REBOBINE POR FAVOR! SER ALTERO? OU ESTAR ALTERO? A ALTERIDADE COMO PROCESSO CONSTITUINTE DO ETHOS HUMANUS

Hábitos de intolerância e do não reconhecimento das diferenças interpessoais, tem se amenizado no decorrer dos processos históricos, entretanto, atitudes de desrespeito e preconceito ainda coexistem, criando assim uma égide do “EU”, que está presente em todas as esferas, sejam elas religiosas, políticas, econômicas e culturais, sendo que esse diferencialismo está patente nesses contextos e que carecem ser pensado a partir de atos recíprocos de tolerância. Este artigo utiliza enquanto objeto de estudo a alteridade, suscitando como ferramenta preponderante no auxílio da resolução de inúmeros empasses que ocorrem socialmente e que caracterizam o individualismo e hedonismo. Afim de ter um esclarecimento da temática em voga, o presente artigo se utiliza dos pressupostos de Martin Buber, Emanuel Levinas, Alan Touraine, Gilles Lipovetsk, entre outros.

TEOLOGIA DA MISSÃO INTEGRAL:

O presente artigo visa abordar as principais características da Teologia da Missão Integral (TMI), bem como se busca evidenciar quais as influências que a mesma pode exercer sobre a igreja, e também sobre a sociedade. Para tanto, foi feito uma pesquisa em literaturas e artigos que abordam esta temática, o que permitiu descortinar e compreender com mais detalhes os aspectos vitais da TMI para o contexto hodierno no Brasil; cabendo destacar que houve uma inquietação ao escrever o artigo em expor dados mais concretos das ações práticas deste, que tem sido chamado por alguns de um “repensar do modo de fazer missões”. Ao final, conclui-se por meio de dados retirados de aplicações práticas, que a Teologia da Missão Integral tem valor inestimável para a população, seja igreja ou sociedade. O artigo ficou dividido de forma que foram apresentados os conceitos amplos de missão cristã, sendo expostas as bases da Teologia da Missão Integral, tais como a Fraternidade Teológica Latino-americana (FTL) e o Pacto de Laussane; em seguida foram estudadas as particularidades da Teologia da Missão Integral e seus principais teólogos. O anseio dos oprimidos ganhou destaque no artigo, e por fim foram expressos os elementos mais práticos do uso da TMI na sociedade e na igreja, o que permitiu conclusões mais concretas e fundamentadas.

UMA ABORDAGEM ECOTEOLÓGICA DE GÊNESIS 1.27 E 2.15:

O presente trabalho vem estabelecer um diálogo entre a teologia e a ecologia a partir da análise das passagens bíblicas de Gênesis 1.27 e 2.7 e a inserção do teólogo/da teóloga no contexto desta realidade. Este encontro faz emergir como resultado a ecoteologia, onde a teologia se encontra com a natureza e a ecologia, de onde vem construir um pensamento não de partes isoladas na cultura atual, mas se preocupa com a interação entre as partes, as quais podem interferir na ética cristã. Ela aborda a inter-relação entre os valores a conservação do meio ambiente, como a sustentabilidade, e o poder da dominação humana, com seu consumismo. Resumindo o papel da ecoteologia é criar uma consciência ambiental e levar a uma reflexão religiosa, relacionar o homem/a mulher e a terra, objetos da criação de um ser sobrenatural, ou melhor, a ecoteologia aborda a vida. Assim, o trabalho vem levantar a importância da ecoteologia na vida cotidiana cristã, sendo o ser humano um ser racional e gerador de impactos para si próprio e todo o ecossistema. Portanto o artigo reflete sobre o papel do teólogo/ da teóloga como propagador/propagadora da educação ambiental, sendo considerado como um importante gerador de influências. Os textos bíblicos abordados vêm refletir o pensamento do ser humano como administrador/a do planeta Terra, cuja função se torna equilibrar o desenvolvimento da humanidade com a preocupação e proteção acerca do meio ambiente, garantindo a salubridade do planeta para as futuras gerações.

EDUCAÇÃO E A PERSPECTIVA DO ENCONTRO–DIÁLOGO

Reflete acerca da educação na perspectiva do encontro-diálogo. Tem como objetivo apresentar as dimensões da educação, delimitada nos aspectos do encontro-diálogo consigo mesmo, com o outro, com o transcendente e com a natureza, a fim de somar positivamente no debate acerca dos desafios das práxis educativas, tendo em conta as diversidades. O texto nasce de uma inquietação pessoal, ao constatar, no cotidiano do fazer/viver educativo e nos seus resultados na vida comum de cidadãos e cidadãs, educadores/as e educandos/as, que a habilidade do encontro-diálogo é pouco desenvolvida, e, portanto, carregada de conflitos a serem superados. O texto-discurso foi construído com base nas leituras e hermenêutica de textos que discutem a educação focada na humanização e libertação da pessoa humana, atento aos aspectos antropo-teo-ecológico-culturais. Finalmente, aponta-se para horizontes que possam contribuir no devir de um ensino-aprendizagem consciente das identidades da pessoa humana: dialógica-transcendental-ecológica.

DIVERSIDADE RELIGIOSA E PENTECOSTALISMO NA AMAZÔNIA:

Falar de diversidade religiosa e/na Amazônia traz dois grandes desafios científico-acadêmicos: primeiro, a área natural-geográfica é imensa e, segundo, esta região apresenta uma enorme complexidade cultural e religiosa. Por isso, este artigo pretende apenas fazer algumas reflexões histórico-sócio-antropológicas sobre a presença e a dinâmica religiosa do protestantismo-pentecostalismo na Amazônia. O objetivo é discutir as dinâmicas históricas e registar, etnograficamente, as manifestações de movimentos missionários e de igrejas (neo) pentecostais, materializadas no forte processo de conversão e evangelização de comunidades tradicionais - indígenas, ribeirinhos, caboclos e populações peri-urbanas.

ESCRITAS BATISTAS:

A escrita da história das Igrejas Cristãs foi, durante muito tempo, uma escrita de si, nascida das mãos de religiosos investidos da tarefa de produzir uma versão dos fatos inundada pela noção de providência e, logo, favorável aos agentes oficiais de cada denominação. As recentes investigações nesse campo se dedicaram majoritariamente, no entanto, a problematizar a historiografia católica, sem muita atenção aos meios evangélicos. Explorando essa lacuna, o presente trabalho discute duas obras de José dos Reis Pereira, buscando compreender os mecanismos utilizados por esse pastor/ autor para construir uma memória institucional da Igreja Batista no Brasil.

APOCRIFICIDADE E CANÔN:

O artigo apresentará o livro Pastor de Hermas, citado em obras de importantes figuras da Igreja Antiga, como Irineu e Clemente de Alexandria, mostrando como possuiu certa autoridade até ser taxado como apócrifa durante o papado de Gelásio, no século V. Neste paper apresentar-se-á o tratamento dado ao Pastor de Hermas, se interpretará suas posições religiosas e, por fim, observar-se-ão as preocupações ascéticas e as relações sócio-religiosas entre os pobres e ricos que também aparecem na carta canônica de Tiago.

SABEDORIA, SUAS VERDADES SÃO NECESSÁRIAS:

Trata-se de relatar um estudo sobre o conceito de Sabedoria pelo viés agostiniano, como também, as implicações da abordagem agostiniana em uma relação direta entre sabedoria, a ética cristã e a ciência. Analisaremos a sabedoria agostiniana como um caminho em direção a Beatitude, observando qual sua pertinência ontológica enquanto substância metafísica localizada acima da alma e abaixo de Deus, compreendendo o conceito de Sabedoria por sua origem divina, ao alcance de todos, imputando ao homem um conhecimento substancial para livrá-lo das perturbações terrenas.

A REPRESENTAÇÃO DO SAGRADO NO ROMANCE CHUVA BRANCA, DE PAULO JACOB

Chuva branca, o mais famoso romance de Paulo Jacob, é uma porta de entrada para o encontro com a Amazônia e com a forma com que ela encara e vive a religião e o sagrado. Por meio de Luis Chato, o representante coletivo do homem deste espaço, o romance mostra que a Amazônia, em especial aquilo que no trabalho eu chamo de a “Terceira Amazônia”, possui uma maneira peculiar de viver a sua religiosidade. Baseado no sincretismo religioso que veio a se formar a partir da religião cristã e da tradição indígena, o homem deste espaço clama por todos os santos, deuses e entidades mitológicas que podem lhe auxiliar. O trabalho ressalta, ainda, o fato de o seu autor, Paulo Jacob, judeu e de tradição monoteísta, ter conseguido retratar, com realidade, esse aspecto da religiosidade amazônica.

AS ORIGENS DA ESPIRITUALIDADE CRISTÃ:

Entendendo que a espiritualidade pode ser encarada como um estilo de vida para toda pessoa cristã. Podemos afirmar que a espiritualidade cristã se desenvolve, entre outras maneiras, mas principalmente, como resultado da representatividade do texto neotestamentário destacando-se como ponto de partida para a origem e o desenvolvimento da temática em questão. Portanto, apresentamos esta pesquisa que tem como objetivo propor uma análise bíblico-teológica, em perspectiva cristã, da espiritualidade, apresentando apontamentos a partir do contexto do Segundo Testamento, onde destacamos a vida de Jesus, dos apóstolos e da primeira Igreja apontando sugestões para superação dos desafios para uma espiritualidade para a Igreja nos dias de hoje. Desta forma, esta pesquisa pretende analisar a espiritualidade como algo inerente ao ser humano, e abrir um horizonte mais amplo para a compreensão da genuína espiritualidade cristã.