Revista UFG
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Published By Universidade Federal De Goias

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Revista UFG ◽  
2021 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
José Rafael Madureira

A Extensão Universitária tem um papel fundamental na gestão e fomento de ações de Cultura e Arte. Se levarmos em consideração o declínio do espírito lúdico e o avanço do racionalismo tecnicista e utilitarista no campo da Educação (básica e superior) iniciado no Brasil em meados de 1960, a Extensão Universitária surge como último refúgio de um processo denominado “formação cultural” (Bildung) que, através da articulação entre Cultura e Arte, poderá garantir uma formação (educação) mais ampla, mais ativa, mais dialógica e de forte caráter estético. Este artigo tem como escopo tecer algumas breves considerações históricas e filosóficas sobre esse problemático quadro e reivindicar o lugar da Cultura e da Arte no debate institucional (gestão universitária) e – mais propriamente – na formação acadêmica dos estudantes.


Revista UFG ◽  
2021 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Mariel Mayer Pilarski ◽  
Ana Paula Myszczuk ◽  
João Henrique de Souza Arco-Verde

O ano de 2020 foi marcado pela pandemia de Covid-19 e a necessidade de adoção de medidas que impedissem o avanço do vírus. A educação básica, enquanto direito social, posto na Carta Magna (BRASIL, 1988), teve que ser rapidamente adaptada, para evitar pioras de cenários. Crianças e adolescentes não mais poderiam frequentar presencialmente os ambientes escolares, diante da possibilidade de alastramento da patologia. Assim, o uso de tecnologias foi aprovado pelo Ministério da Educação, referendando o parecer do Conselho Nacional de Educação, autorizando o uso por 30 dias ou enquanto a pandemia durasse ( BRASIL, 2020). Soluções tecnológicas foram utilizadas e foi necessário o rompimento e redimensionamento de um dos principais paradigmas dessa área: professor e aluno devem estar presencialmente no mesmo local e ao mesmo tempo. Aliado a isto, o cenário de desigualdades foi escancarado, pois o acesso à internet e a computadores/smartphones não é igualitário (DOS SANTOS JUNIOR, DA SILVA MONTEIRO. 2020) e da metade dos brasileiros não os tem (COUTO, COUTO, CRUZ. 2020). A partir do cenário de exclusões evidenciado pela pandemia de Covid-19, questiona-se a necessidade de repensar inúmeros paradigmas postos para a concretização do direito à educação. Tendo como objetivo geral ordenar as principais motivações de excludentes do direito à educação, com base no referencial teórico, e como objetivos específicos apontar possíveis soluções para dar maior efetividade à educação durante a crise sanitária, bem como descrever o cenário macro de acesso (ou não) as tecnologias. Sendo esta pesquisa de natureza aplicada, qualitativa, descritiva, utilizando como procedimento levantamento bibliográfico e documental. Palavras-chave: Direito à educação. Pandemia. Tecnologia. Mudança. Paradigma.


Revista UFG ◽  
2021 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Alice Fátima Martins ◽  
Valéria Fabiane Braga Ferreira Cabral ◽  
Bárbara Stela Oliveira

Este artigo aborda o papel dos projetos de extensão na formação docente em artes visuais, tomando como referência o projeto de extensão “Redário das Artes: diálogos e experimentações afetivas”, desenvolvido nos anos de 2020 e 2021. O projeto Redário das Artes contou com o protagonismo discente do curso de Artes Visuais/Licenciatura da Universidade Federal de Goiás (UFG). Seu objetivo foi estabelecer conexões, tecendo redes de relações com a comunidade, incluindo artesãos, artistas e professores. Nesses termos, constituiu-se espaço laboratorial de experimentações sensíveis e processuais, construído a partir da interação em plataformas digitais. Tais práticas viabilizaram a construção de saberes de modo mais horizontalizado, nas dinâmicas envolvendo docentes, discentes e agentes culturais da comunidade.


Revista UFG ◽  
2021 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Ludmila Moreira Macedo de Carvalho ◽  
William Conceição de Jesus

Este relato apresenta reflexões a partir das atividades do Projeto de pesquisa e extensão Cinececult em um contexto atípico diante do cenário de distanciamento social provocado pela pandemia mundial do Coronavírus. Diante disso, foram realizadas algumas adaptações para tornar possível a experimentação e sistematização de métodos pedagógicos em cinema e educação para se articular ao contexto pandêmico e garantir trocas sensíveis e epistêmicas eficazes. Uma dessas adaptações foi a oferta de um componente curricular optativo como protótipo de experimentações remotas ligadas diretamente às atividades do projeto de pesquisa e extensão. Através do componente disciplinar em questão, não apenas as metodologias pedagógicas da imagem foram testadas, como também tornou-se possível manter o previsto na Política Nacional de Extensão a respeito da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.


Revista UFG ◽  
2021 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Ana Luisa Alves Cordeiro ◽  
Candida Soares da Costa ◽  
Sérgio Pereira dos Santos

A Lei nº 12.711/2012, que induz ações afirmativas na graduação, e a Portaria Normativa do Ministério da Educação nº 13/2016, na pós-graduação, inserem-se no contexto de democratização da educação superior. Nosso objetivo é analisar as implicações do Curso de Extensão “Afirmação na Pós-graduação: curso preparatório de negras e negros” no enfrentamento à discriminação racial na educação superior. O Curso foi oferecido pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação (NEPRE/UFMT), campus Cuiabá, no período de maio a dezembro de 2019, no âmbito do Programa de Extensão “Ação Afirmativa no Ensino Superior: articulações de vivências e saberes na UFMT”. O aporte teórico utiliza de referenciais que fazem a interface entre Educação, Relações Raciais e Gênero. É uma reflexão de caráter bibliográfico, documental e exploratório. As ações do Curso indicaram a relevância das políticas identitárias e afirmativas para a emancipação social da população negra e construção de projetos democráticos antirracistas, de maneira a driblar as estatísticas do racismo e dos estereótipos mantenedores da branquitude nos espaços de poder na pós-graduação.


Revista UFG ◽  
2021 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Dalton Lopes Martins ◽  
Luciana Conrado Martins

O artigo analisa a importância das universidades como instituições curatoriais, que produzem, organizam e conservam ao longo de sua existência coleções com diferentes finalidades, revelando potenciais científicos, culturais, históricos e sociais de enorme importância para a sociedade brasileira. No entanto, como ponto fundamental da problematização, o texto discute que grande parte desse material ainda se encontra inacessível na Internet e que o mesmo possui enorme potencial ao ser digitalizado e disponibilizado em rede a partir de repositórios digitais especialmente construídos e elaborados para esse fim. Utilizando como base de dados a Rede Brasileira de Coleções e Museus Universitários, o artigo demonstra que das 536 coleções universitárias atualmente existentes no Brasil menos de 30% publica algum tipo de objeto digital em seus sites e em torno de apenas 7% utilizam algum tipo de repositório digital para o gerenciamento da informação dos seus acervos. 


Revista UFG ◽  
2021 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Ediane Silva Lima ◽  
Mayone dos Santos Félix Sudário ◽  
Maria Luisa Nascimento Araújo ◽  
Carlos Daniel Rego e Silva ◽  
Maria do Rosário Alves da Silva

O projeto de extensão “A formação docente e os Tradutores e Intérpretes de Libras: a disciplina de Libras junto a esses profissionais” surgiu da necessidade de discutir a respeito da interação entre os profissionais da educação e os TILS no processo de inclusão escolar dos surdos, no ensino regular, especificamente direcionado ao que propõe a Base Nacional Comum Curricular- BNCC. A ação extensionista apresentada neste Ensaio Visual destaca-se por promover uma discussão no âmbito acadêmico acerca da relação entre a atuação docente e a presença do profissional TILS no ensino regular, especialmente, quando à BNCC, que reconhece a Libras como língua natural dos surdos, contudo,  contrariamente, a deixa de fora da área de conhecimento Linguagens e suas tecnologias. Isto se agrava ainda mais quando se entende que, a maioria dos professores desconhecem o papel do profissional intérprete educacional no processo de ensino e aprendizagem do aluno surdo. As discussões, ao longo, das ações tiveram como objetivo central relacionar a formação docente junto à atuação de profissionais intérpretes educacionais -TILS. E como específicos: conhecer o papel e a relevância do profissional intérprete educacional, ao atuar junto com o professor em sala de aula; refletir a respeito da formação acadêmica como possibilidade de instruir e/ou capacitar pessoas; explorar os conhecimentos adquiridos durante essa formação, em uma prática interdisciplinar, junto aos TILS e, por fim, discutir ações educacionais contempladas, através das competências gerais e específicas da BNCC, em forma de minicursos, auxiliando, assim, na formação continuada desses profissionais.


Revista UFG ◽  
2021 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Alex Sander Dias Machado ◽  
Natalia Lemos Arruda ◽  
Gustavo Augusto Santos da Cunha

Inovações no âmbito de promoção à saúde devem buscar ações de educação e comunicação em saúde.  A neurolinguística é a parte da ciência que estuda a elaboração cerebral da linguagem. A memória musical funciona a partir da ativação de áreas como o hipocampo, que se relaciona com resgates de conhecimentos aprendidos. O projeto Palavra Saúde baseia-se nesse processo associativo e reúne textos orientados pela linguística cognitiva a partir de verbetes do dia a dia e música, conectando educação em saúde com memórias do indivíduo. A utilização de mini-programas em Podcasts foi a ferramenta mais viável no contexto pandêmico e a divulgação em rádios e plataformas musicais digitais garantiram o alcance do projeto. Durante 2020, 10 mini-programas foram criados e divulgados. O objetivo foi alcançado, conectando o novo conhecimento e uma memória afetiva, podendo-se concluir um ganho no âmbito da promoção da saúde entre os ouvintes e habitantes do Vale do Jequitinhonha.


Revista UFG ◽  
2021 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Ana Luisa Rocha Contim ◽  
Érico Douglas Vieira

A presente pesquisa aborda a temática da exclusão social e suas repercussões na dignidade pessoal a partir da articulação entre subjetividade e subcidadania. Objetivou-se investigar os impactos destas experiências de exclusão na dignidade pessoal de sujeitos marginalizados. A Teoria Fundamentada nos dados, metodologia de natureza qualitativa, foi utilizada. A equipe de pesquisa buscou categorizar e analisar registros de atendimentos psicológicos realizados em uma instituição de apoio. Constatou-se que a exclusão possui uma dimensão ligada à subjetividade, como afetos e sentimentos relacionados às situações de humilhação e rebaixamento. A exclusão social é constituída por vivências ligadas à dependência química, deterioração das relações interpessoais, formas de existência sem direção. Foi possível perceber que há potencialidades e busca de resgate da dignidade. A clínica psicológica com pessoas excluídas demanda acolhimento, conexão e reconhecimento das potencialidades dos sujeitos.


Revista UFG ◽  
2021 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Jacqueline Tatiane da Silva Guimarães ◽  
Letícia Costa de Carvalho ◽  
Sara Soares de Araújo ◽  
Vanessa de Souza Gama ◽  
Silvana Ramos Lacerda

 Apresentamos considerações sobre gênero e raça na Amazônia paraense, a fim de pensarmos sobre os impactos do racismo, do machismo e da misoginia na vida de mulheres negras marajoaras. Para realizarmos estas reflexões seguimos a seguinte trajetória: Primeiro, recorremos a historiografia do negro na Amazônia e os seus entrelaçamentos com o Marajó, para posteriormente nos determos conceitualmente nos termos da identidade, gênero, racismo, machismo e misogenia, para então, por fim apresentarmos os resultados da pesquisa.  Este estudo exploratório, desenvolvido a partir de levantamento bibliográfico, documental e de campo, se constitui em desdobramentos do projeto de extensão “Ser Negro no Marajó” que tem forte articulação com a pesquisa e o ensino a fim de identificarmos demandas quanto ao debate da diversidade etnico-racial na região marajoara. Desta forma, no período de agosto a setembro de 2017 entrevistamos 34 sujeitos, no total, todavia neste estudo damos centralidade às falas das 22 mulheres que participaram da pesquisa. Verificamos que estas 22 mulheres são cisgêneros, servidoras, discentes dos cursos de nível superior e professoras das escolas públicas de Breves/PA. As que se autodeclaram pardas não se percebem enquanto mulheres negras e nem identificam as situações de racismo ao longo de suas vidas, enquanto que as que se autodeclaram pretas, ao assumirem uma identidade negra, relataram diferentes situações de racismo, nos remetendo ao emergente e necessário debate sobre colorismo, mestiçagem e pigmentocracia na Amazônia e no Marajó. 


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