Perspectivas em Análise do Comportamento
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Published By Associacao Paradigma - Centro De Ciencias E Tecnologia Do Comportamento

2177-3548, 2177-3548

Author(s):  
Lívia Francielle de Almeida Menezes ◽  
Bruna Colombo Dos Santos

O TEA é um transtorno cujas características dominantes são déficits em comunicação social e padrões de comportamento e/ou interesses restritos. Pessoas com TEA podemapresentar problemas de comportamento. A Análise do Comportamento Aplicada propõealgumas intervenções que tem como objetivo redução desses problemas. Tais intervençõessão realizadas após a identificação da função do comportamento problema, via análise funcional. O objetivo desse trabalho foi fazer uma revisão de artigos que apresentavam procedimentos de intervenção, embasados pela análise aplicada do comportamento, utilizadospara a redução de comportamentos heterolesivos em pessoas com transtorno do espectro doautismo (TEA) entre o período de 2001 a 2021. A partir dos critérios de inclusão estabelecidos foram selecionados 20 artigos no total, todos publicados no Journal of Applied BehaviorAnalysis (JABA). As topografias de comportamentos heterolesivos mais frequentes forambater, chutar, empurrar, morder e beliscar. Os tratamentos que mais apareceram foram reforçamento diferencial de resposta alternativa (DRA), na forma do treino de comunicaçãofuncional (FCT) ou não, reforçamento não contingente (NCR) e extinção.


Author(s):  
Peter Endemann

A aquisição da discriminação envolve relações entrelaçadas de controle entre as respostas de observação e as respostas discriminadas. Problemas na discriminação podem estar relacionados à observação ineficiente e ao controle de respostas indiscriminadas por estímulos irrelevantes à discriminação. O objetivo metodológico do experimento foi estender o processo de aquisição para análise das relações de controle por estímulos irrelevantes e relevantes sobre respostas indiscriminadas e discriminadas. O processo foi repetido em uma sequência de três discriminações simultâneas para análise dos desempenhos. Os estímulos foram manipulados em três diferentes regiões de um arranjo complexo ao longo das discriminações. Foram registradas as respostas de escolha dos estímulos e as respostas de observação visuais, por meio de um equipamento de rastreamento dos movimentos oculares. O desempenho ‘observar antes de responder’ foi examinado em condições de reforçamento não-diferencial e extinção de respostas indiscriminadas sob controle de estímulos irrelevantes. A redução gradual de respostas indiscriminadas ao longo das discriminações ocorreu concomitante ao controle da observação e de respostas funcionalmente equivalentes (e.g., de busca, de comparação) na presença de estímulos.


Author(s):  
Eduardo Sousa Gotti ◽  
Marcele Camila Gomes ◽  
João Gabriel Ferreira Argondizzi ◽  
Elimar Adriana De Oliveira ◽  
Nayara Machado De Sousa

O suicídio é um problema de saúde pública que tem ganhado maiores dimensões nas últimas décadas. Entretanto, o Brasil conta com uma política de prevenção ainda recente. O presente trabalho consiste em uma análise conceitual sobre a prevenção do suicídio a partir das produções nacionais sobre as ações preventivas ao suicídio desenvolvidas no contexto da Atenção Primária à Saúde, considerando o período de 2010 a 2020. Buscou-se, baseado nesta análise, programar as ações preventivas em uma perspectiva comportamentalista. Para tanto, foi realizada uma busca na Biblioteca Virtual em Saúde a partir dos unitermos: «Suicídio»; «Atenção Primária»; «Prevenção». Foram recuperados 12 artigos e eles foram lidos na íntegra. Dos artigos foram inventariadas as ações descritas e, na sequência, foram analisadas as ações a partir dos âmbitos de atuação profissional. Conclui-se que, em mais da metade (23) das ações analisadas (n = 38), o conceito «prevenção» designa ações correspondentes a outros âmbitos de atuação profissional. As ações identificadas, quando abrangem o âmbito preventivo, apresentam descrições pouco operacionais, dificultando a sua implementação prática. A obra que subsidia o presente estudo tem potencial para contribuir na delimitação de práticas preventivas, no delineamento de mudanças de práticas culturais e nas propostas de políticas públicas de prevenção.


Author(s):  
Gabriel Henderson Soares Rolim ◽  
Pedro H. Carvalho

Comportamentos que eram frequentes no passado, mas que deixaram de ocorrer, podem reaparecer sob condições específicas no presente. Ressurgência comportamental é um dos procedimentos experimentais para estudar o fenômeno da recaída. Por sua relevância clínica, é de suma importância compreender quais variáveis afetam a sua ocorrência. O presente artigo tem como objetivo o levantamento e análise das publicações realizadas no Journal of Applied Behavior Analysis entre 2015 a abril de 2020 sobre ressurgência, buscando investigar as principais aplicações das descobertas da pesquisa básica e aplicada sobre este fenômeno, identificando os aprimoramentos que uma intervenção comportamental deve seguir para torná-la mais eficaz. Em geral, os resultados sugerem generalizar do contexto terapêutico ao contexto natural do cliente, prolongar o tratamento gradativamente, preparar o cliente para o término do tratamento e ensinar múltiplas formas de comportamento adequado. Todos esses fatores podem mitigar a ressurgência comportamental.


Author(s):  
Nádia Kienen ◽  
Mariana Gomide Panosso ◽  
Andreza Gomes Spiller Nery ◽  
Isabelle Waku ◽  
João dos Santos Carmo

Dentre as tecnologias derivadas da Análise Experimental do Comportamento, há a Programação de Condições para Desenvolvimento de Comportamentos que possibilita analisar e arranjar condições de ensino que maximizam e aceleram as mudanças comportamentais pretendidas e diminuem a ocorrência de erros. Trata-se de uma tecnologia de ensino que tem sido utilizada tanto para caracterizar comportamentos a serem ensinados em diferentes contextos quanto para construir, aplicar e avaliar programas de ensino que visam ao desenvolvimento de comportamentos, com base em princípios analítico-comportamentais. Sendo assim, este artigo tem por objetivos caracterizar a Programação de Condições para Desenvolvimento de Comportamentos como área de investigação e de planejamento de ensino; caracterizar os contextos históricos da programação de ensino e os pressupostos teórico-metodológicos que a constituem, descrever as etapas que compõem o processo de programar ensino e apresentar a diversidade de sua aplicação. Fornecer um panorama geral da Programação de Condições para Desenvolvimento de Comportamentos como área de pesquisa e tecnologia para intervenção em processos de ensino-aprendizagem pode ser um passo importante para torná-la mais acessível àqueles interessados em planejamento de condições de ensino.


Author(s):  
Matheus H. S. Mello ◽  
Paola E. M. Almeida

  A Teoria das Moldura Relacionais (RFT) é uma abordagem analítico-comportamental para o estudo do comportamento verbal. A Terapia da Aceitação e Compromisso (ACT) é uma abordagem terapêutica filosoficamente fundamentada no contextualismo funcional, e conceitualmente influenciada pela RFT e por princípios comportamentais básicos. Apesar de dizer-se baseada na RFT, muitos conceitos e termos da ACT carecem de definições e validação experimental conceitualmente consistentes. A ACT e a RFT fazem parte de um movimento ainda maior, denominado Ciências Comportamentais Contextuais (CBS), que propõe um modelo reticulado para a produção de conhecimento, no qual pesquisa básica e aplicada evoluem independentemente, mas em continua interação. O presente artigo discute os métodos de pesquisa adotada para definir, investigar e aproximar uma das principais técnicas terapêuticas da ACT, nomeada pelo termo médio desfusão cognitiva, dos processos comportamentais básicos. Os problemas práticos e experimentais decorrentes destas estratégias de investigação são analisados criticamente. Por fim, propõe-se novas direções e estratégias experimentais para a investigação e definição da desfusão cognitiva.


Author(s):  
Izaniele Marquetti ◽  
Yanne R. Gonçalves ◽  
Ana Raquel Q. Amaral

  O PEAK é um instrumento de avaliação e intervenção comportamental com proposta inovadora. O objetivo do presente artigo foi investigar as possibilidades do instrumento para intervenção em equivalência e transformação (RFT). A coleta de dados compreendeu o período de 2014 até 2019 e foi realizada inicialmente no site oficial do instrumento e depois ampliada para periódicos da área. As palavras utilizadas na pesquisa foram “PEAK”, “equivalência” e “transformação”. Os resultados mostraram que o currículo foi eficaz para o ensino de diferentes populações como pessoas com autismo, síndrome de Down e deficiência intelectual. Foram ensinados diferentes conteúdos, como habilidades acadêmicas, relações de sistemas sensoriais e habilidades mais complexas em linguagem e tomada de perspectiva. Como limitações, foram observadas a idade dos participantes e o fato de a maioria dos estudos ter sido realizada pelo grupo de pesquisa do autor do instrumento. Sugerem-se novas investigações.


Author(s):  
William F. Perez ◽  
Marilia Barban ◽  
João Henrique De Almeida ◽  
Paulo Henrique Bianchi ◽  
Beatriz Z. B. M. Nasser ◽  
...  

  O presente estudo teve por objetivo replicar sistematicamente Perez et al. (2019) buscando avaliar a sensibilidade do IRAP à transformação de função dos estímulos em “condições mínimas”, isso é, partindo de um treino relacional com um baixo critério de acerto e na ausência de testes de derivação. Os participantes foram submetidos a um treino relacional que buscou estabelecer relações de coordenação (ou equivalência) entre faces expressando emoção (A1 [medo]; A2 [alegria]) e símbolos sem sentido (B1, B2, C1 e C2). Inicialmente, foram ensinadas as relações AB (A1B1 e A2B2), seguidas das relações BC (B1C1 e B2C2). O critério de acerto para progressão no treino era de 12 respostas corretas consecutivas. Na sequência, a transformação de função (ou do significado) dos estímulos C1 (=medo) e C2 (=alegria) foi avaliada por meio do IRAP. Os resultados sugerem a pronta transformação de significado dos estímulos Cs (C1 e C2) em acordo com as relações arbitrárias envolvidas no treino relacional. Assim, conclui-se que o IRAP é capaz de documentar a transformação de função a partir de relações convencionadas no contexto experimental mesmo quando o participante é exposto a um treino relacional como poucas tentativas e na ausência dos tradicionais testes de emergência ou derivação de novas relações.


Author(s):  
Bruna Nery Rosa ◽  
Carolina Coury Silveira ◽  
João Henrique De Almeida

  A Teoria das Molduras Relacionais (Relational Frame Theory - RFT) explica a linguagem e cognição a partir do Responder Relacional Arbitrariamente Aplicável (RRAA). Um dos comportamentos passiveis de serem compreendidos a partir dessa perspectiva é a categorização hierárquica. O presente estudo teve como objetivo analisar as produções de literatura sobre molduras relacionais de hierarquia, com foco na avaliação, ensino e intervenções sobre categorização hierárquica. A partir do protocolo PRISMA, foram realizadas buscas a partir do Portal de Periódicos CAPES, e incluídos por meio de referências bibliográficas e por busca do Researchgate, publicações que atendiam aos seguintes critérios de inclusão: serem estudos empíricos relacionados à RFT e com treino relacional na moldura de hierarquia, focados em estabelecer a categorização. Um total de 15 publicações foram incluídas na revisão e foram classificadas em duas categorias: (a) Treino de Categorização Hierárquica e; (b) Outros. Os resultados da revisão demonstraram a existência de poucos estudos em molduras relacionais de hierarquias, incluído população com TEA. No entanto, foi possível atentar a eficiência dos procedimentos de ensino e foi destacada a importância de fomentar pesquisas na área, principalmente na população com TEA, com a perspectiva de aprimorar os currículos de ensino.


Author(s):  
Aline Souza Simões ◽  
Tiago Alfredo da Silva Ferreira

  Uma tese central da Teoria das Molduras Relacionais afirma que relatos e autorrelatos não apenas descrevem o mundo, público ou privado, mas também transformam as funções deste mundo descrito. A atribuição de novos contextos verbais para ocorrência de eventos públicos e privados pode ser chamada de recontextualização verbal e é uma das principais estratégias utilizadas pela Terapia de Aceitação e Compromisso. Em uma perspectiva clínica, se considerarmos que relatos e autorrelatos promoveram funções de estímulos pouco úteis para a construção de uma vida valorosa para um sujeito, não seria, então, o caso de inserirmos outros relatos e autorrelatos? Se considerarmos autorrelatos como pensamentos, a indicação clínica seria então uma “re-programação” dos pensamentos? Para responder a tais questões, este artigo se propõe a apresentar o desenvolvimento da RFT a partir do modelo Hyper-Dimensional Multilevel (HDML) e expor a relevância deste para a compreensão do comportamento humano complexo. Inicialmente apresentaremos uma breve descrição dos avanços da RFT, desde a proposta original até o HDML. Em seguida discutiremos como a conceitualização em dimensões é essencial para compreensão da intervenção clínica baseada na RFT e concluiremos com uma reflexão sobre a relação entre a pesquisa básica na RFT e a formação de novos terapeutas.


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