Revista de Arqueologia
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Published By Revista De Arqueologia Da Sab

1982-1999, 0102-0420

2021 ◽  
Vol 34 (1) ◽  
pp. 89-109
Author(s):  
Robson Rodrigues ◽  
Marcel Mano ◽  
Aurelino José Ferreira Filho
Keyword(s):  

Acervos arqueológicos resultantes dos resgates realizados nas décadas de 1980-90, na bacia do rio Araguari, Minas Gerais, se constituem em uma expressiva coleção que não recebeu tratamento e destinação adequados. Um grande esforço coletivo está permitindo, porém, a realização de algumas reflexões dessa coleção em relação a um trabalho transdisciplinar para a constituição do MAnA-UFU. Para ilustrar esse esforço, neste artigo o exercício será de, por um lado, cotejar parte desse material com fontes documentais; e, por outro, indicar os possíveis diálogos e apropriações de acervos musealizados por parte das populações indígenas atuais. Se bem-sucedida, essa tentativa abrirá possibilidades de pesquisas, gestão e guarda desse acervo na perspectiva dos diálogos, num movimento que gera elementos e sentimentos de pertencimento.


2021 ◽  
Vol 34 (1) ◽  
pp. 110-125
Author(s):  
Luciana Peixoto ◽  
Tamara Oliveira

No ano de 2020, o Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia/LEPAARQ, da Universidade Federal de Pelotas, está completando exatos vinte anos de existência. Nosso objetivo neste trabalho é entregar ao público um breve histórico referente ao seu processo de consolidação, ao longo dos últimos anos, por meio de uma perspectiva técnica adotada para a gestão de acervos arqueológicos na instituição. Queremos, ainda, compartilhar com a comunidade acadêmica e a sociedade em geral as dificuldades e os êxitos até aqui alcançados. Para isso, buscamos explicitar alguns desses processos, a fim de fortalecer a rede de pesquisa em gestão de acervos arqueológicos, a partir de nosso relato e compartilhamento de experiências.


2021 ◽  
Vol 34 (1) ◽  
pp. 177-195
Author(s):  
Carlos Xavier de Azevedo Netto ◽  
Conrad Rodrigues Rosa ◽  
Thiago Fonseca de Souza

O meio físico nos permite compreender a paisagem e as formas, processos de ocupação de grupos pretéritos. Na perspectiva da Geoarqueologia, o ser humano apreende o espaço conforme o uso do meio físico modificando-o, com a adaptação e processos de manufatura de instrumentos a e formação de sítios, o que implica em transformação e transição cultural. O artigo organiza informações dos assentamentos pré-coloniais de Camalaú. Metodologia de caracterização geoarqueológica, elaboração de SIG e execução de cartas temáticas. Possibilita perceber as estratégias de ocupações, que levam em consideração as formas de relevo e a posição geográfica em relação ao Norte magnético. Essas escolham permitem a compreensão das estratégias de ocupações pré-coloniais nos Cariris Velhos.


2021 ◽  
Vol 34 (1) ◽  
pp. 152-176
Author(s):  
Roberto Bracco Boksar ◽  
Christopher Duarte ◽  
Ofelia Gutiérrez ◽  
Daniel Panario

Neste artigo são apresentadas evidências que nos levaram a propor que os cerritos da região India Muerta - Paso Barranca, ao sul da bacia da Lagoa Mirim, originaram-se, principalmente, como consequência do uso recursivo do espaço para fazer fornos de terra, analogamente aos oven mounds australianos. Tendo isso em vista, discutimos neste estudo: 1) as características e o registro arqueológico de fornos de terra; 2) a viabilidade da produção de cerritos; 3) os recursos vegetais potenciais que, em conjunto com outros, teriam sido processados neles; e 4) as circunstâncias que levariam à aquisição desta tecnologia fornos de terra. Para concluir, revisamos as evidências que sustentam a hipótese proposta aqui e o escopo da analogia juntamente com a mudança de perspectiva gerada pela percepção dos cerritos vistos como uma consequência do acúmulo secular de detritos causados pelo comportamento cotidiano.


2021 ◽  
Vol 34 (1) ◽  
pp. 288-291
Author(s):  
Pedro Da-Gloria

O livro “Por uma arqueologia cética: Ontologia, epistemologia, teoria e prática da mais interdisciplinar das disciplinas”, escrito por Astolfo Araujo, busca contemplar os princípios teóricos e práticos da arqueologia e sua relação com outras áreas do conhecimento, através de  uma escrita crítica, reflexiva e argumentativa sobre importantes tópicos do fazer arqueológico, trazendo visões contundentes e, em alguns trechos, carregadas de experiência pessoal do autor. O texto é voltado a um público de profissionais da arqueologia, mas é suficientemente claro e acessível a um público acadêmico mais amplo. O autor dialoga intensamente com a filosofia da ciência, biologia evolutiva e geologia, adotando uma ontologia materialista e uma perspectiva histórica e científica da arqueologia. Ainda, essa obra traz à tona uma vertente teórica chamada arqueologia evolutiva, que tem sido pouco trabalhada em contexto nacional. O livro é dividido em cinco capítulos e uma conclusão.


2021 ◽  
Vol 34 (1) ◽  
pp. 18-44
Author(s):  
Tallyta Suenny Araujo da Silva

O artigo objetiva refletir sobre a tecnologia lítica na Serra Leste Carajás como uma forma de habitar a paisagem conforme a perspectiva ingoldiana. Assim, ao habitar as paisagens, as pessoas realizam diferentes tarefas, que deixam vestígios nos espaços habitados, e, consequentemente, essas atividades realizadas contribuem para a formação das paisagens nas quais essas pessoas estiveram. A partir dessa base teórica, será feita uma breve revisão bibliográfica das pesquisas sobre indústrias líticas realizadas na região de Carajás e, posteriormente, será apresentado o estudo de caso da indústria lítica do sítio Serra Leste 1, localizado na Serra Leste de Carajás, a fim de caracterizar a taskscape lítica existente nesse sítio.


2021 ◽  
Vol 34 (1) ◽  
pp. 71-88
Author(s):  
José Roberto Pellini

Em contraposição aos modelos representacionistas, presentes na Arqueologia, proponho abordar as imagens presentes nos sítios Céu Estrelado e Família, localizados em Canindé do São Francisco, Sergipe, a partir de um entendimento relacional do mundo, em que as categorias de seres não são preestabelecidas e sim fluidas, como resultado de cortes agenciais em processos de intra-ação. Dentro desse contexto, tentemos realizar um exercício interpretativo e imaginar, por exemplo, que as imagens representam não figuras bidimensionais estáticas, ou representações simbólicas, mas seres não-humanos sencientes, algo que poderíamos chamar de gentes-rocha. Muito mais que verdades, este artigo propõe um exercício e uma provocação.


2021 ◽  
Vol 34 (1) ◽  
pp. 196-216
Author(s):  
Glauco Constantino Perez ◽  
Renan Pezzi Rasteiro ◽  
Fabiana Terhaag Merencio ◽  
Isabela da Silva Müller

Este artigo revisita estudos específicos realizados nos últimos anos, selecionados com o intuito de compreender como os pesquisadores realizaram as análises em cerâmica arqueológica brasileira, sendo este um dos principais marcadores culturais conhecidos na disciplina. Para tanto, realizamos um levantamento bibliográfico com intuito de reunir trabalhos realizados nessa temática. O levantamento identificou a autoria e os métodos da análise cerâmica aplicados. Isso nos permitiu rastrear quais métodos foram utilizados para a análise de cerâmica e, por sua vez, o viés interpretativo ligado aos trabalhos. Esperamos que a partir deste artigo a comunidade científica se atente para os métodos aplicados à pesquisa, com o intuito de aprofundar as análises e permitir novos tipos de inferências sobre as populações ceramistas.


2021 ◽  
Vol 34 (1) ◽  
pp. 249-270
Author(s):  
Jelly Juliane Souza de Lima ◽  
Denise Maria Cavalcante Gomes

Este artigo apresenta uma discussão acerca das atitudes dos vivos em relação aos mortos, com base na análise dos artefatos cerâmicos e seus arranjos espaciais, indicadores de rituais funerários relacionados aos sítios arqueológicos Laranjal do Jari I e II, antigas aldeias localizadas no sul do Amapá, que datam por volta dos séculos VIII a XV AD. As estruturas de deposição cerâmica revelaram a presença dos conjuntos cerâmicos Jari e Koriabo. A partir da análise tecno-funcional da cerâmica e associações com contextos de deposição e sepultamentos, sugerem-se formas de sociabilidade e concepções sobre vida e morte dessas sociedades pré-coloniais que diferem das noções de afastamento dos mortos e construção de novas identidades, comuns à maior parte das populações indígenas contemporâneas.


2021 ◽  
Vol 34 (1) ◽  
pp. 271-287
Author(s):  
Tatiane de Souza ◽  
Vagner Carvalheiro Porto

O estudo da micromorfologia do solo é uma ferramenta útil para detectar materiais arqueológicos que os arqueólogos não conseguem avistar nas escavações. O objetivo deste artigo é revelar vestígios de ocupação humana a partir de uma análise micromorfológica. Os resultados são derivados da produção de seções delgadas que descrevem materiais de duas áreas diferentes do sitio, denominadas unidades de escavação D18 e G6, referentes às áreas norte e sul, e apontam para a existência de um solo antropogênico com formação de fogueiras. Conclui-se que o sedimento formado é uma mistura de areia, cinza, madeira e argila, que foi depositado em longos períodos e é derivado da ocupação humana e da deposição natural.


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