Ser amazônida, ser caboclo, ribeirinho, indígena, ser gente. Está inserido numa vasta área, cortada por rios colossais de esplêndida biodiversidade. Diante de um universo tão amplo, reflete-se acerca de como este ser, por meio de suas essências identitárias, dialoga com sua vivência social e ao mesmo tempo com o cenário natural em que se encontra. Comunidades que perfazem sua história em meio a constantes transformações da contemporaneidade, ao mesmo tempo que são moradores das margens dos rios, adaptados às mudanças sazonais do território amazônico. Neste sentido, enaltece-se a importância do presente artigo, enfatizando-se o contexto amazônico ribeirinho e o indivíduo inserido neste, abordando-se, então, que características identitárias ele possui e de que forma essas nuances o descrevem enquanto ser amazônida. Assim, na primeira sessão deste artigo, embasado em um levantamento bibliográfico, enfatiza-se sobre os conceitos de identidade, destacando importantes escritores dessa área de conhecimento. Na segunda parte, desvela-se a relação desses conceitos com o ethos ribeirinho, partindo-se de uma visão multifacetada, transcreve-se a poiésis do ser amazônico nas suas práxis diárias, de como ele mesmo se vê, trazendo para o protagonismo o sujeito caboclo enquanto ser primordial na sua formação social e de suas vertentes identitárias.