promovendo a conexão entre as áreas protegidas urbanas e outros fragmentos florestais.

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