Compolítica
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Published By Associacao Brasileira De Pesquisadores Em Comunicacao E Politica (Compolitica)

2236-4781

Compolítica ◽  
2020 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 5-34
Author(s):  
Mauro Porto ◽  
Daniela Neves ◽  
Bárbara Lima

O artigo analisa a cobertura noticiosa dos dois principais candidatos (Jair Bolsonaro e Fernando Haddad) pelas duas maiores redes de televisão (Globo e Record) durante as eleições presidenciais brasileiras de 2018. O estudo está baseado na análise de conteúdo de 27 edições do Jornal Nacional e do Jornal da Record, no primeiro e no segundo turno. Parte da hipótese de que a cobertura noticiosa destas emissoras revelará uma nova forma de paralelismo político no Brasil, caracterizado pelo alinhamento mais forte entre a Record TV e a candidatura de Jair Bolsonaro. Os resultados apresentam evidências de um viés pró-Bolsonaro no Jornal da Record, ainda que as diferenças entre as duas emissoras não sejam significativas no segundo turno das eleições. Conclui que a eleição presidencial de 2018 expressa uma crise hegemônica mais profunda, caracterizada por alterações importantes no papel historicamente desempenhado pela Rede Globo na política brasileira.


Compolítica ◽  
2020 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 59-86
Author(s):  
Juçara Gorski Brittes ◽  
Dayana Cristina Barboza Carneiro ◽  
Ana Luísa Ruggieri

Este artigo traz uma investigação sobre o modo como os candidatos Bolsonaro e Haddad protagonizaram uma disputa de sentidos em suas fanpages a partir da utilização de diferentes estratégias discursivas durante a campanha à presidência em 2018. Para tanto, aborda, na parte teórica, a inclusão das redes sociais nas campanhas políticas bem como o conceito de estratégias discursivas, fundamental para o desenvolvimento metodológico da pesquisa. Em seguida, por meio de uma análise do discurso, depreende que os candidatos reforçaram a polarização característica das últimas eleições e utilizaram, como principal estratégia, o reforço à diferença como forma de buscar a adesão dos usuários/eleitores e, consequentemente, alcançar a vitória no pleito eleitoral.


Compolítica ◽  
2020 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 35-58
Author(s):  
Ruth Reis ◽  
Daniela Zanetti ◽  
Luciano Frizzera

O YouTube, por meio do seu sistema de recomendação de vídeos, vem sendo apontado como uma plataforma de disseminação de ideias conservadoras, na qual se desenvolve um modelo alternativo de influência que favorece a promoção de temas contrários às noções de justiça social e direitos humanos. A partir de um levantamento de vídeos mais recomendados no YouTube durante as eleições de 2018, este estudo traz apontamentos sobre os modos de ação desta plataforma, a atividade dos algoritmos e as estratégias dos actantes, humanos ou robôs, no cenário político eleitoral brasileiro, no qual  predominaram os temas da campanha do candidato Jair Bolsonaro e o discurso conservador que marcou sua trajetória até a presidência do Brasil.


Compolítica ◽  
2020 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 137-160
Author(s):  
Sivaldo Pereira da Silva ◽  
Ébida Rosa dos Santos ◽  
Leon Eugênio Monteiro Rabelo ◽  
Mariah Sampaio F. Luciano

Este artigo traz uma proposta de avaliação da política de Dados abertos, utilizando como estudo de caso a Câmara dos Deputados. Em termos metodológicos, o trabalho propõe a aplicação de um conjunto de indicadores baseados em duas frentes: (a) análise qualitativa externa (acerca das informações que estão no entorno da publicação) e (b) análise qualitativa interna (que se concentra na avaliação interior dos arquivos). Os resultados demonstram que as bases de dados da Câmara dos Deputados possuem baixa ocorrência de links inoperantes; apresenta bom feedback informativo, porém, na análise interna dos arquivos, apenas cerca de 12% dos recursos avaliados estavam em excelente estruturação, não apresentando erros ou disfunções.


Compolítica ◽  
2020 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 109-136
Author(s):  
Fernanda Safira Soares Campos ◽  
Bruno Araújo

Esta pesquisa analisa editoriais dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo sobre a proposta de Reforma da Previdência Social apresentada ao Congresso Nacional pelo ex-presidente Michel Temer (PMDB) como parte de um pacote de reformas de índole liberal perpetrada por seu governo. Com base na Teoria do Enquadramento, que funciona como instrumental teórico-metodológico para este texto, buscamos compreender os enquadramentos construídos pelos dois jornais em seus editoriais, de forma a perceber como eles expressaram seus posicionamentos sobre o tema. Na análise, identificam-se os principais recursos retóricos utilizados pelos jornais a partir de categorias propostas por Robert Entman (1993). O estudo mostra a construção de enquadramentos midiáticos favoráveis à Reforma, com a defesa da sua inevitabilidade e a expressão de ideias diretamente alinhadas ao ideário neoliberal.


Compolítica ◽  
2020 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 87-108
Author(s):  
Marcio De Souza Castilho

O artigo tem o objetivo de examinar as ações governamentais nos primeiros 100 dias da gestão do presidente Jair Bolsonaro no tocante às políticas de comunicação. A pesquisa se apoia na análise de atos, decretos e portarias publicados no Diário Oficial da União, no período de 1º de janeiro a 10 de abril de 2019. Em diálogo com as contribuições trazidas por autores na área da Economia Política da Comunicação, buscamos extrair algumas reflexões preliminares sobre a nova estrutura de comunicação do governo, o papel da Empresa Brasil de Comunicação e o direcionamento adotado no sistema de radiodifusão pública. O estudo aponta para o aparelhamento governamental na EBC e permanências da lógica de criminalização de rádios comunitárias, causando prejuízos ao princípio da complementaridade entre os sistemas privado, público e estatal.


Compolítica ◽  
2020 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 1-4
Author(s):  
Emerson Urizzi Cervi ◽  
Ricardo Fabrino Mendonça ◽  
Viktor Chagas

Editorial da Revista Compolítica 2020.1.


Compolítica ◽  
2020 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 161-178
Author(s):  
Ana Angélica Soares

Após quase 40 anos fora do mercado editorial brasileiro, o livro A Espiral do Silêncio, de Elisabeth Noelle-Neumann, chega ao país. Embora a obra seja extensamente resenhada e trabalhada nos cursos de Comunicação Social, a edição brasileira permaneceu praticamente incógnita mesmo depois de ser lançada em 2017 pela editora Estudos Nacionais. Este artigo propõe uma análise intertextual do enquadramento da edição por meio de seus elementos paratextuais: agradecimentos, apresentação, prefácio, notas de tradutor e comentários. O conceito de intertextualidade traz as relações implícitas que a edição brasileira de A Espiral do Silêncio guarda com demais textos teóricos e conversa com a noção de interdiscursividade, já que estes textos possuem relações implícitas e explícitas com outros campos discursivos.


Compolítica ◽  
2019 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 5-38
Author(s):  
Wladimir Ganzelevitch Gramacho

Este trabalho propõe definições conceituais e operacionais para os ciclos de crise de imagem política (CCI-pols), eventos de superexposição da imagem de uma autoridade associada a fatos reprováveis, que ameaçam sua reputação individual e, indiretamente, a de sua superiora hierárquica. Os CCI-pols baseiam-se nas contribuições de Downs (1972) sobre os ciclos de atenção pública e de Thompson (2000) sobre os “escândalos políticos”. Durante o período Dilma Rousseff (2011-2014), foram detectados 40 ciclos de crise de imagem política de ministros de Estado. Análises de regressão linear sugerem que eles foram mais intensos e extensos quando o ministro de um partido aliado de esquerda, envolvido em conflito de interesse, no início do mandato de Dilma Rousseff; mais intensos quando era um político e mais extensos quando o ministro era exposto pela primeira vez a um CCI-pol.


Compolítica ◽  
2019 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 39-62
Author(s):  
Laura Nayara Pimenta ◽  
Marcio Simeone Henriques
Keyword(s):  

No presente artigo refletimos sobre como a questão da exploração sexual infantojuvenil – que envolve fatores coercitivos e tabus sociais que silenciam os sujeitos – transcende, ou não, o campo da preocupação de pequenos grupos para alcançar a atenção pública, tornando-se mais visível e ordenando uma constelação de mobilizações em seu entorno. Para tanto, na primeira seção abordaremos o processo comunicacional de como uma causa se torna pública, é coletivizada e cria e movimenta públicos ao seu redor. Compreendendo que existem barreiras a essa coletivização, na segunda seção exploraremos fatores que a silenciam e bloqueiam. Na terceira seção, analisaremos o caso do Vale do Jequitinhonha, região do Estado de Minas Gerais que apresenta uma situação de pobreza e problemas sociais evidentes, além de um grave índice de exploração sexual de crianças e adolescentes.


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