Simpósio Gênero e Polí­ticas Públicas
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Published By Universidade Estadual De Londrina

2177-8248

2021 ◽  
Vol 6 ◽  
pp. 598-620
Author(s):  
Girlainy Maia Xavier

Neste trabalho é realizado um levantamento dos marcos que se perpassaram durante a exposição “Queermuseu: cartografias da diferença na arte brasileira”, duramente censurada por grupos políticos e religiosos. A partir de um pensamento queer proposto pela mesma, em seu formato curatorial, são levantadas questões sobre as políticas de representação e a possibilidade de repensá-las através de um desvio às normas já estabelecidas pelas instituições, tendo em vista o caráter colonizador presente nelas, afiliados ao eurocentrismo, que tendem a responder de forma excludente, a fim de trazer para o debate novos olhares e a inclusão democrática de grupos minoritários excluídos nesses âmbitos.


2021 ◽  
Vol 6 ◽  
pp. 158-170
Author(s):  
Jeane Adre Rinque

O objetivo da presente proposta é apresentar a experiência de educação popular no âmbito do Projeto Educação Comunitário INTEGRAR, fundado em 2011 em Florianópolis, uma iniciativa de professoras(os) voluntários reunidos com o propósito de uma educação consciente, crítica e cidadã junto a populações de periferia. O objetivo é uma prática de ensino de filosofia que introduz conceitos filosóficos também abordados por filósofas, dentro do programa das aulas na grade geral de ensino do projeto. A finalidade é dar visibilidade a filósofas e suas teorias, bem como analisar e recontar através de uma gramática filosófica (IRIGARAY, 2017;2018). Dentro de uma perspectiva decolonial (SPIVAK, 2010) que existe a possibilidade de discutir nossa colonialidade a partir de uma epistemologia feminista que está sempre em construção. Nesse caminho, o objetivo das aulas tem sido dialogar e refletir a partir de um pensamento com perspectiva de gênero construído a partir da leitura crítica de autores e temas considerados clássicos, apresentando autoras que igualmente abordam as diferentes temáticas, o que traz à sala de aula diferentes compreensões de mundo, uma vez que as contribuições das mulheres sempre estiveram presentes na história da humanidade, mas essa história sempre foi contada e escrita com uma visão da história hegemônica. Com isso a mulher e sua imagem foi castrada no período histórico, sem ter a chance de mostrar suas habilidades. Na perspectiva Freiriana (Freire,1987), a experiência aponta rumos a partir da metodologia de trocas de saberes com o(a)s estudantes. Com isso podemos contribuir para a construção de um pensamento e uma epistemologia rumo a autonomia e emancipação das mulheres.


2021 ◽  
Vol 6 ◽  
pp. 146-157
Author(s):  
Daniele Costa Silva

O presente trabalho tem como objetivo relatar e discutir acerca de experiências relacionadas ao projeto de extensão “ELAS na UTFPR-CP”, uma iniciativa de docentes e estudantes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Cornélio Procópio, realizada de outubro de 2017 a setembro de 2018, que visava colocar estudantes de escolas públicas de Cornélio Procópio em contato com temas, profissionais e estudantes da área de ciências exatas, tecnologia e engenharia, com intuito de promover o debate sobre a sub-representatividade feminina nestas áreas, além da compreensão de que mulheres podem ingressar em diferentes carreiras e empoderamento por meio da representatividade feminina e debates sobre gênero. O desenvolvimento do projeto propiciou vivências e enfrentamentos os quais evidenciaram o quão é urgente a discussão acerca da reprodução e projeção de estereótipos e expectativas de gênero no âmbito escolar.


2021 ◽  
Vol 6 ◽  
pp. 559-582
Author(s):  
Bárbara Medeiros Badaró ◽  
João Moreira Júnior

O presente trabalho versa sobre as implicações da reprodução humana assistida por pares homoafetivos no instituto da família e a importância do afeto nas relações familiares. Não havendo regulamentação no ordenamento jurídico brasileiro se utiliza a metodologia jurisprudencialista, visando alcançar a decisão jurídica correta para os conflitos advindos da utilização das técnicas de procriação assistida. Dessa maneira, este trabalho procura demonstrar as dificuldades encontradas pelas famílias homoafetivas face ao silêncio normativo, tendo em vista que seu reconhecimento como entidade familiar ocorreu recentemente. Pretende-se, ainda, demonstrar que a ciência vem cooperando com essa busca por novos modelos de família, através dos avanços da Medicina e da Biotecnologia, empregadas nas técnicas de reprodução humana assistida, permitindo que casais do mesmo sexo tenham descendentes com carga genética do casal. Por fim, conclui-se que como direito fundamental, o direito reprodutivo deve ser assegurado pelo Estado independente da orientação sexual.


2021 ◽  
Vol 6 ◽  
pp. 234-253
Author(s):  
Ana Paula Rodrigues dos Santos ◽  
Larissa Cristina Figueiredo Ramiro ◽  
Fernando Veronezzi

O presente trabalho aborda questões referentes às mulheres rurais, fundamentalmente às mulheres do Movimento Sem Terra (MST), cujo objetivo é discutir teoricamente as ações delas na organização interna do movimento e o papel que desempenham na reforma agrária, na conquista da terra e na elaboração, execução e qualificação de políticas públicas e projetos que beneficiem seus territórios. Além disso, o texto traz uma breve análise de projetos já executados, em execução e futuros, desenvolvidos pelas mulheres rurais do assentamento Eli Vive I, localizado na região norte do estado do Paraná, no distrito de Lerroville, pertencente ao município de Londrina-PR. Como resultados observou-se o quão importante são as atividades desenvolvidas pelas mulheres nos movimentos sociais rurais: são elas as principais agentes promotoras da reforma agrária na atualidade, enfrentando desafios, lutando pelo que acreditam e, principalmente, derrubando barreiras, minimizando os efeitos das desigualdades e superando preconceitos contra ‘o ser mulher, contra o ser mulher rural e mulher assentada’.


2021 ◽  
Vol 6 ◽  
pp. 123-145
Author(s):  
Ana Paula Gil Rodrigues

As compreensões em torno da definição de classes sociais são largamente discutidas e geram múltiplas definições, desde as mais simplificadas até as mais complexas. O que fica claro quando se trata de classes sociais refere-se ao entendimento de indivíduos ocupando lugares distintos em uma sociedade e em decorrência de tal fato a dominação de uns em relação ao outros. No contexto brasileiro existe um fator determinante que intensifica a exploração e a dominação de classes, pautado na desigualdade racial, este fato permite o pagamento de salários inferiores aos convencionais, desempenhando funções desvalorizadas na sociedade. Tomando como base a situação posta, surge a necessidade dos movimentos sociais, que podem ser compreendidos como a ação coletiva de um grupo organizado tendo como objetivo conquistar mudanças sociais. No tocante as mulheres negras o reconhecimento enquanto classe social foi fundamental para sua mobilização enquanto movimento social.


2021 ◽  
Vol 6 ◽  
pp. 508-538
Author(s):  
Mayara Larissa Benatti da Silva

A militância online realizada a partir das redes sociais potencializa discursos pessoais com o intuito de desabafar, denunciar e refletir. Dentre as redes sociais utilizadas, o Twitter possui grande destaque para o ativismo feminista em campanhas com uso de hashtags. Apresentamos um estudo sobre as hashtags #MeToo e #DeixaElaTrabalhar, as quais nasceram após casos de abuso e assédio sexual e o conteúdo delas gira em torno da exposição destes ocorridos, a partir de relatos pessoais. Além da análise documental, apresentamos pesquisa empírica com entrevistadas de Maringá-PR e região e buscamos responder a seguinte pergunta: como acontece a circulação de ideias feministas no ciberespaço? Discorremos sobre a quebra do silenciamento histórico das mulheres, diminuição de custos/tempo, visibilidade de temas como assédio e abuso sexual, entre outras questões. Trazemos discussões sobre discurso de ódio, o conservadorismo no atual momento político e a dificuldade do feminismo dialogar com todas as mulheres.


2021 ◽  
Vol 6 ◽  
pp. 62-71
Author(s):  
Clara Santos Henriques de Araújo
Keyword(s):  

A Unidade de Acolhimento Lélia Gonzalez é um equipamento da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos de Niterói que recebe mulheres e famílias em situação de rua, em sua maioria negra. Este texto pretende fazer um relato de experiência da construção de atividades sobre feminismo e negritude propostas por e para acolhidas. No acolhimento, o fazer do psicólogo, tão disposto a escutar sem dar caminhos prontos, se confronta com a necessidade de tomar atitudes que respondem ao ritmo e às regras institucionais, sem necessariamente considerar o sujeito. Frente a essa dificuldade, como construir uma prática? A partir de demandas trazidas por uma acolhida, abriu-se um espaço, em forma de rodas de conversa e oficinas, para que as próprias acolhidas trouxessem seus interesses e histórias. Os encontros têm adesão das acolhidas, que seguem trazendo propostas de temas. Quanto a prática psi, segue sendo tecida no possível da política pública.


2021 ◽  
Vol 6 ◽  
pp. 539-558
Author(s):  
Daniela Soares da Silva ◽  
Simone Pereira da Costa Dourado

Homens e mulheres vivenciam o envelhecimento de formas distintas, do mesmo modo, há diferenças na criação e no uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Assim, o objetivo deste artigo é entender se o uso das TIC pode ressignificar a velhice atentando-se também a possíveis melhorias na qualidade de vida a partir da integração aos processos de inovação tecnológica. Também buscamos compreender as diferenças nos usos das TIC por homens e mulheres idosas. A netnografia fez-se presente nesse processo, observamos o comportamento online de idosos e idosas em redes sociais, além da realização de um questionário online com perguntas diversas relacionadas ao uso da internet. Com o questionário online observou-se maior interesse feminino em assistir filmes e séries, beleza, artesanato e receitas. O interesse masculino ficou circunscrito às notícias diárias sobre diferentes assuntos e àquelas sobre esportes e somente os homens citaram que usam a internet para trabalho.


2021 ◽  
Vol 6 ◽  
pp. 419-434
Author(s):  
Alan Tomaz de Andrade ◽  
Vanessa Cristina Salvador
Keyword(s):  

Marielle Franco era uma mulher negra, periférica, mãe solteira, militante feminista, representante LGBTQI+ e defensora dos direitos humanos, eleita vereadora do Rio de Janeiro em 2016. Durante seu mandato, pautaram-se questões urgentes como a luta da mulher negra, o direito à vida e à liberdade dos moradores das periferias, a violência policial e o genocídio da população negra no Brasil. Este artigo tem como objetivo analisar seus 14 meses de mandato, listar suas principais ações realizadas neste período e compreender como a vereadora tornou-se um importante símbolo de luta. O referencial teórico pauta-se nos estudos da interseccionalidade entre o racismo estrutural, necropolítica e a segurança pública. A metodologia é construída por Lopes (2014) e utiliza o conceito de níveis de pesquisa, baseado na realidade social do sujeito. Por fim, o resultado da pesquisa mostra como o mandato de Marielle Franco transformou pessoas invisibilizadas pela sociedade em protagonistas.


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