Nova Revista Amazônica
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Published By Universidade Federal Do Para

2318-1346

2021 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 59
Author(s):  
Larissa Da Silva Sicsú ◽  
Pedro Rapozo ◽  
Eneila Almeida dos Santos

Ser amazônida, ser caboclo, ribeirinho, indígena, ser gente. Está inserido numa vasta área, cortada por rios colossais de esplêndida biodiversidade. Diante de um universo tão amplo, reflete-se acerca de como este ser, por meio de suas essências identitárias, dialoga com sua vivência social e ao mesmo tempo com o cenário natural em que se encontra. Comunidades que perfazem sua história em meio a constantes transformações da contemporaneidade, ao mesmo tempo que são moradores das margens dos rios, adaptados às mudanças sazonais do território amazônico. Neste sentido, enaltece-se a importância do presente artigo, enfatizando-se o contexto amazônico ribeirinho e o indivíduo inserido neste, abordando-se, então, que características identitárias ele possui e de que forma essas nuances o descrevem enquanto ser amazônida. Assim, na primeira sessão deste artigo, embasado em um levantamento bibliográfico, enfatiza-se sobre os conceitos de identidade, destacando importantes escritores dessa área de conhecimento. Na segunda parte, desvela-se a relação desses conceitos com o ethos ribeirinho, partindo-se de uma visão multifacetada, transcreve-se a poiésis do ser amazônico nas suas práxis diárias, de como ele mesmo se vê, trazendo para o protagonismo o sujeito caboclo enquanto ser primordial na sua formação social e de suas vertentes identitárias.


2021 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 27
Author(s):  
Márcia Regina Capelari Naxa

Tomo em consideração, para aproximações ao espaço amazônico no início do século XX, dois livros de Gastão Cruls (1888-1959) que têm partes da região por centralidade: o romance A Amazônia misteriosa (1925), ficção com reconhecida inspiração em H.G. Wells, e o relato de viagem A Amazônia que eu vi (1930), narrativa da Campanha de Inspeção de Fronteiras com a Guiana Holandesa comandada pelo General Rondon. Textos que incorporam vasta bibliografia sobre a região – espaços, gentes, paisagens – dados a conhecer privilegiadamente pela palavra e seu poder constitutivo de imagens, e pelo desejo da experiência da viagem no objetivo de confrontar o aprendido de segunda mão e concebido na mente com o itinerário realizado e vivenciado in loco.


2021 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 225
Author(s):  
Beatriz Maria De Figueiredo Ribeiro
Keyword(s):  

Durante o verão amazônico do ano de 2009, em pesquisa de campo numa área de assentamento da reforma agrária, na cidade de Eldorado dos Carajás – PA, comecei a ouvir de forma recorrente que fulano e beltrano tinham ido para o sem-terra. Havia sempre alguém indo ou voltando de lá. Por sem-terra, as pessoas do assentamento denominavam o acampamento do MST mais próximo; neste caso, tratava-se do Acampamento Dalcídio Jurandir, nome dado à ocupação realizada na Fazenda Maria Bonita, amplamente citada nos noticiários da mídia em 2008 por ter ocorrido, próximo ao local, conflitos violentos desencadeados por parte da escolta armada do Grupo Santa Bárbara - pretenso dono da área -, que rondava o acampamento dia e noite...


2021 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 229
Author(s):  
João Rodrigues Silva ◽  
Sabas Mescouto e Silva ◽  
Miguel Braga

O presente ensaio etnográfico destaca o protagonismo juvenil de estudantes de ensino médio de uma escola pública do município de Primavera, estado do Pará, na resolução de situações-problemas reais que envolvem a relação homem e natureza, mais precisamente a degradação ambiental de nascentes. O referido ensaio registra a experiência da Escola Manoel Lobato na promoção de uma aprendizagem diferenciada que priorize a construção dos aspectos formativos dos jovens por meio de práticas de Educação ambiental que estimulem suas potencialidades e contribuições no contexto socioambiental em que vivem...


2021 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 147
Author(s):  
Myrian Sá Leitão Barboza ◽  
Carla Ramos Munzanzu ◽  
Izonara Augusta dos Santos Souza ◽  
Edivanei De Oyá

Existe uma estreita e intensa conexão entre as plantas e as comunidades de Terreiros de religiões de matriz africana, permeada por um complexo estrutural e simbólico de crenças. O emprego das plantas nas práticas de cura nas religiões de matriz africana abrange um universo de mistérios e segredos, que inclui amplo conhecimento e cuidados específicos na coleta, preparo e uso dos vegetais. Fundamentados no sistema nativo de classificação e saberes tradicionais, realizamos um estudo exploratório sobre a simbologia e ritualística que envolve os Bàbálósányìn e as Iyálósányìn (responsáveis por colher as plantas e prepará-las para os rituais), e a prática de prescrição e aplicação de plantas nos processos terapêuticos de duas comunidades de religiões de matriz africana de Santarém (PA), na Amazônia.


2021 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 237
Author(s):  
Deylson Silva Paixão ◽  
Luís Junior Costa Saraiva

A produção audiovisual faz parte de uma pesquisa com pescadores na praia de Ponta Grossa em Viseu-Pará, sobre práticas alimentares em espaço de pesca amazônico e sobre o processo denominado avoado. Conta com a colaboração de moradores locais que enriquecem ainda mais o trabalho e a pesquisa.  Assista aqui.


2021 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 213
Author(s):  
Paulo Henrique Martinez
Keyword(s):  

Estudo de significados econômicos e simbólicos da extração de madeiras para a construção naval da Marinha mercante e de guerra do Império do Brasil. Algumas referências da historiografia nacional e estrangeira permitem conhecer locais, procedimentos, materiais e técnicas utilizados nesta atividade, particularmente na segunda metade do século XVII e no início do século XIX. As fontes primárias examinadas são de caráter seriado e de natureza administrativa e jurídica, a Coleção de Leis do Império do Brasil e a Coleção das Decisões do Governo do Império do Brasil, referente ao período de 1822 a 1831, quando o Império brasileiro esteve sob a condução de D. Pedro I. Os dados reunidos pela pesquisa possibilitaram conhecer algumas práticas de extrativismo nas florestas tropicais durante a primeira década da vida nacional e aspectos econômicos deste processo.


2021 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 242
Author(s):  
... ...

2021 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 105
Author(s):  
Marcelo Lapuente Mahl ◽  
Paulo Henrique Martinez

O artigo contém uma visão abrangente do processo de constituição e de institucionalização dos estudos sobre o meio ambiente pelo conhecimento histórico, observado com nitidez a partir da década de 1970, em edição de livros, cursos em universidades e debates historiográficos, em busca de definição deste campo de ensino e de pesquisa. Parte das demandas sociais crescentes, após a II Guerra Mundial, em diferentes países e em escala mundial e privilegia o desenvolvimento da História Ambiental no Brasil. Destaca o caráter interdisciplinar da História Ambiental, percursos historiográficos e possibilidades de novos conhecimentos no século XXI.


2021 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 129
Author(s):  
Josiane Santos da Silva ◽  
Lene Da Silva Andrade ◽  
Andrey Mendonça de Souza ◽  
Fabio Halmenschlager

O Mocambo, em Ourém, Estado do Pará é uma comunidade quilombola que possui a agricultura como uma das principais atividades econômicas. Produz a farinha de mandioca como destaque, essencial para reprodução social, cultural e econômica da comunidade. Este artigo investiga quais fatores influenciaram as possíveis mudanças nas práticas produtivas da mandioca na comunidade do Mocambo. É uma pesquisa qualitativa, onde foram entrevistados oito agricultores, respondendo a um questionário. Os resultados mostraram que grande parte dos entrevistados frequentou apenas até a quarta série do ensino fundamental. A média de idade é de 55 anos, sendo moradores locais há pelo menos 46 anos. A mandioca produzida é plantada na roça, cujo tamanho varia entre 2 e 6 tarefas. A comercialização é feita esporadicamente e/ou quando há excesso de produção ou necessidade econômica. O Mocambo sofre forte influência de aspectos mercadológicos, novas tecnologias e a falta de sucessores no âmbito da produção de farinha de mandioca. O itinerário técnico indicou algumas mudanças na produção que podem ser explicados seja pela proximidade com as indústrias de farinha, por facilidade de acesso às informações, acesso à energia elétrica, ou simplesmente por incorporação às novas tecnologias. Apesar da pressão de mudanças, ainda conseguem produzir combinando costumes e saberes intergeracionais as novas tecnologias.


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