scholarly journals Entre texto e imagem: a morte como tema fotoliterário em Nadja de André Breton

Author(s):  
Juliana Mantovani
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Neste artigo, nos propomos a analisar a obra Nadja (1928), de André Breton, sob o aspecto das relações entre literatura e fotografia que gravitam em torno da utilização de fotografias em sua composição. Composta a partir da associação entre texto e imagens fotográficas, esta obra nos oferece inúmeras possibilidades de análise, dentre as quais pretendemos aqui verificar a constituição fotoliterária da temática da morte. Desse modo, buscaremos demonstrar como as relações entre texto e imagem atuam para a construção do tema da morte. Para isso, contamos com o aporte teórico dos Estudos Fotoliterários (Montier, 2008; 2015; Grojnowski, 2002) e recorreremos ao suporte de parte da fortuna crítica da obra que se dedicou a essa temática, bem como a teóricos que tenham se dedicado a refletir sobre as relações entre literatura, fotografia, espaço vazio, ausência e morte.

Author(s):  
Ramaiana Freire Cardinali ◽  
Christian Ingo Lenz Dunker
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Este artigo traz uma leitura interdisciplinar de Nadja, romance escrito por André Breton em 1928, a partir das concepções de realidade propostas pelos surrealistas e pela psicanálise. No surrealismo, através da critica ao realismo, surge o conceito de surreal, com o qual artistas passaram a se exprimir em produções artísticas e em uma conduta particular de vida no pós-guerra. Na psicanálise, Freud foi levado a superar a dicotomia entre interno/externo, assim como entre normal/patológico, implicando, com isso, uma nova concepção de realidade, que posteriormente foi reformulada por Lacan sob o conceito de real. Esta leitura traz como decorrência a denúncia ao conformismo e a superação das falsas dicotomias, ensejando, tanto com a psicanálise quanto com o surrealismo, uma transformação na práxis do sujeito.


1984 ◽  
Vol 1 (4) ◽  
pp. 98
Author(s):  
Eric H. Deudon ◽  
Andre Breton ◽  
Jean-Pierre Cauvin ◽  
Mary Ann Caws
Keyword(s):  

1974 ◽  
Vol 69 (1) ◽  
pp. 186
Author(s):  
K. R. Aspley ◽  
Anna Balakian
Keyword(s):  

2018 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 22-43
Author(s):  
Sylvie André
Keyword(s):  

Durante a segunda guerra mundial, Claude Lévi-Strauss e André Breton se encontraram no navio que os conduzia a Nova York. Viviam a mesma experiência de intelectuais expatriados. Tristes Trópicos (1955) pode ser lido como o resultado de trocas com Breton e outros escritores, em que a forma e a contribuição literárias são onipresentes afin de avaliar a originalidade e as contribuições do próprio texto antropológico. Nesta obra, Lévi-Strauss se interroga especificamente sobre todas as formas de relato do “Além” e sobre as condições do conhecimento científico das sociedades humanas. A partir de seus primeiros artigos até Antropologia estrutural (1958), Lévi-Strauss desenvolve algumas definições interessantes da atividade criadora em relação aos mitos. Especularmente, pode-se notar a importância do encontro do etnólogo com André Breton e a visão da arte que ele estava desenvolvendo: um tipo de arte cuja dimensão social estava afirmada com maior intensidade. Estando em contato com a etnologia e Claude Lévi-Strauss, André Breton concebe e desenvolve sua necessidade de criação de um mito contemporâneo que denominará ‘os grandes transparentes’. Em 1955 o etnólogo propõe um questionário para a preparação de L’Art magique. Por meio da correspondência entre o poeta e o etnólogo, podemos apreciar as discussões e o que alimentou suas concepções pessoais.


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