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Published By Laborhistorico

2359-6910

2021 ◽  
Vol 7 (espec) ◽  
pp. 282-310
Author(s):  
Tânia Lobo ◽  
Ana Sartori ◽  
Pedro Daniel Souza

Em 5 de outubro de 1988, promulgou-se a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 – a Constituição cidadã –, considerada o marco do início da Nova República, que finda, segundo a historiadora francesa Maud Chirio (2018), com a última eleição presidencial, ocorrida em 2018. Neste artigo, examinamos, nos 30 anos da Nova República, tanto no plano discursivo, quanto no plano das práticas, como a reflexão sobre o ensino de língua portuguesa como língua materna no Brasil operou com a história linguística do Brasil, com a historicidade do português brasileiro e, de forma mais específica, com a questão da mudança linguística. Para tal, analisamos os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (2000), os PCN+ Ensino Médio: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais (2002), as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (2006) e a Base Nacional Comum Curricular (2018). A seguir, recuamos ao momento imediatamente anterior ao da promulgação da Constituição, considerando ainda as Diretrizes para o aperfeiçoamento do ensino/aprendizagem da língua portuguesa (1986). Contemplados os discursos, seguimos para as práticas, analisando quais componentes curriculares referentes à Linguística Histórica e à História da Língua Portuguesa integram as grades curriculares dos cursos de Graduação em Letras das universidades vinculadas ao Projeto Nacional “Para a História do Português Brasileiro” (PHPB) e ainda as ementas e programas desses componentes curriculares, com o objetivo de delinear um quadro aproximativo do que tem norteado a formação dos professores nas universidades em que há grupos de pesquisa dedicados à história do português brasileiro.


2021 ◽  
Vol 7 (espec) ◽  
pp. 10-15
Author(s):  
Juliana Soledade ◽  
Mailson Lopes

LaborHistórico - Volume 7, Número Especial Este número especial traz 13 artigos do dossiê temático "Revisitações à obra de Rosa Virgínia Mattos e Silva".


2021 ◽  
Vol 7 (espec) ◽  
pp. 93-126
Author(s):  
Célia Regina Dos Santos Lopes ◽  
Ana Luiza Neves Martins ◽  
Janaina Pedreira Fernandes de Souza

O objetivo geral do trabalho é repensar a origem da acepção negativa dada à forma você no português europeu. Para tanto, apresentamos uma análise das formas tratamentais empregadas em cartas portuguesas do século XIX, a fim de descrever o comportamento de Vossa Mercê do qual você se originou. Levamos em conta os princípios da sociolinguística histórica (CONDE SILVESTRE, 2007; HERNÀNDEX-CAMPOY; CONDE SILVESTRE, 2012) alinhados aos conceitos da Teoria do Poder e da Solidariedade (BROWN; GILMAN, 1960). O corpus de análise é formado por cartas portuguesas oitocentistas do projeto Post-Scriptum http://ps.clul.ul.pt/pt/index.php. Os resultados evidenciam uma enorme variedade de tratamentos distintos nas cartas. A análise levou em consideração os papéis sociais dos destinatários previstos em um secretário da época (FREIRE, 1823). Segundo o manual, se o indivíduo pertencesse a classes mais elevadas, receberia tratamentos de base nominal, o que foi encontrado em nosso corpus. Já para classes inferiores, os manuais indicariam o uso de Vossa Mercê, forma que apresentou um comportamento bastante peculiar e híbrido, pois aparece, ao mesmo tempo, em referência a indivíduos destituídos de status social no Portugal oitocentista e em relações assimétricas ascendentes no âmbito familiar. O pronome tu, no corpus analisado, predominou em relações mais solidárias e nas relações familiares assimétricas descendentes, como ainda continua ocorrendo no PE.


2021 ◽  
Vol 7 (espec) ◽  
pp. 254-281
Author(s):  
Graça Rio-Torto

Este estudo reflete sobre as mudanças da língua portuguesa ocorridas nos séculos XVII a XX, fase crucial de alterações que fazem divergir o português brasileiro do português europeu, e compara o brasileiro ‘popular’ atual com o idioma falado pelos escravos de origem africana no Brasil e em Portugal, no mesmo período, com o propósito de encontrar pistas sobre a génese do brasileiro ‘popular’, que tem uma expressão avassaladora no Brasil de hoje. Em complemento, analisam-se alguns factores socioculturais que podem ter contribuído para o protelamento na incorporação do brasileiro ‘popular’ nas políticas de língua e sua inclusão no universo do estudo, do ensino e da aprendizagem da língua. Razões históricas e culturais explicam que a afirmação e consolidação do brasileiro ‘popular’ como objeto emblemático de enorme valor simbólico só tenha começado a fazer-se no século XX, com o movimento modernista e, de forma consistentemente científica, nos finais deste, com trabalhos de Castilho (2010), Faraco (2008, 2016), Lucchesi (2001, 2015, 2017), Mattos e Silva (2001, 2004a, 2004b, 2008), Neves (2003, 2011), para citar alguns dos maiores.


2021 ◽  
Vol 7 (espec) ◽  
pp. 210-233
Author(s):  
André Luiz Alves Moreno

Propõe-se, aqui, mais uma via para a compreensão do fenômeno da difusão social da escrita na história do Brasil colonial e pós-colonial: os movimentos de insurreição e a sua relação com a inserção da maçonaria no território brasileiro. Com base na mensuração dos índices de alfabetismo e na análise da circulação da escrita no contexto das sedições ocorridas em finais do período colonial – a saber, a Inconfidência Mineira (1789), a Revolta dos Letrados (1794) e a Conspiração dos Alfaiates (1798) –, foi possível identificar a intensa presença do universo maçônico neste contexto e sua efetiva contribuição para a inserção das camadas subalternas da população colonial no universo da cultura escrita.


2021 ◽  
Vol 7 (espec) ◽  
pp. 330-355
Author(s):  
Lara Da Silva Cardoso ◽  
Zenaide De Oliveira Novais Carneiro ◽  
Mariana Fagundes de Oliveira Lacerda

Este artigo tem por objetivo apresentar o corpus colonial formado pelo CE-DOHS (Corpus Eletrônico de Documentos Históricos do Sertão). O CE-DOHS, ao longo de sete anos (2012-2018), elaborou um corpus diacrônico dos séculos XIX e XX, oferecendo dados em formato eletrônico para o estudo linguístico do português brasileiro (PB). A partir do corpus colonial, o CE-DOHS busca oferecer aos pesquisadores da história do Português Brasileiro um pequeno conjunto de textos representativos do cenário multilíngue e multiétnico do Brasil Colônia, mais especificamente dos séculos XVII e XVIII que, somado aos outros corpora, oferece, em um único banco, quatro séculos de dados linguísticos do português em solo brasileiro. O corpus em questão contém 151 documentos, escritos por 16 escreventes, todos nascidos no Brasil, e possui mais de dez gêneros textuais diferentes, que foram agrupados em pequenos acervos, conforme as etnias dos escreventes e os possíveis processos de aquisição da língua portuguesa. O objetivo da constituição do corpus é investigar a difusão do português na América e a dinâmica dessa língua no processo de surgimento do PB. Neste trabalho, serão enfatizadas: as estratégias para o encontro dos manuscritos, uma vez que a delimitação temporal estabelecida para o corpus é, ainda, obscura dentro dos estudos sobre o PB; a representatividade dos manuscritos, mostrando que, apesar de em pequena quantidade, são significativos; as potencialidades do material organizado, indicando alguns dos possíveis trabalhos linguísticos possíveis de serem realizados, explorando o corpus em diferentes áreas e/ou constituindo corpora maiores, capazes de fornecer mais dados sócio-históricos e linguísticos.


2021 ◽  
Vol 7 (espec) ◽  
pp. 154-187
Author(s):  
Maria Eugenia Lammoglia Duarte ◽  
Antonio Anderson Marques de Sousa ◽  
Ulli Santos Bispo Fernandes ◽  
Marianna Maroja Confalonieri Cardoso

Neste artigo, reunimos três estudos que utilizam as mesmas amostras de peças de teatro brasileiras e portuguesas, escritas ao longo dos séculos XIX e XX, para uma análise de sintaxe comparativa do uso dos clíticos acusativo e dativo para referência à 3ª pessoa e do clítico indefinido “se”. Com base em propostas sobre seu estatuto, como elementos de concordância, em oposição aos clíticos para referência à 1ª e 2ª pessoas, que se comportam como sintagmas e são dêiticos, encontramos as respostas para seu desaparecimento no português brasileiro e evidências da sua estabilidade e robustez do português europeu. Incluídos entre os elementos de concordância, enfraquecidos no PB tal como os morfemas flexionais verbais, por questões sócio-históricas, esses clíticos passam a ser representados por formas alternativas explicadas, em parte, pela orientação para o discurso e, em parte, para a remarcação do valor do Parâmetros do Sujeito Nulo.


2021 ◽  
Vol 7 (espec) ◽  
pp. 188-209
Author(s):  
A. Ariadne Domingues Almeida ◽  
Elisângela Santana dos Santos ◽  
Neila Maria Oliveira Santana

Apresentam-se resultados preliminares de um estudo que objetiva verificar como é constituída a rede semasiológica do item léxico vacina e entender como se dá a construção dos sentidos dessa rede no devir do tempo. Como norte teórico, utilizam-se pressupostos da Semântica Cognitiva Sócio-Histórica, e, em particular, da Teoria da Metáfora e da Metonímia Conceptuais, estabelecendo diálogos com autores, como Lakoff e Johnson (1980), Silva (2006), Santos (2011) e Fernández Jaén (2012). Para traçar o percurso metodológico, adota-se a abordagem qualitativa, de caráter descritivo-interpretativo, exploratório e documental, sendo o corpus constituído por textos escritos na variedade brasileira do português, entre os séculos XIX, XX e XXI, disponíveis em corpora digitais da Linguateca. Os resultados do estudo mostram que, no lastro temporal, registram-se mudanças e variações na semasiologia de vacina.


2021 ◽  
Vol 7 (espec) ◽  
pp. 40-66
Author(s):  
Carlos Felipe Pinto

2021 ◽  
Vol 7 (espec) ◽  
pp. 67-92
Author(s):  
Emília Helena Portella Monteiro de Souza ◽  
Álvaro César Pereira de Souza

O presente trabalho tem como objetivo focalizar o processo de escolarização linguística do português, em dois momentos históricos: o primeiro, no período arcaico; o segundo, no período colonial, entre o final do século XVIII e início do XIX. É o período da chamada era das luzes, ou ilustração, que em Portugal e suas possessões se consubstancia com as Reformas Pombalinas da Instrução Pública, levadas a termo pelo primeiro-ministro de D. José I, Sebastião José de Carvalho e Mello, o Marquês de Pombal. Nesse percurso, tomam-se como referência as postulações de Rosa Virgínia Mattos e Silva sobre a escolarização e seus efeitos na normatização do português, e também na compreensão da polarização entre normas vernáculas e normas cultas. Para além do aspecto meramente linguístico, buscam-se, nas diferentes sincronias, os contextos sócio-históricos, dados demográficos, que possam evidenciar políticas linguísticas que se fizeram presentes. Além da obra de Mattos e Silva que embasa este trabalho, serviram como fontes a legislação pombalina, especialmente o Alvará Régio de 28 de junho de 1759, que trata da expulsão dos clérigos da Companhia de Jesus, bem como os escritos do professor régio de grego, na Capitania da Bahia, Luís dos Santos Vilhena. Com isso, espera-se trazer subsídios para o entendimento do papel da escolarização, enquanto difusor da escrita e de uma norma, nas diversas sociedades.


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