Pontos de Interrogação — Revista de Crítica Cultural
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Published By Revista Pontos De Interrogacao

2237-9681

Author(s):  
Camila Araújo Gomes ◽  
Rachel Esteves Lima

Censurado na República Popular da China, o romance distópico Os anos de fartura (2009), do autor chinês Chan Koonchung, apresenta críticas pungentes ao acelerado e, às vezes, contraditório processo de modernização socialista, instalado no país continental desde 1949. A fim de compreender como a nação chinesa é imaginada por Koonchung, o artigo objetiva analisar uma China ficcional relativamente futurista, ambientada no ano de 2013, na condição (aparente) de um país próspero e harmônico, cuja imagem otimista consolidou-se depois da ocorrência do “tsunami financeiro de 2008” que, exclusivamente, arrastara os países capitalistas liderados pelos Estados Unidos da América do Norte para uma grande crise. A investigação visa, também, debruçar-se sobre algumas questões geopolíticas sobre a China, cujo sistema político e econômico é pragmaticamente rotulado, pelo PCC, como “socialismo com características chinesas” e, por vozes discordantes ao Partido, como uma autocracia socialista, concepções que nutrem politicamente a discussão presente nas entrelinhas da ficção científica mencionada. Nesse sentido, o romance tensiona a qualidade democrática da China atual, fazendo menção aos desafios geopolíticos que interferem no crescimento econômico do país. Seria, então, a China na contemporaneidade, uma China do passado? Essa é a pergunta crucial que ecoa na mente dos leitores de Os anos de fartura e que este trabalho pretende discutir.


Author(s):  
Paulo Manuel Gomane Cochole

Como lidar com um modo de pensar secular quem ao longo da história do pensamento cientifico e filosófico, colocou o Pensar e o Ser Africano à margem dos cânones da razão universa? Nossa asserção é de que a principal caraterística de qualquer saber filosófico é o pensamento. Saber lidar com a normatividade epistêmica, com a justificação, racionalidade e razoabilidade é uma condição de possibilidade que permite qualquer povo produzir um pensamento com pretensão à verdade. A desobediência epistêmica deve ter sempre como fundamento uma injustiça epistêmica, qualquer que seja. O pensamento “africano brasileiro” é, atualmente, essa ponte necessária para minimização de uma injustiça hermenêutica secular, através de um diálogo intercultural, formado por teias epistêmicas tecidas quase sempre entre as fronteiras de pensamento global e local. Um lugar de escuta Inter-Faceada.


Author(s):  
Ana Lígia Leite e Aguiar

Este trabalho procura fazer uma breve apresentação dos povos originários da África do Sul, os San e os Khoekhoen. Focando na análise de verbetes e de expressões cunhadas por uma historiografia clássica, pretende-se analisar de forma crítica os modos como tais povos foram descritos ao longo dos anos. O termo genérico “Khoisan”, que abarca vários grupos indígenas do sul da África, servirá como ponto de mediação para se compreender o entrelaçamento de grupos distintos ao longo dos séculos.


Author(s):  
QIAO Jianzhen 乔建珍

Como um dos membros importantes dos Institutos Confúcio (ICs) globais, os ICs nos países de língua portuguesa contribuíram muito para o intercâmbio entre a China e estes países nas áreas de educação, cultura, economia, diplomacia, etc. Este artigo começa com as informações básicas dos ICs globais, faz uma breve introdução de todos os ICs/CCs (Confucius Classroom) nos últimos catorze anos, tentando cobrir as influências dos ICs em diferentes partes de seu trabalho. No final, são dadas sugestões para o desenvolvimento futuro destes ICs/CCs para que os ICs/CCs contribuam mais para ajudar a melhorar a influência internacional da China e ajudar na construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.


Author(s):  
Edição Completa

Edição Completa


Author(s):  
Evelina Hoisel

Esta leitura procura refletir sobre os investimentos intelectuais e afetivos de Boris Schnaiderman que movimentam os trânsitos culturais Brasil e Rússia, Verifica-se como a sua trajetória de tradutor intercultural desenvolveu-se no sentido de construir pontes de longo alcance que, com o passar dos anos, constituíram-se como um entrelugar marcado pelo saber e pela afetividade que passa a permear esses contatos. Observa-se também como Jerusa Pires Ferreira contracena com Boris Schnaiderman outra potente face das traduções culturais Brasil-Rússia, pelo viés da oralidade, dedicando-se ao estudo do conto russo no sertão baiano e construindo teias culturais duplamente marcadas pelo saber e pela afetividade.


Author(s):  
Marinela Freitas

O presente ensaio reflete sobre o espaço de encenação do masculino na poesia de Ana Luísa Amaral. As “vozes travestidas” ou declinadas no masculino oferecem a possibilidade de descobrir novas “gramáticas do olhar”, que permitem à poeta ocupar o lugar do Outro, (re)criando-o e transformando-o, ao mesmo tempo que se exploram os complexos trânsitos entre o masculino e o feminino, os eu e o(s) outro(s), a realidade e a ficção.


Author(s):  
Ana Rita Santiago
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A produção literária de escritoras negras no Brasil e africanas de Moçambique tem sido marcada por um árduo exercício de dessilenciamento de suas vozes autorais e visibilização de suas tessituras literárias. Diante disso, este artigo objetiva refletir sobre modos de (re) existências das autoras desses países. Propõe-se ainda discutir como em suas escritas elas (re) criam possibilidades de sentidos de vida, contrapondo-se às narratividades, demarcações, geografias e práticas que lhes fixam em “lugares” de subjugações e interdições. Apresentam-se, neste texto, leituras descritivo-interpretativas de algumas de suas dicções literárias para compreensão de como elas forjam os significados e dobras de (re) existir, criar mundos, caminhos e resistência.


Author(s):  
Anderson Bastos Martins
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Este artigo procura apresentar o pensamento de Nadine Gordimer acerca do papel que a população branca sul-africana poderia desempenhar quando as nações africanas, incluindo o seu próprio país, se tornassem independentes das potências coloniais europeias. Com base em duas produções ficcionais da autora e dois de seus ensaios mais conhecidos, procuro investigar a questão delineada anteriormente por meio da análise de como essa tese se desenvolveu na obra da autora num intervalo de quarenta anos de sua carreira. Estas reflexões buscam contextualizar a questão étnico-racial específica da África do Sul enquanto cenário ficcional e biográfico de Nadine Gordimer bem como expandir a questão para os debates identitários contemporâneos.


Author(s):  
Geri Augusto

Este ensaio fotográfico, parte de um projeto maior intitulado “Espaços históricos, deuses hierárquicos”, usa a metodologia da autora de uma caminhada epistêmica para argumentar visual e textualmente a importância do conceito de geografias negras para estudos da África e da diáspora que interrogam e exploram espacialmente, bem como temporalmente, uma série de questões, incluindo histórias e memória pública da escravidão, a estética embutida nas contra-paisagens negras, o lugar da ancestralidade nas religiões afro-diaspóricas, e as manifestações globais do anti-racismo negro contemporâneo.


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