scholarly journals A Tradução para o português dos socioletos literários da trilogia Fundação, de Isaac Asimov

Author(s):  
Nilfan Fernandes ◽  
Daniel Padilha

Dentre todos os temas estudados nas obras de ficção científica em geral, um dos mais negligenciados pela crítica literária parece ter sido a tradução das variedades sociolinguísticas, que constituem importantes elementos na composição da verossimilhança interna de seus universos fictícios. Como afirmado pela pesquisadora canadense Lane-Mercier (1997), os chamados “socioletos literários” podem manifestar diversos atributos de um personagem, seus valores e atitudes como: educação, origem, classe, etnia, gênero, poder, cultura, instituição, valores sociais e atitudes. O foco principal deste artigo reside em algumas das variedades sociolinguísticas utilizadas na trilogia da Fundação (“Fundação”, “Fundação e Império” e “Segunda Fundação”), de Isaac Asimov – um clássico da ficção científica futurística. A fim de compor personagens e civilizações mais verossímeis, Asimov fez uso literário de diferentes variedades sociolinguísticas, segundo a noção de socioleto literário. Dentre dos socioletos literários mais notáveis, foram analisados o tecnoleto religioso dos sacerdotes e o dialeto rural do personagem Narovi. Nossa análise se debruçou sobre a mais recente tradução para o português da trilogia Fundação (2009 - Aleph), realizada por Fábio Fernandes e Marcelo Barbão.  

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