Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios
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Published By Universidade Federal De Juiz De Fora

2318-3446

Author(s):  
Thayrynne Coutinho ◽  
Leni Ribeiro Leite
Keyword(s):  

O presente trabalho objetiva pensar o mito de Hércules no quadrinho de Ortega (2012) e no cordel de Marco Haurélio (2013), em comparação com as Metamorfoses, de Ovídio, tendo como objetivo sua realização dentro da dinâmica do ensino de literatura. Para tanto, nos valemos das considerações de Mortatti (2014; 2001) e Dalvi (2013a, 2013b) sobre o ensino de literatura no ensino básico, de Grijó (2017) sobre adaptação de obras literárias, e de Alves (2013) sobre literatura de cordel. Entendemos que a contraposição entre diferentes produções literárias possibilita que o aluno compreenda as adequações genéricas, ao mesmo tempo em que depreende as peculiaridades de cada gênero e de cada forma de circulação do texto na sociedade contemporânea.


2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 100-116
Author(s):  
Ana Magda Stradioto-Casolato

Este estudo tem por objetivo analisar a temporalidade na concepção bermaniana de retradução. Para tanto, abordamos os elementos constitutivos tais quais indicados pelo próprio Antoine Berman nos diversos ensaios em que trata do tema bem como nos questionamentos deles decorrentes contidos especialmente em Gambier (2011) e Godard (2001). Sugerimos um outro ponto de vista para algumas dessas categorias temporais, ou seja, uma outra perspectiva cultural que seria mais fecunda às proposições do autor acerca da temporalidade da retradução. Assim, partindo de um exemplo do próprio Berman do que seria uma grande retradução, propomos um redimensionamento da categoria temporal de base ocidental-grega – kairós –, substituindo-a por outra análoga, porém de origem oriental-chinesa – shí –, revelando-se, esta última mais profícua para a temporalidade retradutória na concepção de Antoine Berman.


Author(s):  
Paulo Sergio De Vasconcellos

A “sintaxe mimética”, que sumariamente se poderia definir como um emprego da ordem das palavras que mimetiza o significado veiculado por elas, foi recentemente estudada por Gonçalves (2021), que chama a atenção para a escassez de trabalhos a respeito desse tema que tomem por corpus a antiga poesia latina. Estimulado por tal pesquisa, este artigo examina passagens em que Manuel Odorico Mendes (1799-1864) parece recriar a sintaxe mimética do original virgiliano, que ele traduz de forma poética, mas aponta também vários passos em que uma possível sintaxe mimética do original não é recriada em português (e só podemos especular a razão de isso não ocorrer) por esse tradutor, de resto, muito atento à ordo uerborum. Tem-se, aqui, um critério importante (o tradutor recria o mimetismo da sintaxe?), entre outros, para se avaliar criticamente as traduções que se pretendem recriações poéticas dos textos de partida.


2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 167-192
Author(s):  
Diogo Silva

Apresentamos uma nova tradução com notas indicativas para o português brasileiro dos capítulos I a XIII da obra conhecida como Sobre a Morte dos Perseguidores (De mortibus persecutorum), escrita pelo autor cristão norte-africano Lúcio Cecílio Firmiano Lactâncio, no início do século IV. Nesta primeira parte da obra, Lactâncio relata as perseguições sofridas pelos cristãos desde o imperador Nero até a publicação do primeiro Edito de Diocleciano, que iniciou a Grande Perseguição (303-311). Para este trabalho, nos baseamos no texto latino estabelecido por Jacques Moreau para a tradução em língua francesa editada para as Sources Chrétiennes (1954) cotejado com o texto do Corpus Scriptorum Ecclesiasticorum Latinorum (1897), editado por Samuel Brandt e Georg Laubmann.


2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 117-140
Author(s):  
Wilson Alves Ribeiro Junior

Esfinge, drama satírico de Ésquilo representado em 467 a.C. depois de Sete contra Tebas, chegou até nossos dias em estado fragmentário. O objetivo do presente artigo é apresentar a tradução para o português brasileiro dos fragmentos remanescentes e uma reconstrução conjetural do drama, baseada no mito de Édipo e da esfinge, em cenas de vasos gregos e nos fragmentos.


Author(s):  
Gabriel Gil

O objetivo deste trabalho é cotejar aspectos da poesia de Fedro (I d.C.) e do poema 22 de Catulo (87-57 a.C.), à luz das relações que os dois poetas latinos estabelecem com a poesia coliâmbica grega pregressa. Para isso, realiza-se, previamente, um breve levantamento de características presentes na obra coliâmbica remanescente dos poetas Hipônax (VI a.C.) e Calímaco (310-240 a.C.) que encontram correspondência com elementos da obra de Fedro. O fabulista Fedro, ao contrário de Catulo, escreveu unicamente em senários iâmbicos, mas tal opção métrica, como evidencia-se, não o impediu de experimentar importantes estratégias criativas também encontradas entre os poetas coliâmbicos. Destaca-se, nesse sentido, que tanto Fedro quanto Catulo dão prosseguimento ao precedente calimaquiano de tornar os poemas suportes para a crítica estética, a partir do emprego da fábula.


Author(s):  
Rodolfo José Rachid

No Sofista, Platão elabora a comunidade intereidética dos gêneros supremos a fim de demonstrar a genuína natureza do sofista e a possibilidade da falsidade. Pretendo analisar neste artigo como a noção filosófica do poder de comunidade (dýnamis koinonìas) produz uma teoria da linguagem, pela qual a verdade ou falsidade do discurso pode ser determinada. Na primeira seção, examinarei a lide entre os filhos da terra e os amantes das Formas como condição para estabelecer a comunidade dos gêneros supremos em seus níveis ontológico e mítico. Na segunda seção, viso escrutinar a noção de tecedura das Formas (symploké tôn eídôn) como a manifestação linguística da comunidade dos gêneros supremos. Esta pesquisa emprega uma hermenêutica cultual que salienta a permanência e transformação do discurso mítico no discurso filosófico.


Author(s):  
Gustavo Frade ◽  
Anna Clara Figueiredo Lima ◽  
Gabriela De Oliveira Vallejo ◽  
Raphaella Nasser Rodrigues

O objetivo deste estudo é investigar a representação das mulheres escravizadas na narrativa da Odisseia e como ela manifesta o modo aristocrático grego arcaico de conceber a escravidão. Para isso, consideram-se as relações entre gênero e classe na Antiguidade, assim como as entre propriedade (oîkos), comunidade e ordem cósmica. A leitura rastreia, a partir das evidências no texto, a situação geral das mulheres escravizadas na propriedade de Odisseu e trata da construção de Euricleia como personagem, de sua interação com Odisseu no reconhecimento da cicatriz, das cenas de Melanto e do enforcamento das mulheres que mantiveram relações sexuais com os pretendentes. A Odisseia constrói interações entre personagens baseadas num modelo de moralidade que exige não só a subordinação do interesse e das ações das mulheres escravizadas aos interesses do senhor, mas mesmo a afeição delas pelo senhor e por sua família. Ainda assim, a hierarquia e a autoridade no oîkos são estabelecidas pela violência.


Author(s):  
Matheus Trevizam

Neste artigo, a partir do conceito de “modo” (FOWLER, 1982, p. 107), analisamos trechos de Virgílio em que se dão misturas de gêneros. Em Ecl.  6.31-81, a fala de Sileno faz ver alguns elementos didáticos (ou épicos); em Geórgicas 3.8-39 e 3.322-338, encontram-se traços épicos e bucólicos em meio ao didatismo; por fim, podendo-se considerar a Eneida como uma espécie de súmula de vários gêneros literários (HARRISON, 2007, p. 207 et seq.), nela há inclusive traços bucólicos e didáticos (6.713-892). Intentamos, assim, apresentar exemplos que permitam entender a variabilidade dos recursos genéricos que Virgílio empregou em suas obras. Os dados obtidos apontam para a difusão do processo de “modulação”, ou mistura genérica parcial, ao longo dessas três obras virgilianas.   


2020 ◽  
Vol 8 (2) ◽  
pp. 116-142
Author(s):  
Luiz Carlos Andre Mangia Silva

Apresentamos aqui a tradução para a língua portuguesa da segunda parte do romance de Longo de Lesbos, intitulado Dáfnis e Cloé, datado de meados do século II d.C. Também conhecida como As Pastorais, a obra não dispõe ainda de tradução integral em português feita diretamente da língua grega. Assim, nossa tradução pretende sanar esta carência e permitir ao leitor um contato mais seguro com o texto original. Nesta segunda parte do romance, podemos ver diferentes ações, entre as quais Dáfnis e Cloé ajudando nos trabalhos ligados à colheita da uva; o incidente com os jovens estrangeiros, que acabam por mover guerra contra os protagonistas; a intervenção guerreira do deus Pã, irritado com a ousadia dos estrangeiros; e finalmente, a celebração dos personagens com banquete e apresentações artísticas.


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