scholarly journals Artigo Estudo psicométrico das escalas CARSAL e CARVAL numa amostra de adolescentes em contexto insular

2021 ◽  
Vol 1 (1) ◽  
pp. 40-55
Author(s):  
José Mendes ◽  
Márcio Tavares ◽  
Teresa Medeiros

Resumo Objetivo: A imagem corporal é muito relevante no período de desenvolvimento da adolescência. O presente estudo pretende analisar as propriedades psicométricos das escalas CARSAL e CARVAL (medidas da saliência e valência) numa amostra de adolescentes portugueses, residentes em contexto insular. Método: Estudo quantitativo, psicométrico e exploratório, seguiu os procedimentos éticos inerentes à amostra. Participaram 196 adolescentes, eliminando-se 4 participantes por não cumprirem os critérios de inclusão. Elaborou-se um questionário sociodemográfico e aplicaram-se as escalas CARSAL e CARVAL e a versão reduzida (30 itens) da Escala de Avaliação do Autoconceito de Adolescentes Piers-Harris. Resultados: Os adolescentes apresentaram idades compreendidas entre os 10 e os 17 anos, frequentam os segundo e terceiro ciclos do ensino básico e secundário. As escalas CARSAL e CARVAL apresentaram um bom índice de consistência interna, valores idênticos à versão original e versão adaptada e validada numa amostra de adultos portugueses. O modelo de análise fatorial confirmatória para a presente amostra de adolescentes, apresentou um ajustamento sofrível que após refinação do modelo pelas maiores covariâncias dos itens 7, 8, 9,10, 11 e 13 (X2/df = 3.377; GFI = .88; CFI = .91; TLI = .87; RMSEA = .11; p[rmsea ≤ .05] = <.001), evidencia um melhor ajustamento, mas não aceitável. Analisou-se a escala CARVAL que apresenta fiabilidade e validade de constructo considerada adequada e um modelo considerado aceitável (X2/df = 2.59; CFI = .98; GFI = .95; TLI = .96; RMSEA = .09; p [rmsea ≤ .05] = .017). Conclusões: A escala CARSAL (saliência) não se revelou psicometricamente robusta para esta amostra de participantes adolescentes. Por outro lado, a escala CARVAL (valência) apresenta-se uma escala de oito itens psicometricamente robusta na avaliação do auto-esquema da aparência (avaliação positiva ou negativa da aparência) nesta amostra de adolescentes, residente na Região Autónoma dos Açores. Sugerem-se estudos futuros para uma amostra de adolescentes em outras regiões de Portugal.

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