Influência de fatores edáficos e topográficos na composição florística de florestas secundárias na mesorregião Sudeste do Pará, Brasil

As florestas têm dominado o trópico, e estas alterações, seja pela extração madeireira, pastagem e/ou agricultura, acarreta alterações nas composições químicas e físicas do solo e consequentemente na composição florística da área. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência dos fatores edáficos e altitudinais na composição florística de florestas alterados antropicamente na mesorregião do Sudeste Paraense. O levantamento da composição florística e estrutural e a coleta das variáveis ambientais foram conduzidos em 63 parcelas de 10m x 250 m, para quantificar os indivíduos com (DAP) ≥10 cm do estrato superior e, no interior destas parcelas de 10m x 10m para os indivíduos do estrato médio com 10cm < DAP > 2 cm. Foram coletadas, em cada parcela, variáveis ambientais relacionadas às características químicas e físicas dos solos e atitudinais em florestas degradadas e secundárias em estágio inicial e intermediário de sucessão classificadas conforme a Instrução Normativa 08 de 28/10/2015. O solo em floresta primária degradada apresentou baixa fertilidade de nutrientes, acidez muito elevada, presença de alto teor de alumínio trocável e baixos teores de matéria orgânica em relação às florestas secundárias. Para os três tipos de florestas, em geral, houve mudança nos atributos físicos e químicos do solo, especialmente na camada superficial (0-10 cm) em relação às camadas mais profundas. A composição florística foi influenciada pelo teor de potássio no solo no estrato médio da floresta secundária e sódio, areia grossa e topografia no estrato superior.