Revista Habitus - Revista do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia
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Published By Pontifica Universidade Catolica De Goias -Puc Goias

1983-7798, 1678-6475

Author(s):  
Fernanda Codevilla Soares

Ou negamos o problema ou vamos ATERRAR! Segundo Latour (2020), mais do que ser esquerda-direita, liberal-conservador, global-local, a questão que nos polariza atualmente é o negacionismo-aterramento. No livro “Onde Aterrar? Como se orientar politicamente no Antropoceno”, o autor explica a questão e mostra como ela nos conduziu a essa encruzilhada. De forma didática, a obra aborda acontecimentos políticos extremamente recentes. Com uma linguagem acessível, sem citações no corpo do texto e evitando a densidade teórica característica ao autor, propõe-se uma radical reorientação política rumo ao terrestre. Nesta resenha, não realizarei uma síntese do livro. Proponho-me, antes, a discutir os principais conceitos que estruturam a obra e as suas ideias mais sensíveis acerca de como atualizar possibilidades coletivas (e híbridas) de existir no antropoceno .


Author(s):  
Fabíola Andréa Silva

No Brasil republicano, as políticas governamentais de desenvolvimento econômico – especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste – vêm sendo motivadas pela premissa da ocupação territorial como estratégia de expansão dos espaços produtivos, e caracterizadas por deslocamentos populacionais e exploração dos recursos naturais regionais. Neste texto pretendo mostrar como este colonialismo interno têm afetado a vida do povo indígena Asurini do Xingu – que vive na T.I. Koatinemo, estado do Pará – no que se refere à produção e uso de seus bens culturais. Ao mesmo tempo, quero ressaltar a importância de uma arqueologia da contemporaneidade, na região amazônica, tendo em vista as múltiplas questões que são subjacentes ao problema da mudança climática.


Author(s):  
Sílvia Helena Zanirato

O texto se volta para a análise de riscos ao patrimônio cultural edificado do período cafeeiro, encontrado em pequenos municípios do Vale Histórico Paulista, região que já teve cenários climáticos mapeados. A análise das condições atuais dos bens, associadas às projeções das mudanças climáticas, indica a necessidade de medidas adaptativas, de modo a conter os perigos que se colocam para o conjunto patrimonial


Author(s):  
Diogo Menezes Costa

O tempo, o espaço, e a materialidade do sítio ecoarqueológico histórico e patrimônio nacional Engenho do Murutucu – Belém – PA, são interpretados como palcos de um ensaio filosófico sobre a fauna e flora da Amazônia colonial e pós. Partindo de um possível diálogo entre o Perspectivismo Ameríndio e a Teoria Ator-Rede, propõe-se aqui uma ecoarqueologia formada pelos não-humanos, passados e presentes, do e no sítio ecoarqueológico. Onde espectros como o naturalismo ético e a especiação alopatrica, emergem em ressonância com imensos coletivos formados por quase-objetos, quase-sujeitos e híbridos actantes, com forma e função não simétricas para com os bens culturais e naturais.


Author(s):  
Francisco Octávio Bittencourt de Sousa

O texto foi escrito seguindo o método crítico histórico guiado pelos paradigmas da história ambiental acrescidos de reflexões antropológicas, e está interessado pelas formas como as sociedades concebem o meio ambiente e como mobilizam suportes mentais e materiais na relação com as naturezas. Buscou-se os elementos estruturantes da visão de Couto de Magalhães (1837-1898) a respeito da bacia hidrográfica do Tocantins-Araguaia, sua flora, fauna e a repertório cultural que orientou as reflexões naturalistas e econômicas desse militar do Império. Em seguida, fora exposto o aparelho discursivo e as representações que Couto de Magalhães possuía a respeito do ambiente e da relação que humanos deveriam manter com o rio e com os não-humanos. Não se trata de uma biografia. Partimos de Couto de Magalhães para identificar o espaço destinado a questões ambientais no debate político do Império.


Author(s):  
Marcos Henrique Barbosa Ferreira
Keyword(s):  

O tema desse trabalho é o imaginário em torno do projeto de construção de Goiânia, a capital do estado de Goiás, no centro-oeste brasileiro. Interessa entender, na maneira como o projeto foi concebido e realizado, por atores e instituições vinculados ao Estado, a expressão de alguns dos problemas sociais presentes no cotidiano da cidade hoje. Em especial, tratarei a questão da segregação espacial, como reprodutora de desigualdades sociais que se situam tanto geograficamente no espaço quanto simbolicamente nas paisagens da cidade. A gravidade desse tema foi revelada por um estudo da ONU que aponta Goiânia como possuindo o maior índice de desigualdade social da América Latina e Caribe.


Author(s):  
Tiago Silva Alves Muniz ◽  
Alejandra Saladino
Keyword(s):  

O presente artigo visa refletir sobre o papel dos museus no presente e no futuro sobre diferentes noções de patrimônio e sustentabilidade. Considerando a função educativa dos museus, nos interrogamos sobre o papel dessas entidades no debate e na implantação de medidas e práticas de mitigação e/ou contenção dos danos decorrentes desse processo voltado para ações sustentáveis. Nosso objetivo é discutir sobre diretrizes e ações adotadas pelos museus com vistas a auxiliar no cumprimento dos objetivos da Agenda 2030, levando em consideração as realidades locais. O recorte da análise está centrado nos museus da cidade do Rio de Janeiro e o levantamento de dados partiu da plataforma Museus BR, do Instituto Brasileiro de Museus. Os resultados apontam compromisso com a sustentabilidade na forma de elaboração e implantação de ações socioambientais junto ao plano museológico.


Author(s):  
Luana Cristina da Silva Campos ◽  
Sandra Rafaela Magalhães Corrêa

Através da definição de conceitos chaves para a compreender a relação entre o campo do patrimônio cultural e os efeitos das mudanças climáticas, buscou se, no presente artigo, trazer reflexões sobre as peculiaridades, dificuldades e possibilidades relacionadas à criação de políticas públicas que garantam a salvaguarda dos bens culturais acautelados frente aos possíveis impactos provocados pelos efeitos das mudanças climáticas. Assim como partilhar os preceitos já utilizados nos instrumentos infralegais que configuram estruturalmente a forma como se dá a proteção atualmente, estabelecendo efeitos e restrições decorrentes. Finalizando com breves indicações de diretrizes que podem corroborar com a intersetorialidade na prevenção de desastres e na mitigação dos riscos decorrentes das mudanças climáticas


Author(s):  
Sibeli Aparecida Viana ◽  
Marlene C. Ossami De Moura

Author(s):  
Luana Cristina Da Silva Campos ◽  
Aline Vieira de Carvalho ◽  
Luciano Pereira da Silva

Por que devemos pensar sobre a temática das mudanças climáticas e os bens culturais? Ao longo dos últimos anos pudemos observar a recorrência de eventos climáticos extremos, como as tempestades torrenciais que destruiu o centro histórico de São Luís do Paraitinga-SP (2010), o tornado que atingiu o Museu de São Miguel das Missões-RS (2016), as queimadas no Parque Estadual de Monte Alegre - PA que atingiram as pinturas rupestres do Sítio Serra da Lua, no Pará (2019), entre outros efeitos que detêm relações com as mudanças observadas no clima, especialmente a partir do século XIX. Diante desses fatos, o vol. 19, n. 1 de 2021 da Revista Habitus traz o dossiê “Os bens culturais frente a mudança climática” como proposição do Comitê Científico Internacional sobre Mudanças Climáticas do ICOMOS – Conselho Internacional de Monumentos e Sítios – no Brasil, como forma de promover ações que visam reunir estudos e pesquisas que tratem dos efeitos da mudança climática sobre os bens culturais no Brasil.


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