scholarly journals Estudo da adaptação antropométrica de mobiliário residencial em madeira maciça produzido na cidade de Manaus

Author(s):  
Larissa Albuquerque de Alencar ◽  
Karla Mazarelo Maciel Pacheco ◽  
Mirella Vieira Sousa

Este artigo apresenta um breve estudo sobre a adaptação antropométrica de mobiliário de madeira maciça, produzido e comercializado na cidade de Manaus. Busca verificar se as medidas utilizadas para a produção de mesas e cadeiras (sem ajustes) estão em conformidade com as normas e padrões técnicos vigentes. Para tanto, foram feitos: levantamento bibliográfico, onde foram abordados tópicos referentes a situação do setor moveleiro no Amazonas, ergonomia e antropometria e medidas do corpo humano, buscando aprofundar os conhecimentos acerca da temática estudada, por meio do conhecimento das principais limitações e potenciais para investimento na melhoria da qualidade do mobiliário de madeira maciça sem ajustes. Neste item, houve a organização dos dados pesquisados para a geração duas tabelas, com base nas dimensões dos seguimentos corpóreos humanos de usuários extremos (mulher percentil 5% e homem percentil 95%), apresentada por Felisberto e Paschoarelli (2000), seguindo também as recomendações de diversos autores de ergonomia, entre eles: Quaresma (2011), Kroemer e Grandjan (2005), Dul e Weerdemester (2004) e Moraes e Pequini (2000), viabilizando seu uso como parâmetro para o dimensionamento de mesas e cadeiras; pesquisa de campo, onde houve a coleta de dados por meio de formulário de pesquisa para anotação das medidas obtidas in loco nas marcenarias, a serem posteriormente comparadas com as dimensões das tabelas propostas; cálculos de estatística descritiva (amplitude total, desvio padrão e coeficiente de variação), visto que permitem apreciar o número total de valores encontrados em uma classe e mapear a diferenciação entre aqueles obtidos e os recomendados, e inferencial, com o propósito de facilitar a apreciação acerca da validade dos dados coletados  por meio da aplicação do teste de t de Student. Com o resultado obtido, observou-se que o mobiliário em questão não é produzido com base em recomendações ergonômicas e/ou quaisquer tipo de estudo relacionado, uma vez que as medidas analisadas não se encontravam em conformidade com as recomendadas nas tabelas geradas e outras eram simplesmente ignoradas. Este fato termina por tornar os produtos menos atraentes, face ao desconforto gerado, quando utilizados por longos períodos, principalmente se comparados com móveis industrializados, tendo em vista que estes apresentam as mesmas condições de dimensionamento com menor preço de mercado.DOI: http://dx.doi.org/10.4995/IFDP.2016.3000

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