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Published By Universidade Federal De Goias

2358-1042

2020 ◽  
Vol 23 (1) ◽  
pp. 17-34
Author(s):  
Ana Paula Mendes Alves de CARVALHO ◽  
Maria Cândida Trindade Costa de SEABRA
Keyword(s):  

Adotando os pressupostos teórico-metodológicos da Onomástica e vinculado ao Projeto ATEMIG – Atlas Toponímico do Estado de Minas Gerais –, projeto em desenvolvimento, desde 2005, na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (FALE/UFMG), este trabalho tem por objetivo apresentar um estudo toponímico, focalizando os topônimos relativos aos membros de associações religiosas em todo o território mineiro, tais como bispo, cônego, dom, frade, frei, monge, monsenhor, padre e papa. Trazida pelos portugueses para o Brasil, no início do século XVI, a fé cristã ganhou extensão territorial, à medida em que se dava o povoamento das terras recém-descobertas e, nesse contexto, merece destaque, a presença dos membros de diferentes irmandades e associações religiosas. Nessa perspectiva, verificou-se que a importância desses religiosos pode ser percebida na toponímia mineira, tanto diacrônica – a partir da observação dos mapas históricos – quanto sincronicamente, quando se observa a tessitura atual do léxico toponímico do Estado. 


2020 ◽  
Vol 23 (1) ◽  
pp. 133-144
Author(s):  
Kássia Mariano de SOUZA ◽  
Vanessa Regina Duarte XAVIER

O léxico tem papel fundamental no processo de ensino-aprendizagem de qualquer língua e, por isso, deve ser incluído nas práticas didático-pedagógicas. No entanto, apesar de essencial, o ensino do léxico tem ocupado papel secundário em relação ao ensino da gramática (ANTUNES, 2012). Diante disso, é objetivo deste trabalho traçar inter-relações entre a Linguística Aplicada (LA) e a proposta de ensino do léxico, objetivando mostrar a importância do léxico em todos os níveis de ensino. Além das discussões teóricas embasadas principalmente por Barbosa (1992) e Cavalcanti (1986), verificamos a oferta de disciplinas relacionadas ao léxico na grade curricular dos cursos de Letras oferecidos pela UFG-RC, com o intuito de verificar a formação lexical que os professores de Língua Portuguesa têm recebido. 


2020 ◽  
Vol 23 (1) ◽  
pp. 111-131
Author(s):  
Maiune De Oliveira SILVA

O presente artigo objetiva apresentar dados e análise sobre a escrita em documentos eclesiásticos goianos, escritos no século XIX. Para tal, o material de nosso estudo é um códex manuscrito entre os anos de 1839 a 1842, com assentos de batismos de escravos e suas progênies, além de pessoas livres. Observamos, no estudo, caracteres ortográficos, como fronteiras de palavras que representam os vocábulos fonológicos e/ou morfológicos, a posição do sinal diacrítico ou a ausência dele favorecendo a formação de ditongos e monotongos ou os representando como ocorreriam na fala. Como referencial teórico, utilizaremos Higounet (2003); Megale et al. (2007), Fachin (2011), entre outros que versam acerca desta temática.


2020 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 39-61
Author(s):  
Kedrini Domingos dos SANTOS
Keyword(s):  

A literatura e o cinema constituem-se como sistemas semióticos distintos, aspecto que evidencia a complexidade da relação entre essas artes. A literatura apresenta temas e estruturas narrativas que podem inspirar o trabalho cinematográfico. Ambas as artes podem provocar emoções e sentimentos no homem através de suas imagens: enquanto a literatura associa-se à imaginação, o cinema coloca a imagem diante do espectador. Considerando o cinema do cineasta português Manoel de Oliveira, e ciente do diálogo que ele mantém com outras artes, especialmente com a literatura, buscaremos observar, a partir do filme Je rentre à la Maison, o intertexto do filme com três grandes obras: As peças teatrais: Le roi se meurt, de Ionesco e A tempestade, de Shakespeare, e o romance Ulisses, de James Joyce. Procuraremos compreender como essas obras literárias se integram no universo fílmico oliveriano, tornando-se parte fundamental para a construção do sentido.


2020 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 79-94
Author(s):  
Marilise ZIBETTI ◽  
Ana Paula Teixeira PORTO

Este trabalho busca refletir sobre como se configura a construção da identidade de gênero do personagem-narrador transexual Wilson a partir da análise de lembranças da infância e adolescência do narrador apresentadas no romance Do fundo do Poço se vê a Lua, de Joca Reiners Terron, o qual foi publicado em 2010. O livro abarca questões de memória, esquecimento, morte, violência e busca da identidade de gênero, além de apontar a infância como espaço mitológico nos anos finais da ditadura militar brasileira. Considerando esse contexto, o enfoque da pesquisa é discutir ainda conflitos de sujeitos que vivem à margem da sociedade, como Wilson, que, para se livrar da sombra do irmão gêmeo, o violento William, e da identidade masculina, se metamorfoseia em Cleópatra. Para alcançar esses objetos, o estudo, de natureza bibliográfica, ampara-se em pressupostos teóricos sobre representações de minorias e de gêneros na literatura, com contribuições de teóricos como David Foster e Guacira Louro.


2020 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 115-128
Author(s):  
Murilo CANELLA

Este artigo intenta analisar a influência das artes do olhar – especificamente a pintura e a fotografia – na multifacetada obra de Sérgio Sant’anna. Por ser sua obra extensa e vária, analisar-se-ão três contos cujo cerne é a composição literária a partir da contemplação do olhar – a série “Três textos do olhar”, composta por “A mulher nua”, “A figurante” e “Contemplando as meninas de Balthus”, do livro “O voo da madrugada”. A metodologia restringe-se à análise literária e à composição de signos literários delineados a partir do intercurso semiótico entre as consideradas artes e a forma literária do conto.


2020 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 25-37
Author(s):  
Gilson VENTURA

Resumo: Seja em um grande evento musical popular, um concerto de apresentações clássica das sonatas de Corelli, Couperin ou Bach, ou ainda nos sons da moda de viola em volta das fogueiras nos mais rigorosos invernos. Não importa. Qualquer que seja o estilo ou a dimensão musical vê-se que ao assistirmos uma música executada no momento mesmo em que a consumimo-la, se observarmos mais aprofundadamente, perceberemos que há sim uma diferença entre essa música, produzida no momento exato de sua audição e aquela apenas ouvida no aparelho do quarto ou no rádio do caminhão. Ou ainda essa música executada e consumida instantaneamente será diferente daquela assistida pela ajuda da tecnologia pelos práticos DVDs. Essas três formas de ouvir música é o tema desse artigo que procurará analisar a magia do momento experimentado pelos expectadores de uma música que não foi gravada em áudio, tampouco em imagens, mas a música criada no aqui e agora. Tal análise far-se-á em harmonia da relação que há entre tal fenômeno e a Literatura.


2020 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 95-113
Author(s):  
Monelise Vilela PANDO
Keyword(s):  

São incontáveis os estudos acerca da obra clariceana, e dentre eles, muitos se dedicam a perquirir relações entre literatura e pintura. Nesse sentido, tencionamos realizar um percurso de pesquisa que demonstre o quanto as metáforas visuais do artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher (1898-1972), podem construir paralelos capazes de iluminar a leitura dos procedimentos narrativos dispostos por Clarice Lispector (1920-1977), em “Mineirinho” (1964), uma vez que há muitas entradas e desdobramentos possíveis para a leitura do texto clariceano. O presente trabalho investiga questões como a paradoxal disposição das alteridades determinadas pelo narrador ao julgar Mineirinho, a realização de procedimentos narrativos especulares, e uma espécie de conflito dramático que quer parecer não ter fim ou solução. Para tanto, nos valemos de leituras da fortuna crítica de Clarice Lispector, pensando o conceito de homologias estruturais[1] de maneira que se verifique como são elaborados determinados efeitos artísticos em cada uma das linguagens desses diferentes sistemas semióticos: literatura e pintura.


2020 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 63-78
Author(s):  
Lucas Fernando GONÇALVES
Keyword(s):  

O presente artigo tem como objetivo apresentar o conceito de kitsch como conceito estético e ontológico na perspectiva teórica da Epistemologia do Romance. Para a Epistemologia do Romance, a palavra kitsch é associada ao pensamento de Milan Kundera acerca do que ele chama de necessidade da mentira embelezante para satisfação de si. A Epistemologia do Romance ampara-se à ideia kunderiana de ocultação da “merda” como um ideal estético do ser em que o kitsch, como forma estética da negação de questões da condição humana, lida com aquilo que Hermann Broch define como ausência de reflexão ética no contexto da estética, fomentado pela necessidade do efeito estético agradável. Para a Epistemologia do Romance, o kitsch é a forma estética do idílio. Buscando assim uma falsa beleza e harmonia que trouxesse uma sensação de paz e fim da tragédia.


2020 ◽  
Vol 23 (1) ◽  
pp. 91-109
Author(s):  
Amanda Moreira de AMORIM ◽  
Maria Helena De PAULA

O território que hoje compõe o estado de Goiás está intimamente ligado à história da escravidão brasileira, responsável pela entrada de mão-de-obra africana escrava para o país, que vigorou por aproximadamente quatro séculos, fato registrado em diversos documentos manuscritos que fazem menção aos negros escravos e seus descendentes que viveram no local. Este trabalho possui como corpus registros de óbito e sepultamento exarados no século XIX em Goiás, oriundos de Santa Luzia (atual Luziânia), Cidade do Bonfim (atual Silvânia) e Nossa Senhora da Penha do Corumbá (atual Corumbá de Goiás), com vistas a discutir aspectos relacionados à morte de escravos e ex-escravos nesses manuscritos, sob o ponto de vista lexicultural, o que nos permite compreender aspectos linguísticos, históricos e culturais da sociedade brasileira escravista.


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