Articulando e Construindo Saberes
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Published By Universidade Federal De Goias

2525-8303, 2525-4944

2021 ◽  
Vol 6 ◽  
Author(s):  
Maria do Socorro Pimentel da Silva ◽  
Alexandre Herbetta ◽  
Taís Pocuhto ◽  
Cintia Guajajara ◽  
Antônio Jukureakireu Boe ◽  
...  

Apresentamos percepções indígenas e não indígenas acerca do avanço da pandemia de Covid-19 em territórios originários. Da mesma forma, refletimos a partir de perspectivas originárias acerca do que se passa no mundo, dando destaque para o caráter das políticas públicas indigenistas e das práticas comunitárias originárias. Por fim, problematizamos a questão da disjunção entre natureza e pessoas na visão ocidental, focando na falta de espiritualidade presente nas práticas e condutas não indígenas.


2021 ◽  
Vol 6 ◽  
Author(s):  
Jaqueline Barbosa da Silva ◽  
Everaldo Fernandes da Silva ◽  
Maria Luciete Lopes ◽  
William Francisco da Silva

O presente trabalho enseja evidenciar um diálogo intercultural entre as cosmovisões dos/as artesãos/ãs do Alto do Moura - Caruaru/PE e do Povo Pankará, cuja percepção é resultado dos desdobramentos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência para a Diversidade (PIBID Diversidade), do projeto de pesquisa Professores Indígenas de Pernambuco: formação, pesquisa e prática pedagógica, das rodas de diálogo com os referidos ceramistas e, teoricamente, das lentes dos estudos pós-coloniais (ESCOBAR, 2003; MIGNOLO, 2007; MALDONADO-TORRES, 2007). A dinâmica do PIBID Diversidade, do Campus Agreste da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), tem assento, neste trabalho, nas práticas formativa e educativa do Povo Pankará e dos/as artesãos/ãs do Alto do Moura. Este caminho foi, paritariamente, construído em articulação com a Comissão dos Professores Indígenas de Pernambuco (COPIPE), os/as artesãos/ãs do Alto do Moura, os/as participantes indígenas do PIBID Diversidade e colaboradores/as vinculados à universidade. As estratégias metodológicas utilizadas filiam-se às perspectivas do movimento recursivo, rompendo com a linearidade colonialista das ações societárias que privilegiam os saberes escolares urbanocêntricos e governamentais. O acesso às cosmovisões do Povo Pankará e os contatos intersubjetivos dos/as artesãos/ãs do Alto do Moura revelaram as práticas educativas e a produção do conhecimento popular promovendo um olhar crítico-propositivo no e do grupo dos/as participantes indígenas e artesãos/ãs. Em ambos contextos, dos saberes indígenas e artesãos/ãs, as cosmovisões e formações distintas complementam-se, com assento, seja na valorização e respeito aos saberes tradicionais, seja, na oralidade e no cotidiano, cujas percepções e juízos de valor são herdados e transmitidos individual e coletivamente.


2021 ◽  
Vol 6 ◽  
Author(s):  
María Soledad Pérez López ◽  
Alejandra Arellano Martínez

No México, de acordo com a legislação vigente, entre as condições sociais necessárias para construir uma Nação nação efetivamente multicultural e multilíngue, vale destacar a disponibilidade de línguas indígenas nacionais para a população mexicana. Para isso, é fundamental que haja espaços de ensino e aprendizagem das línguas indígenas nacionais que ajudem a formar cidadãos bilíngues, tanto do sistema educacional como de fora dele. Este artigo visa dar conta de apresentar uma proposta de desenvolvimento de materiais didáticos como o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR) para o fortalecimento dos programas de ensino de línguas nacionais.


2021 ◽  
Vol 6 ◽  
Author(s):  
Sélvia Carneiro de Lima ◽  
Ludmila Stival Cardoso

Este texto objetiva discutir algumas formas de resistência indígena, particularmente, a literatura e a Utopia Chixi como alternativas de questionamento frente a lógica linear, vazia e dominadora do sistema-mundo moderno, colonial e ocidental que se impôs de forma violenta a partir da invasão das Américas, no século XVI. Para tanto, procura-se realizar uma discussão sobre o estabelecimento desse sistema-mundo no contexto em destaque e mostrar suas permanências na contemporaneidade, assim como, a re-existência indígena a partir dessas duas propostas de luta. Literatura e Utopia Chixi são aqui discutidas não como elementos excludentes, mas como possibilidades, nuances nesse confronto secular entre discursos e formas de vida diversas. Por isso, esse texto se apresenta como um primeiro apontamento na discussão a que se propõe, o que significa dizer que almejamos levantar o debate e instigar as discussões acerca das possibilidades e formas de resistência indígena frente a um projeto totalizante de domínio, simbolizado pelo sistema-mundo moderno, colonial e ocidental, de viés capitalista que se instituiu e agregou as Américas a parir do século XVI e que prossegue sob nova roupagem, mas baseado nos mesmos elementos estruturais: dominação territorial, progresso e desenvolvimento.


2021 ◽  
Vol 6 ◽  
Author(s):  
Beatriz Furlan Toledo ◽  
Camille Cardoso Miranda

Os estudos de documentação e descrição linguística são dois passos importantes para o fortalecimento, manutenção, preservação e revitalização de línguas, principalmente, daquelas que estão em ameaça, como é o caso de muitas línguas indígenas brasileiras. A tarefa de registrar uma língua compromete duas atividades básicas que se relacionam entre si, mas que têm objetivos diferentes: a documentação e a descrição linguística. O artigo apresenta algumas reflexões acerca da importância dos estudos de documentação e descrição para o fortalecimento e revitalização de línguas ameaçadas. São apresentados e discutidos exemplos de ações de valorização e revitalização de quatro línguas indígenas brasileiras (Kaingang, Nhandewa-Guarani, Xokleng/Laklãnõ e Krenak) com o objetivo de promover a valorização linguística e cultural dessas línguas, além de reafirmar a importância desses estudos para o conhecimento científico e de fenômenos linguísticos de línguas indígenas brasileiras.


2021 ◽  
Vol 6 ◽  
Author(s):  
Luiz Carlos Barbosa de Sá ◽  
Saulo Ferreira Feitosa

Este estudo trata de uma análise sobre o Projeto Político Pedagógico e o regimento escolar construídos coletivamente pelo povo Pipipã, localizado no Sertão do estado de Pernambuco, a fim de contribuir com o fortalecimento da identidade cultural do povo e seu processo de luta pela terra. O objetivo é compreender, por meio de pesquisa de campo, análise documental e TCCs, a práxis dos professores responsáveis pela consolidação do currículo intercultural indígena, a partir da valorização dos conhecimentos próprios. Os docentes Pipipã entrevistados relataram suas práticas nas quatro escolas localizadas no território e, na opinião deles, a formação inicial e continuada é fundamental para a aquisição de um pensamento crítico e politizado, dentro de uma dinâmica cultural. Os estudos empíricos sobre o movimento de resistência indígena Pipipã, por meio da educação escolar indígena, caminharam junto com a perspectiva do Pensamento Decolonial. Cada projeto político pedagógico desenvolvido para as escolas Pipipã orienta como os docentes devem trabalhar a formação dos futuros guerreiros e guerreiras, considerando alternativas para superar as tensões entre os conhecimentos originários do povo e as epistemologias impostas.


2021 ◽  
Vol 6 ◽  
Author(s):  
José Ramón Flecha ◽  
Alfonso Rodríguez Oramas
Keyword(s):  

Há décadas, a pedagogia crítica tem apontado a importância da profissão docente para contribuir com a superação das desigualdades, principalmente quando concebida de forma crítica, científica e libertadora. No entanto, as dinâmicas burocrática e bancária que prevalecem em nossos sistemas educacionais contribuem para o desencanto, a apatia e a progressiva perda de sentido dos professores em relação à profissão, o que compromete o impacto da educação na transformação das realidades sociais. As tertúlias pedagógicas dialógicas que consistem em espaços de formação baseados na aprendizagem dialógica onde os professores acessam as evidências científicas do impacto social das ações educativas permitem contrariar esta situação. Pesquisas anteriores estudaram o impacto dessa ação educativa na Espanha, mas até agora sua eficácia em contextos como a América Latina não foi investigada. Assim, este artigo contribui para preencher essa lacuna ao analisar sua transferência para professores de escolas na região rural de Huauchinango, na Serra Norte do México. Por meio de entrevistas semiestruturadas com abordagem comunicativa aos professores da região, este estudo investiga como as tertúlias pedagógicas dialógicas têm contribuído para que os professores de Huauchinango recuperem o sentido transformador da educação e se reencantem na profissão docente que repercute positivamente na sua prática educacional, nas escolas onde atua e seu bem-estar pessoal.


2021 ◽  
Vol 6 ◽  
Author(s):  
Camila Nogueira

O presente artigo reflete o uso de textualidades de matrizes ameríndias no processo de ensino e aprendizagem de história e cultura indígenas, tendo em vista que as representações de povos indígenas do território brasileiro estão presentes em diferentes memórias, nas dos próprios indígenas e na dos não indígenas. Como exemplo é possível sublinhar a de missionários europeus; a literatura (romances, poemas); registros de viajantes do século XIX, cinema nacional, livros didáticos de história, documentos oficiais do Estado brasileiro, entre outros textos que representam um conjunto de interpretações que a partir dos seus enredos e lógicas discursivas influenciam os leitores no processo de “compreensão”, por conseguinte, no reconhecimento das diversidades, complexidades e participações históricas das sociedades indígenas. Em razão disso, será utilizado e ressaltado o uso de produções de intelectuais e escritores contemporâneos indígenas como ferramenta para transversalização de olhares e narrativas com distintos vínculos de expressões. Considerando-se, ainda, que as textualidades de matrizes ameríndias podem simbolizar aporte na troca de saberes entre diferentes grupos étnicos sociais, descentralizando, assim, interpretações que excluíram historicamente diferentes sujeitos e grupos sociais.


2021 ◽  
Vol 6 ◽  
Author(s):  
Charles Brito

El artículo reflexiona sobre la interculturalidad en el Proyecto Educativo Comunitario de la Institución educativa Francisco de Orellana, en la comunidad Ticuna ribereña de Macedonia (Departamento de Amazonas, Colombia). Las referencias teóricas son las de interculturalidad crítica y la descolonialidad. El abordaje del campo fue etnográfico, desarrollado con jóvenes, adultos y maestros, a través de entrevistas, cuestionarios y observaciones de diarios de campo. Como conclusión, el artículo enfatiza que la interculturalidad tiene una cualidad sustantiva que facilita las relaciones con el estamento, una cuyo agregado hace que la escuela parezca un enclave occidental. Sin embargo, la interculturalidad, en su perspectiva crítica, puede revertir la situación, ya que ayuda a que la escuela se dé cuenta de sus capacidades para interculturalizar desde la práctica pedagógica, permitiendo así, enriquecer una educación propia desde la cual es posible el equilibrio de saberes.


2021 ◽  
Vol 6 ◽  
Author(s):  
Kanari Karaja

O artigo tem como base o conhecimento intracultural e intercultural, transdisciplinar, que se fundamenta através de temas contextuais escolhidos por mim a partir do terceiro ano do Curso de Educação Intercultural de Formação Superior de Professores Indígenas da UFG. Esse curso tem duração de cinco anos, sendo que os dois primeiros anos o aluno estuda na matriz básica e depois entra na matriz específica. Nela, o aluno começa a fazer estágios de I até VI, sendo que o estágio VI é para fazer relatório geral dos estudos e práticas feitas no estágio. Neste relatório, apresento nossos desafios, conquistas e inovações. Durante o período do estágio, adquiri muitos conhecimentos, meus/minhas alunos/as aprenderam a fazer pesquisa, ou seja, aprenderam buscar conhecimentos. Isto é bem semelhante ao modo próprio como as crianças aprendem na nossa comunidade.  Nesses cinco anos de estudos, fiz também a pesquisa e a documentação do projeto extraescolar para conclusão do curso. O projeto extraescolar é feito na minha língua e é parte dos nossos saberes.


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