1996 ◽  
Vol 1 (3) ◽  
pp. 376-380 ◽  
Author(s):  
Robert Hunt Sprinkle

Our environment is complex, but it is understandable through rational investigation, and it is not to be feared. So wrote Titus Lucretius Carus of the nature of things some thirty human lifetimes ago—not so long, really. About species evolution Lucretius thought much, guessed well, and worried little. About microparasitic evolution he knew nothing. Would he have feared it? Should we fear it now?


2020 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 115-117
Author(s):  
Mario Henrique Domingues

O poema épico-didático A Natureza das Coisas (De rerum natura), de Lucrécio (Titus Lucretius Carus ”“ séc. I a.C) é uma das grandes obras literatura universal. Fundindo poesia e filosofia, trata-se da divulgação da doutrina do filósofo grego Epicuro (300 a.C), a um tempo formado nos ensinamentos de Sócrates e reformista do atomismo de filósofos pré-socráticos, principalmente de Demócrito. No âmbito da poesia, Lucrécio influenciou grandes poetas latinos que o sucederam, tais como Virgílio, Horácio e Ovídio. O poema trata principalmente da física epicurista, em que a natureza está reduzida a átomos e ao vazio. Esta física está centrada no átomo como elemento infinitesimal da matéria, à qual estão submetidas outras categorias filosóficas como a metafísica (na aceitação da hipótese da existência dos deuses, mas também na diatribe contra a superstição) e a moral (na crítica ao amor visto como desejo meramente carnal e no elogio da amizade como “contrato social”). Tendo sido solapados pelo avanço do cristianismo, Lucrécio e Epicuro sofreram pelo menos mil anos de ostracismo. As críticas de Kant aos atomistas da antiguidade e a canonização científica da mecânica dos sólidos de Newton também influenciaram nesta quarentena do epicurismo. A partir do séc. XIX o poema de Lucrécio passou a receber a atenção de filósofos, poetas e tradutores. Na filosofia, foi estudado por Henry Bergson, Michel Serres (para quem Lucrécio seria o precursor da mecânica dos fluidos), Giles Deleuze, Clément Rosset, Phillipe Sollers e André Compte-Sponville. Na poesia francesa do XX, Paul Valéry e, sobretudo, Francis Ponge ecoam o requintado imagismo de Lucrécio. 


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