scholarly journals MANEJO DE Amaranthus hybridus EM ÁREA DE INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA NA REGIÃO SUL DO RIO GRANDE DO SUL

2020 ◽  
Vol 19 (4) ◽  
pp. 734
Author(s):  
Matheus Bastos Martins ◽  
Taline Fonseca Munhos ◽  
Viviane Aguilar Vighi ◽  
Ricardo Ferreira da Rosa ◽  
Carlos Timm ◽  
...  

A área cultivada com soja aumentou no Brasil nos últimos anos, assim como sua produção total. No Rio Grande do Sul (RS) o cultivo da leguminosa também mostra crescimento, sendo utilizado na sucessão à pecuária de corte no período frio, modelo de produção que contribui para melhor utilização das áreas durante os 12 meses do ano, contribuindo assim para o incremento da renda do produtor, bem como, quando bem manejado, colaborar no manejo integrado de plantas daninhas. Apesar disso, a presença de plantas daninhas dicotiledôneas de difícil controle como Amaranthus hybridus em lavouras de soja do RS vêm aumentando. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência de herbicidas pré- e pós-emergentes, e de diferentes programas de manejo para controle de populações de Amaranthus hybridus. O estudo foi composto por quatro experimentos, dois sob condições controladas em casa de vegetação e dois a campo, em uma propriedade rural no município de Cerrito, RS, que integra a produção de soja com pecuária de corte. Os experimentos evidenciaram que alguns biótipos são tolerantes ao glyphosate e aos herbicidas inibidores de ALS (imazethapyr e chlorimuron-ethyl), e que a utilização dos herbicidas pré-emergentes imazethapyr + flumioxazin, metribuzin, s-metolachlor e sulfentrazone + diuron contribui para o manejo destes biótipos. Verificou-se também que a dessecação do azevém e sua complementação com herbicidas de contato e o uso de pré-emergentes são fatores determinantes para o controle de A. hybridus. Ainda, os resultados apontam que em condições de déficit hídrico, a presença de palha prejudica a eficiência de alguns herbicidas pré-emergentes.

2014 ◽  
Vol 32 (2) ◽  
pp. 361-375 ◽  
Author(s):  
F.M. Santos ◽  
L. Vargas ◽  
P.J. Christoffoleti ◽  
D. Agostinetto ◽  
T.N. Martin ◽  
...  

Nos Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná, há frequentes relatos de falhas de controle de Conyza sumatrensis com chlorimuron-ethyl em lavouras de soja. Assim, os objetivos deste trabalho foram caracterizar morfologicamente as folhas de Conyza sumatrensis e avaliar o controle com herbicidas aplicados em biótipos dessa planta daninha em três estádios de desenvolvimento. Foram realizados dois estudos, com experimentos em casa de vegetação, em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. No primeiro estudo, os biótipos de buva foram coletados e identificados; já no segundo estudo avaliou-se a resposta de biótipos aos herbicidas, doses e estádios de desenvolvimento. As doses de herbicidas foram: 0,0; 6,25; 12,5; 25; 50; 100; 200; e 400, representadas em porcentagem da dose de registro dos herbicidas chlorimuron-ethyl (20 g ha-1) e glyphosate (720 g e.a. ha-1), aplicadas de modo isolado ou associadas em três estádios de desenvolvimento dos quatro biótipos (2, 5, 17 e 20) de Conyza sumatrensis (altura de 0,5-1 cm e 3-4 folhas; altura 1-2 cm e 6-7 folhas; e altura de 10-12 cm e 12-14 folhas). As variáveis analisadas foram controle, fitomassa seca da parte aérea e as densidades tricomática e estomática da superfície foliar dos biótipos em diferentes estádios de desenvolvimento. Os resultados demonstram que os estádios de desenvolvimento alteram a eficácia dos herbicidas, e aplicações em estádios avançados de desenvolvimento diminuem a eficácia de controle. A exceção foi o biótipo 5 de Conyza sumatrensis, que demonstrou resistência ao glyphosate, independentemente do estádio de desenvolvimento no momento da aplicação do herbicida. Houve variação no número de tricomas entre os biótipos em todos os estádios de desenvolvimento, e o número de estômatos diminuiu com o desenvolvimento dos biótipos.


Bragantia ◽  
2001 ◽  
Vol 60 (2) ◽  
pp. 93-99 ◽  
Author(s):  
GERSON AUGUSTO GELMINI ◽  
RICARDO VICTÓRIA FILHO ◽  
MARIA DO CARMO DE SALVO SOARES NOVO ◽  
MÁRCIO LUIZ ADORYAN

Os herbicidas constituem-se na principal medida de controle de plantas daninhas na cultura de soja; no entanto, a pressão de seleção causada pelo uso contínuo de produtos com o mesmo mecanismo de ação pode provocar a seleção de biótipos resistentes, como ocorreu com Euphorbia heterophylla L., que se mostrou resistente aos herbicidas inibidores da enzima acetolactato sintase (ALS) em áreas dos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul. Para comprovar possíveis novos casos, bem como alternativas para prevenção e manejo, coletaram-se sementes de plantas de E. heterophylla L., na região de Assis (SP), que sobreviveram a tratamentos, em que esses herbicidas foram sistematicamente aplicados nos últimos anos. Desenvolveu-se o experimento em casa de vegetação, comparando-se o biótipo resistente ao suscetível, quando submetido aos diversos herbicidas aplicados em pós-emergência. Aplicaram-se quando as plantas encontravam-se no estádio de duas a quatro folhas verdadeiras, nas doses zero, uma, duas, quatro e oito vezes a recomendada. Aos 20 dias após a aplicação, avaliaram-se os parâmetros relativos ao controle e produção de fitomassa epígea visando ao estabelecimento de curvas de doses-resposta, à obtenção dos fatores de resistência com base nos valores da DL50 e GR50, e à verificação da ocorrência de resistência múltipla. O biótipo resistente apresentou diferentes níveis de resistência aos herbicidas chlorimuron-ethyl e imazethapyr, demonstrando resistência cruzada aos inibidores da ALS dos grupos das sulfoniluréias e imidazolinonas. No entanto, foi eficientemente controlado nos tratamentos com fomesafen (250 g.ha-1), lactofen (120 g.ha-1), flumiclorac-pentil (40 g.ha-1), glufosinato de amônio (150 g.ha-1) e glyphosate (360 g.ha-1).


2013 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
pp. 14 ◽  
Author(s):  
Antonio Mendes de Oliveira Neto ◽  
Jamil Constantin ◽  
Rubem Silvério Oliveira Júnior ◽  
Naiara Guerra ◽  
Guilherme Braga Pereira Braz ◽  
...  

O sistema de cultivo praticado no inverno tem impacto direto na infestação de Conyza spp na safra seguinte. Desta forma, o objetivo-se avaliar a eficiência da dessecação de manejo no controle de Conyza spp. em áreas cultivadas com trigo durante o inverno, bem como avaliar o efeito residual dos herbicidas no controle de plantas daninhas no início do ciclo da cultura da soja. O experimento foi conduzido em duas localidades durante os meses de novembro de 2010 e janeiro de 2011, no Rio Grande do Sul (Condor e Estação). Os tratamentos foram compostos por uma testemunha sem herbicida e por misturas em tanque de herbicidas. Todas as misturas continham glyphosate a 720 g e.a. ha-1. O glyphosate foi combinado com 2,4-D (402 g e.a. ha-1), diclosulam (25,2 g i.a. ha-1), chlorimuron-ethyl (10, 20 e 25g i.a. ha-1), e com chlorimuron + flumioxazin (15+50; 20+50; 25+50; 15+60; 20+60 e 25+60 g i.a. ha-1). Avaliou-se a porcentagem de controle da dessecação, a densidade de plantas daninhas por m2 e o estádio de desenvolvimento das plantas daninhas. As misturas de glyphosate com chlorimuron-ethyl + flumioxazin, chlorimuron-ethyl e diclosulam, independentemente das doses, foram eficazes para o controle de Conyza spp. na dessecação. Os tratamentos com glyphosate + chlorimuron-ethyl + flumioxazin foram os únicos tratamentos eficazes na supressão do crescimento de novos fluxos de E. heterophylla em Condor. Todas as misturas contendo chlorimuron-ethyl + flumioxazin, chlorimuron-ethyl ou diclosulam suprimiram o desenvolvimento inicial de Digitaria spp., Sida rhombifolia e Ipomoea triloba em Estação.


1994 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
pp. 44-51 ◽  
Author(s):  
Ribas A. Vidal ◽  
Nilson G. Flecks

Conduziu-se um ensaio em campo na Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Eldorado do Sul, RS, em 1989/90. O objetivo foi determinar o efeito dos herbicidas clomazone, chlorimuronethyl, imazaquin e imazethaphyr, aplicados em três doses à superfície do solo (PRE) ou incorporados no mesmo (PPI), sobre o rendimento de aquênios de girassol e seus componentes. Os herbicidas de solo para controle de plantas daninhas na cultura da soja com maior potencial de dano ao girassol cultivado em sucessão, conforme indicado pelo rendimento de aquênios, foram os seguintes, em ordem decrescente: imazaquin > clomazone > imazethapyr> chlorimuron-ethyl. O efeito mais pronunciado dos herbicidas foi a redução da população de plantas. Este foi o fator que mais influenciou no rendimento do girassol.


2014 ◽  
Vol 13 (3) ◽  
pp. 216 ◽  
Author(s):  
Alana Prigol ◽  
Leandro Galon ◽  
César Tiago Forte ◽  
Renato Kujawiski ◽  
Germani Concenço ◽  
...  

Objetivou-se com o presente trabalho avaliar a confirmação da ocorrência de resistência de biótipos de leiteiro, oriundos de Rondônia e do Rio Grandes do Sul a herbicidas com diferentes mecanismos de ação, bem como determinar a dose dos herbicidas necessária para redução de 50% na massa seca das plantas (GR50) e para o controle de 50% das plantas de cada unidade experimental (C50). Para tanto foi instalado um experimento em casa de vegetação, em blocos casualizados, com quatro repetições. Os herbicidas utilizados foram: imazethapyr, chlorimuron-ethyl, cloransulam-methyl, saflufenacil, fomesafen e carfentrazone-ethyl. As doses utilizadas foram: 0; 0,5; 2; 8; 16; 32 e 64 vezes a dose comercial. As variáveis avaliadas foram controle do leiteiro aos 07, 14, 21 e 28 dias após a aplicação dos tratamentos (DAT) e também, aos 28 DAT determinou-se a massa seca das plantas. O biótipo do Rio Grande do Sul mostrou sensibilidade aos herbicidas testados, já o de Rondônia apresentou resistência cruzada aos inibidores de ALS (imazethapyr, chlorimuron e cloransulam) e suscetível aos inibidores de PROTOX (carfentrazone, fomesafen e saflufenacil).


2011 ◽  
Vol 41 (11) ◽  
pp. 1863-1866
Author(s):  
Vinícius Soares Sturza ◽  
Sônia Thereza Bastos Dequech ◽  
Sérgio Luiz de Oliveira Machado ◽  
Sônia Poncio ◽  
Anderson Bolzan ◽  
...  

Aphis craccivora Koch (Hemiptera: Aphididae) é um afídeo-praga que ocorre em diferentes cultivos e causa danos relacionados ao hábito da sucção de seiva. No Brasil, são raros os registros de plantas daninhas hospedeiras dessa espécie, particularmente no Estado do Rio Grande do Sul (RS). Plantas daninhas infestadas com afídeos foram encontradas em área experimental localizada no campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), RS, em duas datas, 22/02/2010 e 25/03/2010. No segundo registro (25/03/2010), cada planta daninha foi medida e avaliada quanto ao número de afídeos. A espécie foi identificada como Aphis craccivora e as plantas daninhas hospedeiras, como Amaranthus hybridus Linnaeus, 1753 (Amaranthaceae), caruru-roxo, e Solanum americanum Mill, 1768 (Solanaceae), maria-pretinha. Este trabalho faz o primeiro registro de A. hybridus e S. americanum hospedando A. craccivora em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.


2013 ◽  
Vol 33 (8) ◽  
pp. 1004-1008
Author(s):  
Adriana Lücke Stigger ◽  
Clairton Marcolongo-Pereira ◽  
Maria de Lourdes Adrien ◽  
Bianca L. Santos ◽  
Leticia Fiss ◽  
...  

Descreve-se um surto de intoxicação por Amaranthus hybridus ocorrido em bovinos em fevereiro/março de 2013 na região sul do Rio Grande do Sul. A morbidade foi de 48,33%, a mortalidade de 41,66% e a letalidade 86,20%. O diagnóstico da intoxicação por A. hybridus foi baseado nos dados epidemiológicos, sinais clínicos, achados de necropsia e lesões histológicas características da intoxicação por plantas nefrotóxicas e pela presença da planta em grande quantidade na área onde estavam os bovinos. A invasão da pastagem de Brachiaria sp. pela planta alerta para a possibilidade da ocorrência da intoxicação não somente em áreas de resteva com carência de forragem, uma vez que no surto relatado neste trabalho havia abundante disponibilidade de forragem nas áreas onde os bovinos se intoxicaram. No presente caso provavelmente as boas condições climáticas e o solo fertilizado para a plantação da pastagem favoreceram o crescimento da invasora.


1993 ◽  
Vol 11 (1-2) ◽  
pp. 44-48 ◽  
Author(s):  
Nilson G. Fleck ◽  
Ribas A. Vidal

Conduziu-se um ensaio de campo na Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Eldorado do Sul, RS em 1989/90. O objetivo do trabalho foi determinar o efeito residual potencial do herbicida chlorimuron-ethyl aplicado em três doses à superficie do solo (PRE) ou incorporado no mesmo (PPI), sobre a cultura de girassol. A atividade de chlorimuron-ethyl (etil 2-((((4-cloro-6-metoxipirimidina-2 il)amino)carbonil)amino)sulfonil)benzoato) não foi dependente de sua posição no solo. Chlorimuron-ethyl promoveu injúria inicial acentuada, constatando-se pouca ou nenhuma resposta ao aumento da dose para matéria seca da parte aérea do girassol, área foliar e estatura das plântulas. Contudo, avaliação de estatura das plantas, realizada na maturação fisiológica, indicou que os danos promovidos pelo herbicida reduziram-se com o decorrer do tempo. Concluiu-se que, aparentemente, num sistema de sucessão soja-girassol, o efeito residual potencial de chlorimuron-ethyl ao girassol é pequeno.


2007 ◽  
Vol 25 (3) ◽  
pp. 573-578 ◽  
Author(s):  
L. Vargas ◽  
M.A. Bianchi ◽  
M.A. Rizzardi ◽  
D. Agostinetto ◽  
T. Dal Magro

O glyphosate é um herbicida não-seletivo utilizado para controlar plantas daninhas há mais de 20 anos no Rio Grande do Sul. A buva (Conyza bonariensis) é uma espécie daninha comum nos Estados da região Sul do Brasil e tradicionalmente controlada com uso de glyphosate. Entretanto, nos últimos anos plantas de buva têm apresentado poucos sintomas de toxicidade em resposta ao tratamento com glyphosate, sugerindo que estas plantas são resistentes ao herbicida. Assim, com o objetivo de avaliar a resposta de uma população de plantas de buva a glyphosate, foram realizados três experimentos: um em campo e dois em casa de vegetação. No experimento em campo, os tratamentos avaliados constaram de doses crescentes de glyphosate (0, 360, 720, 1.440, 2.880 e 5.760 g ha-1), e os herbicidas paraquat (400 g ha-1) e 2,4-D (1.005 g ha-1) foram empregados como produtos testemunhas, com diferentes mecanismos de ação nas plantas. No experimento em casa de vegetação os tratamentos constaram de doses crescentes de glyphosate (0, 360, 720, 1.440, 2.880 e 5.760 g ha-1), mais os herbicidas testemunhas, aplicados sobre plantas de um biótipo considerado resistente e de outro considerado sensível. No segundo experimento realizado em casa de vegetação, foram avaliados os tratamentos contendo glyphosate (720, 1.440 e 2.880 g ha-1), mais os herbicidas chlorimuron-ethyl (40 g ha-1), metsulfuron-methyl (4 g ha-1), 2,4-D (1.005 g ha-1), paraquat (400 g ha-1) e diuron + paraquat (200 + 400 g ha-1), bem como a testemunha sem tratamento herbicida. A toxicidade dos tratamentos herbicidas foi avaliada aos 7, 15 e 30 DAT (dias após tratamento). Os resultados obtidos nos experimentos em condições de campo e em casa de vegetação, de forma geral, evidenciam que o biótipo sensível é controlado pelo glyphosate e pelos demais herbicidas avaliados. Demonstram ainda que o biótipo resistente apresenta-se, igualmente ao biótipo sensível, altamente suscetível aos herbicidas com mecanismo de ação distinto daquele do glyphosate. Entretanto, o biótipo resistente mostra baixa resposta ao herbicida glyphosate, mesmo se este for empregado em doses elevadas, evidenciando ter adquirido resistência a esse produto.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document