Estudos Bíblicos
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Published By Associacao Brasileira De Pesquisa Biblica

2764-1287, 1676-4951

2021 ◽  
Vol 37 (144) ◽  
pp. 179-188
Author(s):  
Érica Daiane Mauri

O cuidado com a Terra exige de todos nós a constante busca por caminhos de conscientização e promoção de novas práticas comprometidas com o bem comum. Com o objetivo de iluminar o nosso modo de cultivar a terra, tendo em vista que esta é uma dimensão do necessário cuidado socioambiental, nos aproximamos dos textos bíblicos para uma leitura ecológica. A narrativa da criação em Gênesis, capítulo 2, oferece elementos que nos ajudam a compreender o trabalho humano e suas implicações para o meio ambiente. Enquanto a profecia de Isaías nos alerta para os problemas socioambientais causados por uma matriz de produção agrícola latifundiária. A narrativa de Gênesis 2 e a profecia de Isaías 5,8-10 fornecem elementos teológicos que permitem uma aproximação crítica com o atual modelo de produção agrícola vigente em nosso país. O agronegócio é estruturalmente depredador dos recursos naturais e promotor de degradação social, cultural e ambiental. Como proposta de cuidado com a Terra é preciso promover a substituição do atual modo de cultivo da terra para os modelos agroecológicos. A matriz agroecológica garante a produção agrícola concatenada com a preservação e regeneração ambiental e social para esta e para as futuras gerações de seres viventes.


2021 ◽  
Vol 37 (144) ◽  
pp. 222-233
Author(s):  
Elizangela Chaves Dias

Nel cuore della Torah, il libro del Levitico è il centro letterario e teologico del Pentateuco, sia per la sua posizione nella sequenza canonica dei libri sia per la centralità dell'esortazione rivolta ai suoi ascoltatori-lettori passati e presenti: “Siate santi, perché io, il Signore Dio vostro, sono santo” (Lv 19,2). Nonostante i pregiudizi che circondano il libro del Levitico a causa del suo contenuto ritualistico o legale, una lettura attenta del libro alla luce del suo scopo pedagogico è affascinante soprattutto quando questo si riferisce alla cura del creato, poiché il libro si propone di offrire istruzioni e prescrizioni che consentano al suo destinatario di vivere alla  presenza di Dio ed in armonia con il creato, poiché la convivenza e la partecipazione alla santità di Dio richiedono un certo impegno da parte della comunità, di ogni uomo e di ogni donna, nell'osservanza di determinate norme riguardo la relazione con Dio, con il prossimo e, come dimostrerà questo  articolo,  riguardo alla sacralità della vita degli animali (Lv 17,11.14), alla cura della flora (Lv 19,23-25) e alla cura della terra (Lv 25,2.5).


2021 ◽  
Vol 37 (144) ◽  
pp. 276-288
Author(s):  
Mariana Eugenio Schietti ◽  
Luiz Alexandre Solano Rossi

Operíodo denominado de pós-exílio produzirá uma compreensão diferente a respeito do que deveria ser considerado puro e impuro. Aqueles que retornaram do exílio da Babilônia, com o objetivo de intensificar o exercício do poder político e econômico, reorganizaram os conceitos de puro e impuro como uma representação de controle social. Nesse sentido, o discurso religioso se torna uma forma de poder, capaz de reorganizar o espaço social de modo que os puros possam ser equipados aos que estão no centro e os impuros aos que estão na periferia, termos utilizados para explicar a dinâmica social que se cria ao redor dos conceitos de santidade e impureza.


2021 ◽  
Vol 37 (144) ◽  
pp. 161-178
Author(s):  
Isidoro Mazzarolo

O artigo tem como proposta um estudo contextualizado do relato da Criação seguindo a metodologia exegética de pesquisa bíblica. Trata-se de resgatar o sentido da relação entre o Criador (Elohîms) e a criatura que é o ser humano. O resultado esperado é que, na ordem de dominar a natureza não está a designação de autoridade, mas de serviço subalterno. Desta forma, dominar a terra e os animais é, de modo análogo, cuidar de uma casa ou imóvel alugado, ou seja, seguir os parâmetros da lei do inquilinato. Em termos hermenêuticos emerge esta cosmoteologia preconizada pelo Papa Francisco na Carta Laudato Si. Aquilo que é obra do Criador, não deve ser destruída pela criatura. É preciso crescer e desenvolver respeitando a lei do inquilinato. Nada mais é necessário, e dentro dessa proposta, não criar qualquer dívida, exceto o amor, pois o amor constrói, o amor tudo supera e tudo perdoa, porque é a maior das virtudes. Preservar a vida é amar todas as criaturas do jeito que Jesus ensinou.


2021 ◽  
Vol 37 (144) ◽  
pp. 356-364
Author(s):  
Augusto Lívio Nogueira de Morais

O estudo da fé cristológica no contexto do protocristianismo é um tema importante para se entender o processo de desenvolvimento da própria fé cristã. O presente estudo tem como objetivo identificar alguns elementos dessa fé cristológica no texto de Cl 1,15-20. A metodologia utilizada foi a investigação bibliográfica e qualitativa, sendo feita uma análise dedutiva para a obtenção dos resultados. A carta aos Colossenses é um texto pertencente ao grupo das epístolas deuteropaulinas. Seu autor colocou em Cl 1,15-20 uma perícope de origem pré-paulina. Ela foi inserida na carta, pelo autor, com retoques e acréscimos. A análise do texto identifica-o como um hino provindo do ambiente litúrgico das protocomunidades cristãs de cultura helênica. Sendo, portanto, uma forma de expressão de sua fé em Jesus e, consequentemente, um modo de comunicar sua hermenêutica sobre ele. A perícope apresenta elementos de uma cristologia adâmica e de uma cristologia sapiencial. Há, no texto, uma tendência a interpretar Jesus de forma abstrata ou a identificá-lo como uma figura heroica divinizada. Os acréscimos, feitos pelo autor paulino, parecem querer corrigir essas tendências apresentando o tema da morte na cruz como instrumento concreto da reconciliação universal por ele realizada. Portanto, para o protocristianismo em Cl 1,15-20, Jesus é o princípio e o fundamento da criação e da redenção.


2021 ◽  
Vol 37 (144) ◽  
pp. 341-355
Author(s):  
Waldecir Gonzaga ◽  
Adalberto do Carmo Telles

A proposta deste artigo é analisar a perícope de Rm 8,1-13 na perspectiva da Análise Retórica Bíblica Semítica, com o auxílio de alguns passos do Método Histórico-Crítico. Rm 8 é considerado o ápice da teologia paulina nesta carta, e Rm 8,1-13 aborda o tema da vida no Espírito em Cristo Jesus, demonstrado, entre a antítese carne/espírito, que, dependendo da escolha do leitor, pode levar à vida ou à morte. Com o suporte da Análise Retórica Bíblica Semítica em Rm 8,1-13, é possível perceber a forma em que o texto está desenvolvido, enfatizando os paralelismos antitético e sintético, bem como a estrutura quiástica de alguns versículos, que vão deixar evidentes os contrastes carne/espírito, lei/espírito, vida/paz, presentes em Rm 8,1-13. Além da introdução e da conclusão, o primeiro passo a ser desenvolvido neste artigo é a tradução e a segmentação da perícope de Rm 8,1-13, seguido da crítica textual, que se entende importante aqui, para um julgamento das variantes que apontariam para o texto mais próximo do original. O segundo passo, está fundamentado pela Análise Retórica Bíblica Semítica, onde se vê a ligação de Rm 8 a uma seção que abarca os capítulos 5–7 desta carta. E, finalmente, é realizado a Análise Retórica Bíblica Semítica em Rm 8,1-13.


2021 ◽  
Vol 37 (144) ◽  
pp. 262-275
Author(s):  
Elcio Valmiro Sales de Mendonça

Este artigo tem por objetivo analisar exegeticamente o texto de Gn 21,8-21. O foco dessa pesquisa é estudar o contexto da narrativa em torno de Ismael e Hagar e a ação de Sara e Abraão em expulsar ambos por causa de herança. Para isso, eu utilizei o método Histórico-Crítico, mais especificamente, a Crítica da Forma para a análise exegética. Como resultado, percebi que o texto mostra como Javé olhou para Ismael e Hagar, mesmo diante da ação de Abraão e Sara em enviar os dois para morrerem no deserto. É marcante o verbo “ouvir”, Deus ouviu o choro do menino.


2021 ◽  
Vol 37 (144) ◽  
pp. 333-340
Author(s):  
Jaime Alberto Pérez Villegas

El Evangelio de Juan permite sumergirse a través del personaje de Nicodemo en la aventura del creer, de la escucha, de la acción y del reconocimiento. Aparece en tres momentos sumamente importantes para el evangelista: al inicio del ministerio de Jesús en Jerusalén; luego, en la fiesta de las Tiendas, cuando llega la división entre quienes creen en Él y quienes no y, por último, en el momento de su muerte. En cada uno de ellos se presentan elementos que dejan ver los diferentes modos de responder a la persona de Jesús: de modo superficial, en contra de Él, o con una adhesión comprometida en acciones concretas. Así, Nicodemo sirve al narrador para presentar un proceso de discipulado, con cambios progresivos tanto en la percepción como en la acción; por eso, la trama narrativa del personaje permite ver la evolución de su fe, sus ambigüedades, su timidez y, finalmente, sus decisiones.


2021 ◽  
Vol 37 (144) ◽  
pp. 249-261
Author(s):  
Denis Wilson Silva ◽  
Gilvander Luís Moreira

Partindo da situação conflituosa dos camponeses sem-terra na luta histórica para reconquistar os territórios expropriados, buscando luzes e forças, revisitaremos a Palavra de Deus (nos relatos de Gn, Dn e Jt) viva e palpável nos conflitos como chave de leitura bíblica. Nossa caminhada político-pastoral envolve tensões e conflitos. A tentação é a de reduzir o conflito a desarmonia, desequilíbrio e morte. Mas não! O enfrentamento ao conflito é um raio luminoso na noite escura pela qual atravessamos e que nos exige uma resposta à desigualdade, violência, abuso, controle de corpos-territórios. Nosso léxico e nossa pronúncia estão assentados no conflito entre a Bíblia e o campo/lugar social hermenêutico que assume o conflitivo horizonte das lutas territoriais, das reivindicações justas e legítimas por terra, sua materialidade e historicidade, mística, motivações últimas. O artigo se inscreve na (ins)urgente tarefa e exercício permanentes de análise da realidade das classes oprimidas e quer ser também intervenção crítica/militância por outro mundo, sem as cercas e muralhas do latifúndio.


2021 ◽  
Vol 37 (144) ◽  
pp. 289-305
Author(s):  
Silas Klein Cardoso

A região e o período geralmente associados ao rei Saul, i.e., o platô de Benjamim no Período do Ferro I-IIA inicial (c. 1125-875 aEC), tem sido alvo de intensos debates nos últimos quinze anos. Enquanto estudos arqueológicos e exegéticos europeus, norte-americanos e israelenses têm permanecido restritos à discussão sócio-demográfica e política da região, as crenças e práticas religiosas dos habitantes tem sido negligenciada. Em contraposição a essa vertente, o presente estudo examina as fontes arqueológicas, epigráficas e bíblicas do período para identificar as divindades supostamente cultuadas pela casa de Saul. Tal tarefa, descrita como impossível por proeminentes estudiosos nos últimos anos, faz-se possível pelo quadro conceitual intitulado “redes mágico-míticas”, que observa religião através de uma perspectiva comunicológica e pela integração de dados da cultura visual negligenciados por esses estudiosos. Dessa forma, ao utilizar a organização social e os dados de múltiplas fontes, propõem-se dois níveis de deidades que provavelmente fizeram parte da experiência religiosa dos habitantes, tal qual a possível identificação dessas deidades. 


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