Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur)
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(FIVE YEARS 1)

Published By Universidade Federal De Sao Paulo

1983-9391

Author(s):  
Ana Paula Branco Nascimento ◽  
Neiva Menezes Viana ◽  
Diego de Melo Conti
Keyword(s):  

Dentre os problemas ambientais causados pelas atividades humanas está a redução de espaços verdes, indicando que quanto maior a urbanização maior a redução destes espaços. A prefeitura de São Paulo alcançou sua meta de atingir o número de 100 parques municipais até o ano de 2012. A gestão e manutenção destes espaços tornou-se um desafio para a administração pública, em que a solução está voltada para uma parceria entre os setores público e privado. Analisou-se a percepção de especialistas sobre o papel da Parceria Público Privada (PPP) para a gestão de Parques Urbanos. A coleta de dados foi por meio de entrevistas estruturadas utilizando-se o método snowball. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas no Software ATLAS TI. A análise de conteúdo consistiu em uma pré-análise das falas dos especialistas, e em um segundo momento os trechos das falas foram categorizados. Na percepção dos especialistas, os benefícios das PPPs estão relacionados a uma melhoria na qualidade dos serviços prestados e redução dos custos públicos, uma vez que os riscos serão compartilhados. As PPPs têm benefícios para a gestão de parques em São Paulo no modelo de concessão comum, sendo um importante instrumento para que cidades possam qualificar a sua infraestrutura ambiental. Conclui-se que a parceria com o setor privado traz melhoria na qualidade dos serviços prestados em áreas de parques urbanos, pois o poder público não dispõe de recursos. E como principal desafio está o diálogo entre o governo e a sociedade, envolvendo o conselho gestor dos parques envolvidos.


Author(s):  
Luciano Festa Mira ◽  
Maurício de Alcântara Marinho ◽  
Heros Augusto Santos Lobo
Keyword(s):  

A condução de visitantes em Unidades de Conservação no Estado de São Paulo é regulamentada desde 1998, com a chancela legal do profissional denominado como “monitor ambiental”. A sua atuação se justificou, inicialmente, para preencher uma lacuna que o Estado não conseguia atender, de ter profissionais acompanhando visitantes em roteiros turísticos nos territórios sob sua gestão. Neste contexto, a monitoria ambiental ganhou força em regiões como o Vale do Ribeira, um território afetado por diversas áreas naturais protegidas e com precarização na oferta de empregos e oportunidades de geração de renda nos moldes da economia tradicional. A presente pesquisa foi desenvolvida no contexto de três Parques Estaduais da referida região e buscou avaliar a visão dos monitores ambientais sobre sua contribuição na gestão das Unidades de Conservação. Para tanto, foram feitas entrevistas com monitores ambientais, de modo a obter sua visão sobre sua atuação, tanto enquanto condutores de visitantes, como em outras atividades que porventura desenvolvam. Os resultados permitiram concluir que os monitores ambientais possuem uma compreensão clara sobre o significado teórico e prático de gestão participativa, bem como de sua ampla atuação e dos problemas desta relação com o Estado.


Author(s):  
Cristina Alves Nascimento ◽  
Celson Roberto Canto-Silva ◽  
Rogério Hartung Toppa

O Parque Natural Morro do Osso, localizado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, embora situado em meio à intensa urbanização, é rico em ambientes conservados e de fundamental importância para a flora e a fauna nativa local, sofrendo elevada pressão por iniciativas de fortalecimento da visitação. Visto isso, este estudo objetivou caracterizar o perfil da visitação e dos visitantes de sua Trilha de Educação Ambiental, gerando subsídios para a gestão do uso público na Unidade de Conservação. Foram analisados os registros da Administração do Parque, entre 2006 e 2015, e aplicados 125 questionários, entre junho de 2015 e maio de 2016. A área apresentou um aumento expressivo no número de visitantes agendados na última década, chegando a uma média anual de 1.458 pessoas neste período. A principal categoria de visitantes foi a das instituições de ensino, predominantemente de nível fundamental e da rede pública. Os visitantes são majoritariamente mulheres e têm até 15 anos, caracterizando-se como estudantes do ensino fundamental. Elas residem em Porto Alegre, mas visitam a área pela primeira vez, normalmente com sua instituição de ensino, principal fonte de divulgação da área. As atividades culturais e educativas são as mais praticadas, evidenciando-se que as atividades exercidas na Trilha de Educação Ambiental são vinculadas principalmente a Educação Ambiental formal.


Author(s):  
Ariana Silva Sousa ◽  
Heros Augusto Santos Lobo ◽  
Eliana Cardoso-Leite

O incentivo ao turismo na Floresta Nacional (FLONA) de Carajás tem sido visto como uma forma de incrementar o desenvolvimento econômico na região, assim também como uma ferramenta no auxílio à conservação da natureza. Em áreas naturais protegidas, o objetivo principal do turismo praticado de forma sustentável é melhorar a competitividade e minimizar os impactos na interação com os ambientes naturais. Neste contexto, para avaliar a potencialidade do uso público da FLONA de Carajás, foram utilizados os seguintes aspectos: Recursos Principais e Atrativos; Infraestrutura e Fatores de Suporte; Gerenciamento do Destino; Demanda de Visitação; e Determinantes Qualificativos e Qualidade de Vida dos Residentes. Para o embasamento teórico foram feitas revisões bibliográficas e para a coleta de dados foi realizada visita in loco com observação direta. Por se tratar de unidade de conservação com uso público, estão previstas em seu plano de manejo atividades com potencialidades para o turismo, Educação Ambiental e extrativismo vegetal. Porém, considerando as peculiaridades geológicas da FLONA de Carajás, estão inclusos também em seus objetivos de manejo a pesquisa, a lavra, o beneficiamento, o transporte e a comercialização de recursos minerais. Associado a isso, toda a diversidade de paisagens e belezas cênicas com diversidade de espécies de fauna e flora, como por exemplo a ocorrência da flor de Carajás, espécie endêmica da região. O acesso dos visitantes e demais aspectos de gestão do turismo são geridos por diferentes instâncias públicas, privadas e do terceiro setor. Em relação à infraestrutura local, a mesma pode ser considerada básica para atender a demanda turística, sendo desta forma um fator limitante para o desenvolvimento econômico e social da região. Mesmo diante destes obstáculos, que podem ser superados com investimentos, públicos e privados, a região possui grande potencial turístico, principalmente devido a beleza cênica que compõem os cenários do Mosaico de Carajás, especificamente na Floresta Nacional de Carajás.


Author(s):  
Kleber Vinícius Barros Kachinski ◽  
Maria Helena Mattos Barbosa dos Santos ◽  
Eliana Cardoso-Leite

Para conservar a natureza e garantir o uso pelas populações é essencial a existência de programas de uso público dos parques urbanos e parques naturais municipais. Para elaboração destes programas é fundamental considerar as características locais, garantindo o acesso a programas de educação não formal e de uso público de espaços públicos, mas também fomentar práticas culturais e lazer nestes espaços. Os espaços públicos  são fundamentais para as cidades mais vivas, seguras, sustentáveis e saudáveis. Este trabalho aborda os parques em ambiente urbano, buscando analisar a distribuição destas áreas na cidade de Sorocaba e como se dá o uso do espaço público pela população, por meio de práticas recreativas e de lazer. O estudo de caráter exploratório, descritivo, pautado em abordagem qualitativa-quantitava, foi realizado por meio da combinação da pesquisa bibliográfica, documental e da pesquisa de campo, balizada por observação sistemática (protocolo de observação) e realização de entrevistas semiestruturadas, com os usuários dos parques urbanos e parques naturais municipais do município. Estas pesquisas foram realizadas em 8 parques da cidade.Os resultados apontam que há disparidades na oferta de serviços com relação à política de atividades e ao quesito segurança, bem como demanda por melhorias da infraestrutura e paisagismo ambiental. Os parques, são utilizados para a prática de esportes, para o descanso, encontro com amigos, passeios com crianças e contemplação da natureza. Há em Sorocaba parques em piores condições que acabam sendo subutilizados em detrimento de parques mais bem localizados e com maior concentração de renda no entorno. Os resultados suportam ações para uma intervenção mais assertiva das instituições, no que se refere à devida valorização das atividades de cultura e lazer, inclusive àquelas destinadas ao fomento da preservação e conservação ambiental.


Author(s):  
Giovana Francesca Rodrigues Consorti ◽  
Gabriel Telo Mariano ◽  
Helbert Medeiros Prado ◽  
Eliana Cardoso-Leite

Os serviços ecossistêmicos são essenciais para a vida humana e podem ser potencializados com a criação de áreas protegidas, seja no contexto rural ou urbano. Este estudo teve como objetivo analisar a percepção dos moradores da Bacia do Ribeirão Pau D’Alho, em Boituva/SP, Brasil, acerca das áreas naturais de seu entorno e da possibilidade de criação de novas Unidades de Conservação (UC). Foi dada ênfase especial às comparações entre moradores rurais e àqueles no contexto urbano. Nesta bacia, uma área de alta prioridade para a conservação, existe um parque denominado "Parque Ecológico Eugênio Walter", que não é coberto pelo 'SNUC' (Lei Brasileira de Unidades de Conservação), ou seja, não é uma área protegida por lei. Fazendo uso de entrevistas semiestruturadas, 18 moradores rurais e 19 moradores urbanos participaram da pesquisa, com idades variando de 18 a 87 anos, em sua maioria com ensino médio. A partir da fala dos entrevistados, metáforas foram identificadas e classificadas enquanto representativas dos diferentes serviços ecossistêmicos, conforme modelos analíticos da relação Homem-natureza presente na literatura. Os resultados indicaram que não houve diferença significativa entre as percepções de moradores urbanos e rurais ao considerarem positiva a existência de áreas naturais em seu entorno. Os serviços ecossistêmicos culturais, atrelados ao sentimento de bem-estar que a natureza promove, foram os mais citados na percepção dos entrevistados em ambos os grupos de moradores. O serviço ecossistêmico de Regulação foi o segundo mais citado, estando, principalmente, relacionado ao clima e à qualidade do ar. Em termos gerais, a população entrevistada concorda com a criação de Unidade de Conservação na região e anseia por locais de lazer e contato com a natureza. O fato de Boituva ser um município de interesse turístico pode explicar parte dos dados obtidos. Por fim, os resultados aqui podem orientar a implementação de políticas públicas, voltadas à criação de novas áreas protegidas na região da microbacia foco deste estudo.  


Author(s):  
Alessandra Freire Reis ◽  
Maria Inez Pagani
Keyword(s):  

As Unidades de Conservação têm como missão salvaguardar o patrimônio natural e cultural. Para que cumpram seus objetivos é necessário dotá-las de recursos e instrumentos de planejamento e gestão. Neste trabalho, analisou-se os processos de planejamento e gestão da Estação Ecológica de Bananal (EEB), localizada na Serra da Bocaina no Estado de São Paulo. A pesquisa foi realizada desde o período da implantação do Plano de Gestão Ambiental (PGA), publicado em 1998 até a conclusão do seu Plano de Manejo, que está em análise no CONSEMA e até o momento da elaboração deste trabalho, em 2021, não foi publicado. Utilizou-se para tanto o método monográfico, através de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa de campo e observação. Constatou-se descontinuidade na elaboração e implementação de projetos e programas devido a constantes mudanças estruturais e políticas


Author(s):  
Kaline de Mello ◽  
Marina Pannunzio Ribeiro ◽  
Roberta Averna Valente

A discussão e projetos de desenvolvimento de zonas de amortecimento (ZA) no entorno de áreas protegidas urbanas é considerado um grande desafio. A delimitação da ZA deve levar em consideração critérios técnico-científicos, tais como, de uso e ocupação da terra, critérios hidrográficos, critérios ambientais e sociais, para que dessa forma possa se estabelecer um ambiente urbano ecologicamente sustentáveis e que traga resiliência para a biodiversidade, garantindo equidade no provimento de serviços ecossistêmicos para a toda a população urbana. Sendo assim, este estudo objetivou avaliar a estrutura da paisagem nos entornos das áreas protegidas urbanas, utilizando técnicas de geoprocessamento e Ecologia de Paisagem, visando fornecer subsídios à proposição de uma ZA comum às áreas protegidas urbanas do município de Sorocaba. A distância euclidiana média entre as Unidades de Conservação (UCs) de Sorocaba é de 4.782,24 m, e o Parque Natural Municipal de Corredores da Biodiversidade é o mais distante de outras UCs. A Estação Ecológica Bráulio Guedes da Silva, é a menor UC do município (8,9 ha) é a única que não tem o suporte de um remanescente fora dos limites protegidos. A área mapeada é composta majoritariamente pelo uso antrópico da terra, que corresponde a mais de 78% do uso da terra, sendo a maior parte ocupada por áreas urbanas e campos antrópicos de vegetação pioneira. A cobertura florestal nativa, está distribuída entre 706 remanescentes, sendo que 84,14% não possuem mais que dez (10) hectares. Apesar de pequenos, os remanescentes estão próximos entre si (NEAR < 50m), favorecendo dessa forma a conectividade, conquistada através de trampolins ecológicos. Os campos antrópicos de vegetação pioneira apontados na área de estudo podem servir a projetos de restauração florestal, desempenhando um papel importante na mitigação dos impactos da fragmentação florestal, melhorando a estrutura florestal e a conectividade da paisagem, promovendo a conexão entre as áreas protegidas urbanas e outros fragmentos florestais.


Author(s):  
Sabrina Kelly Batista Martins ◽  
Ismail Barra Nova de Melo ◽  
Rita de Cássia Lana ◽  
Silvio Cesár Moral Marques
Keyword(s):  

A educação e interpretação ambiental, a recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico, integram os objetivos do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Segundo as Diretrizes para visitação em Unidades de Conservação (UC), a visitação pode permitir que a sociedade se aproxime da natureza, por meio de vivência no meio natural. Assim, os gestores de unidades de conservação precisam conhecer as características dos seus visitantes, visando elaborar estratégias de planejamento e manejo do uso público como forma para tornar satisfatória a experiência turística. O presente trabalho constitui-se de uma análise do perfil das escolas que visitaram em 2019 a Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Mata de Santa Genebra, localizada no município de Campinas (SP). Os dados foram consolidados e analisados por meio de planilhas de Excel. Com o uso do aplicativo Google Earth Pro mapeou-se a distribuição das escolas. Com a análise dos dados foi possível identificar que a maioria das instituições que visitaram a ARIE em 2019 era municipal, principalmente escolas oriundas do município de Campinas. Além disso, o ciclo de educação infantil foi o que mais participou do Programa de Visita Monitorada de Escolas. Conhecer o perfil das escolas que visitam a ARIE se constitui uma ferramenta fundamental para levantar fragilidades e potenciais essenciais à gestão, auxiliando na avaliação das atividades desenvolvidas na UC e na melhoria contínua dos projetos executados.


Author(s):  
Francesca Antoniella Borsanelli ◽  
Zysman Neiman ◽  
Heros Augusto Santos Lobo

O Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR) é um reconhecido destino de turismo de cavernas. Em 2008, a visitação no Parque foi embargada, afetando a visitação turística e as comunidades locais. O objetivo da presente pesquisa é analisar a visão dos stakeholders sobre os impactos causados ao turismo e à comunidade local pelo fechamento temporário das cavernas turísticas. Para tanto, 50 stakeholders de diferentes grupos representativos do turismo local foram entrevistados. Nos resultados, dentre os impactos citados como positivos, destacam-se o reordenamento da visitação, o acréscimo na segurança para trabalhadores e visitantes e a maior efetividade na conservação. Quanto aos impactos negativos, ressaltam-se os prejuízos financeiros para os envolvidos com o turismo e problemas decorrentes dos novos padrões de visitação. Notou-se também uma mudança no perfil de visitantes do Parque. Entre as conclusões obtidas, destaca-se o aspecto traumático e de caráter impositivo das mudanças realizadas, gerando diversos transtornos evitáveis para a população local envolvida direta e indiretamente com o turismo.


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